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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

sábado, 24 de julho de 2010

AS ARTES PLÁSTICAS

Arte na Pré-História:
As primeiras obras de arte datam do período Paleolítico. Entre as obras mais antigas já encontradas estão pequenas estátuas humanas como, por exemplo, a Vénus de Willendorf (aproximadamente 25000 a.C.). Os mais conhecidos conjuntos de pinturas em cavernas (arte rupestre) estão em Altamira, na Espanha e datam de 30000 a.C. a 12000 a.C. e em Lascaux, na França  de 15000 a.C. a 10000 a.C., onde se encontram pinturas rupestres de animais pré-históricos como: cavalos, bisontes e rinocerontes. Estas pinturas indicam rituais pré-históricos ligados à caça. As imagens demonstram um  naturalismo e evoluem da monocromia à policromia entre os anos de 15000 a.C. a 9000 a.C.

Em Portugal são conhecidas mais de trezentas localidades de arte rupestre, destacando-se os complexos do Vale do rio Côa e do Vale do Tejo, dos mais antigos ao ar livre, a gruta do Escoural, fundamental no estudo do Cro-Magnon e Neandertal, e gravuras rupestres como o cavalo de Mazouco. A Anta Pintada de Antelas, em Oliveira de Frades, é um monumento nacional que apresenta as pinturas rupestres melhor conservadas de toda a Península Ibérica

Arte Mesopotâmica:
Na região de entre os rios Tigre e Eufrates desenvolveu-se a civilização mesopotâmica.   Nesta região, sumérios, babilónios, assírios, caldeus e outros povos desenvolveram uma arte que demonstra a religiosidade e o poder dos governantes. São touros alados, estatuetas de olhos circulares, relevos em paredes representando guerras e conquistas militares, animais e pictogramas representando factos da realidade daqueles povos.

Arte do Egipto:
No Antigo Egipto as obras de arte possuíam um forte carácter religioso e funerário. Essas características podem ser explicadas em função da crença que os egípcios tinham da vida após a morte. Há representações artísticas de deuses, faraós e animais, explicadas por textos em escrita hieroglífica. As pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides ou em papiros. Representavam o quotidiano da nobreza ou tratava de assuntos do quotidiano. Uma das características principais é o desenho chapado, de perfil e sem perspectiva artística.

Arte na Grécia Antiga:
A cultura e a arte minóica desenvolveram-se na ilha grega de Creta. Nas pinturas dos murais as cores diversificadas mostram-se fortes e vivas. Desenhos de touros, imagens abstractas, símbolos marinhos e animais que ilustram a cerâmica.
- O período clássico da arte grega é a época de maior expressão da arte grega. A natureza é retratada com equilíbrio e as formas aproximam-se da realidade. A perspectiva aparece de forma intensa nas pinturas gregas deste período. Nas esculturas de bronze e mármore, destacam-se pela harmonia e a realidade. Os principais escultores são Mirón, Policleto, Fídias e Praxíteles. A arquitectura e a ornamentação de templos religiosos, como o Pártenon, a acrópole de Atenas  e o templo de Zeus na cidade de Olímpia mostram força e características expressivas.
- No período helenístico, ocorre a fusão entre as artes grega e oriental. A arte grega assume aspectos da realidade, fruto do domínio persa. Nas esculturas verifica-se dramaticidade e as formas decorativas em excesso. Entre as obras mais representativas deste período estão: Vitória da Samotrácia, Vénus de Milo e o templo de Zeus, na cidade de Pérgamo.

Arte Romana do Ocidente e do Oriente (Arte Bizantina):
Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu com os modelos e elementos artísticos e culturais  dos gregos e chega a "copiar" estátuas clássicas. É a época da construção de monumentos públicos em homenagem aos imperadores romanos. A pintura mural recorre ao efeito tridimensional. Os frescos da cidade de Pompeia (soterrada pelo vulcão Vesúvio no Sec. 1º a.C.) são representativos deste período.
No Império Romano do Oriente (Império Bizantino) com capital em Constantinopla, actual Istambul (antiga Bizâncio), aparece a arte bizantina, sob forte  influência da Grécia. Podemos destacar as pinturas murais, os manuscritos, os ícones religiosos e os mosaicos de cores fortes e brilhantes, carregados de profundo carácter religioso.

