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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O DES/ACORDO ORTOGRÁFICO


O português é uma língua novilatina ou românica, quer dizer, assenta as suas bases no latim e do qual é ainda uma sobrevivência.
A língua falada e escrita é dinâmica, ou seja, evolui naturalmente consoante as influências exteriores, interculturais, etimológicas, etc. Portugal encontra-se inserido na Europa e, embora Atlântico, é nessa configuração geográfica, nessa condição dinâmica, linguística, que naturalmente vai evoluir. O português, tal qual se fala hoje em Portugal não será falado nem escrito da mesma forma daqui a um século ou pouco mais.
Este acordo dito ”ortográfico”, forçosamente luso-brasileiro, não vai influenciar a dinâmica dessa evolução futura, vai ser nulo e embora por isso, não devesse existir, vai ser persistente. Os países de expressão lusófona, Angola e Moçambique, irão também evoluir exclusivamente dentro desse condicionalismo geográfico, intercultural, para aquém do Atlântico, no seu continente africano. O Brasil no outro lado além mar, irá ter as influências culturais Sul anglo-americanas. Este acordo ortográfico essencialmente político “económico” não vai, obviamente, travar, atrasar as dinâmicas dessas naturais evoluções linguísticas. De qualquer forma iremos sempre esquecer, perder as nossas origens latinas, “galegas de D. Dinis” e com o desenrolar desedificante do tempo, começando já por esta organização incipiente generalizada que esqueceu ou ignora Camões, padre António Vieira, Bocage, Pessoa e outros que construíram pela escrita uma língua falada a que ainda chamamos Português, iremos cada vez mais, ensinar aos nossos escolares a escrever mal e a falar pior. A evolução da incultura...

Em minha opinião, finalmente, não devia nunca ser fixada uma meta para iniciação de um acordo "aborto" ortográfico que por si só é inoperante no contexto evolutivo da língua falada versus escrita que não pode impedir essa evolução natural, intercultural, linguística, neste país com 900 anos de história. Este acordo deveria imediatamente ser considerado nulo por todas as maiorias lusófonas falantes.
José Douradinha

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