SEM GRILHETAS NEM SENSURA

SEM GRILHETAS NEM SENSURA

NOTA:

NESTE BLOGUE, todos os títulos possuem hiperligação relacionada no YOUTUBE.

AOS AMANTES DO CONHECIMENTO E DA VERDADE OBJECTIVA

A TODOS AQUELES QUE GOSTAM DE VER E DE SABER PARA ALÉM DA SUBJECTIVIDADE E DA VERDADE OCULTA.

PESQUISAR NESTE BLOGUE

Páginas

PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA
O FILOSOFO DE PORTUGAL

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

BAAL UM DEUS E UM DEMÓNIO


Baal em hebraico “בַּעַל” é uma palavra semítica que significa Senhor, Lorde, Marido ou Dono “Dom”. Esta palavra em Hebraico é cognada de outra em acádico, Bel, com o mesmo significado. A forma feminina de Baal é Baalath, o masculino plural é Baalin, e Balaoth no feminino plural. Esta palavra não tinha conotação exclusivamente religiosa, podendo ser empregue em relações de pai e filhos, por exemplo, não sendo obrigatória uma separação hierárquica.

A determinada altura na história dos antigos habitantes da zona da Mesopotâmia começou a existir uma confusão relativa à identificação dos deuses. Cada lugar adorava uma mesma divindade, mas com um nome diferente e isto tudo fomentou a dificuldade de hoje se identificar a diferença entre os deuses; o baal introduzido em Israel pelo Rei Acabe foi Baal-Melkart. Haviam outros como Baal-Zebube, o nome Belzebu, usado frequentemente no Novo Testamento para definir o príncipe dos demónios, nada mais é do que uma pronúncia mais fácil do mesmo nome.

Mais tarde Baal deu origem a Beliel o qual vem grandemente referido até no novo testamento. Este personagem teve a sua origem muito anteriormente, como o príncipe do mundo, epíteto que lhe garantia uma superioridade em relação aos outros componentes da divindade desta época. Este Deus era conhecido também por Enki - O Senhor da Terra.
Enlil era o Deus sumério do ar, senhor das tempestades, dos ventos, do raio e do travão e outras manifestações naturais ligadas à atmosfera; acima de tudo, era considerado o conector entre o Céu e a Terra e, ao mesmo tempo, o responsável pelo seu distanciamento.

Na Bíblia faz-se referência a Baal que poderia ser um epíteto de Hadad ou Adad que era uma divindade cananeia e suméria. Um deus da fertilidade.
Este Deus Adad dos sumérios viria a ser o Deus Sin dos acádios mais tarde, pai da bíblica Astarte dos filisteus e do seu irmão Camos ou Camoesh. Ambos também fizeram parte da mitologia Suméria e Acádia, como Ishtar e Shamash.

Segundo Zecharia Sitchin, -autoridade na escrita cuneiforme- Baal, Deus dos cananeus, era Shamash na Suméria, filho de Nannar-Sin, Deus de Ur, que em Canaã era El.
Em Canaã, os Hebreus viram no Deus Baal uma ameaça especial. No Livro dos Juízes da Bíblia Hebraica, o hebreu Gideão destrói os altares de Baal e a árvore sagrada pertencente aos Madianitas.
Mais tarde, o profeta Elias, no século IX a.C., condenou o Rei Acabe por adorar Baal.
Rei Acabe

terça-feira, 23 de novembro de 2010

OS DESCENDENTES DOS SUMÉRIOS: BABILÓNIA


Babilónia foi a capital da antiga Suméria e Acádia, no sul da Mesopotâmia, hoje no moderno Iraque, localiza-se aproximadamente a 80 km a sul de Bagdá. O nome Babil ou Babilu, em babilónico, significa "Porta de Deus". O Império da Babilónia, que teve um papel significativo na história da Mesopotâmia, foi provavelmente fundado em 1950 a.C. O povo babilónico era muito avançado para a sua época, demonstrando grandes conhecimentos, em arquitectura, agricultura e direito. Iniciou a sua era de império sob o amorita Hamurabi, por volta de 1730 a.C., e manteve-se assim por pouco mais de mil anos. Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a escrita cuneiforme, escrevendo as suas leis em tábuas de barro cozido, o que preservou muitos destes textos até ao presente. A partir daí, descobriu-se que a cultura babilónica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante.

Entre todos os seus soberanos, o mais famoso, foi Hamurabi  (1792 a 1750 a.C.). O mais antigo e completo código de leis que a história regista foi da sua realização. Hamurabi também nomeou governadores, unificou a língua, a religião e fundiu todos os mitos populares num único livro: a Epopeia de Marduk, que era lido em todas as festas do seu reino. Também cercou a sua capital, fortificando-a. Ele criou o Código de Hamurabi, cujas leis, em resumo, seguem um mesmo princípio:  “Dente por dente, olho por olho”. Vejamos algumas das suas leis:

-Se um médico fizer uma larga incisão com uma faca de operações e matar o paciente, as suas mãos deverão ser cortadas;
-Se um médico fizer uma larga incisão no escravo de um homem livre, e matá-lo, ele deverá substituir o escravo por outro;
-Se um médico fizer curar um osso quebrado do corpo humano, o paciente deverá pagar ao médico cinco shekels;
-Se um construtor construir uma casa para outrem, e não fizer a casa bem-feita, e se a casa cair e matar o seu dono, então o construtor será condenado à morte;
-Se morrer o filho do dono da casa, o filho do construtor deverá ser condenado à morte.
A expansão do Império iniciou-se por volta de 1800 a.C., logo, o rei Hamurabi unificou toda a região que ia da Assíria no norte, à Caldéia no sul. A partir dessa unificação, surgiu o Primeiro Império Babilónico.

O Segundo Império Babilónico ou Império neo-babilónico é a denominação para uma época de 626 a.C. a 539 a.C., dominada pelo governo de Nabucodonosor II, e outros até à conquista da Babilónia pelo Império Aqueménida.
Assurbanípal reinou de c. 668 a 627 a.C. foi o rei que mandou criar a biblioteca de tábuas de barro, escritas em linguagem cuneiforme, que, tendo muitas delas sido preservadas até aos dias de hoje, permitiu aos arqueólogos descobrirem muitos aspectos da vida política, militar e intelectual dessa grande civilização.
A "Biblioteca Real" de Assurbanípal consiste em milhares de tabuinhas de barro e fragmentos contendo textos de vários tipos, inscrições reais, crónicas, mitologia, religião, contratos, cartas reais, decretos, documentos administrativos, entre outros, datando do sétimo século a.C. Este tesouro arqueológico foi encontrado em Kuyunjik, onde ficava Nínive, capital da Assíria.

Liderados por Nabucodonosor II (reinado de 604 a.C. a 562 a.C) também mandou construir os Jardins Suspensos da Babilónia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Os babilónios destruíram Jerusalém em 607 a.C., levando os judeus ao exílio babilónico. O rei persa Ciro, o Grande, conquistou a Babilónia em 539 a.C., anexando a cidade e libertando os judeus do seu exílio.
Durante o seu segundo império, Marduk foi considerado o maior deus nacional. Porém em todos os períodos sempre se acreditou em milhares de demónios invisíveis que espalhavam o mal e cegavam os homens. As suas características gerais eram:
Politeísmo; desprezo pela vida além-túmulo; crença em génios, demónios, heróis, adivinhações e magia; sacrifício de crianças e práticas de orgias sexuais.
Para eles, os génios bons, ajudavam os deuses contra os malignos demónios, contra enfermidades e a morte. Os seres mortais viviam à procura de saber a vontade dos deuses, manifestada em sonhos, eclipses e o movimento dos astros. E deram origem à astrologia.

A base da economia era a agricultura. A construção de canais era controlada pelo Estado. Utilizavam arado semeador, a carroça de rodas e a grade. A sua situação geográfica não lhes era propícia, pois eram escassas as suas matérias-primas, o que favoreceu os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores saíam para vender as suas mercadorias e iam em busca de marfim na Índia, cobre no Chipre e estanho no Cáucaso.
As transições comerciais eram feitas à base de troca, e, em alguns casos, usavam-se barras de ouro ou de prata.
Tanto o regime dos assírios quanto a dos caldeus era a monarquia absoluta. O poder estava centralizado nas mãos do rei, que também era o chefe militar, administrador, legislador supremo, sacerdote máximo e supervisor do comércio. A sociedade era hierárquica na seguinte sequência: o rei, nobres, sacerdotes estudantes em ciências, comerciantes, pequenos proprietários e escravos.

A Babilónia tornou-se a maior cidade caldaica cujo termo vem de "Caldeia", a parte sul e mais fértil da Mesopotâmia, onde se localizava o Império, região do Sul da Babilónia (actual Sul do Iraque), frequentemente mencionada no Antigo Testamento. Em rigor, situa-se na área contígua ao golfo Pérsico, entre o deserto da Arábia e o delta do rio Eufrates.
O prestígio dos reinados de Nabucodonosor II (605-562 a. C.) e de Nabodinus (556-539 a. C.) foi tal, que a Caldeia tornou-se sinónimo de Babilónia, graças ao seu extraordinário desenvolvimento no comércio. Após a sua morte, o Império Caldeu declinou cuja principal causa foi a corrupção. O Império tendo-se tornado sede de grandes riquezas e refinamentos, tornou os seus governantes, sedentos de ainda mais luxo, fazendo-os esquecerem a sua unidade, o que fez relaxarem as suas defesas.
Em 539 a.C. Ciro II da Pérsia aproveitou-se da situação da cidade e atacou-a, conquistando-a.