Arte Renascentista: O Renascimento Cultural (séculos XV e XVI):
Os elementos artísticos da antiguidade clássica voltam a servir de referência cultural e artística. O humanismo coloca o homem como centro do universo (antropocentrismo). São características desta época: uso da técnica de  perspectiva, uso de conhecimentos científicos e matemáticos para reproduzir a natureza com fidelidade. Na pintura, novas técnicas passam a ser utilizadas: uso da tinta a óleo, por exemplo, buscava aumentar a ilusão da realidade.
A escultura renascentista é marcada pela expressividade e pelo naturalismo. A xilogravura passa a ser muito utilizada nesta época. Entre as pinturas destacam-se:  O Casal Arnolfini, de Jan van Eyck; A Alegoria da Primavera, de Sandro Boticcelli; A Virgem dos Rochedos, Monalisa e A Última Ceia de Leonardo da Vinci; A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio; o teto da Capela Sistina e a escultura David de Michelangelo Buonarotti.

Maneirismo (século XVI):
Ao romper com as referências clássicas de idealização da beleza, o maneirismo diferencia-se pelas suas imagens distorcidas e alongadas. A natureza é representada de forma distorcida e realista, sendo que as figuras bizarras aparecem com frequência. Obras mais importantes do maneirismo: O Juízo Final, de Michelangelo; A Crucificação, de Tintoretto; e O Enterro do Conde de Orgaz, de El Greco.
  
Barroco: arte barroca (1600 a 1750):
A arte barroca destaca a cor e não o formato do desenho. As técnicas utilizadas dão um sentido de movimento ao desenho. Os efeitos de luz e sombra são utilizados constantemente como um recurso para dar vida e realidade à obra. Os temas que mais aparecem são: a paisagem, a natureza-morta e cenas da vida quotidiana.
Obras barrocas mais conhecidas: A Ceia em Emaús, de Caravaggio; A Descida da Cruz, de Peter Paul Rubens; A Ronda Nocturna, de Rembrandt; O Êxtase de Santa Teresa, de Gian Lorenzo Bernini; As Meninas, de Diego Velásquez; e Vista de Delft, de Jan Vermeer.
  
Rococó (1730 a 1800):
O estilo rococó é marcado por pinturas com tons claros, com linhas curvas e arabescos. O estilo é bem decorativo e a sensualidade aparece em destaque. Os frescos ganham importância e são utilizados na decoração de ambientes interiores.
Artistas mais importantes do rococó: Jean-Antoine Watteau, Giovanni Battista Tiepolo, François Boucher e Jean-Honoré Fragonard.
  
Neoclassicismo (1750 a 1820):
Novamente os elementos e valores da arte clássica (grega e romana) são resgatados. Há uma incidência maior do desenho e da linha sobre a cor. O heroísmo e o civismo são temas muito explorados neste período.
Principais obras: Perseu com a Cabeça da Medusa, de Antonio Canova; O Parnaso, de Anton Raphael Mengs; O Juramento dos Horácios e A Morte de Sócrates, de Jacques-Louis David; e A Banhista de Valpinçon, de Jean-
Auguste-Dominique Ingres.
  
Romantismo nas artes plásticas (De 1790 a 1850):
Subjectividade e introspecção, sentimentos e sensações são características deste período. A literatura romântica, os elementos da natureza e o passado são retratados de forma intensa no romantismo. São representantes desta época o artista Francisco de Goya y Lucientes. Algumas das suas principais pinturas são: A Família de Carlos IV, O Colosso e Os Fuzilamentos do Três de Maio de 1808. Outras obras românticas: A Balsa da Medusa, de Théodore Géricault; A Carroça de Feno, de John Constable; A Morte de Sardanapalo, de Eugène Delacroix; e O Combatente Téméraire, de Joseph William Turner.
  
Realismo (De 1848 a 1875):
O realismo destaca a realidade física através da objectividade científica e crua. Estas obras são inspiradas pela vida quotidiana e pela paisagem natural. Aparecem fortes críticas sociais e elementos do erotismo, provocando críticas dos sectores conservadores da sociedade europeia do século XIX. Principais pinturas: Enterro em Ornans, de Gustave Courbet; Vagão de Terceira Classe, de Honoré Daumier; e Almoço na Relva, de Edouard Manet.
  
Impressionismo (De 1880 a 1900):
Através da luz e da cor os artistas do impressionismo buscam atingir a realidade. As obras são feitas ao ar livre para aproveitar a luz natural. Obras mais conhecidas: Impressão, Nascer do Sol, de Claude Monet, A Aula de Dança, de Edgard Degas; e O Almoço dos Remadores, de Auguste Renoir.
  
Pós-impressionismo:
É o período marcado pelas experimentações  individuais. Os artistas buscam a realidade e imitam a natureza, utilizando recursos de luz e cor. O cromatismo é muito utilizado. As cores mais intensas são exploradas por Vincent Van Gogh com pinceladas fortes e explosivas, como em Noite Estrelada. Henri de Toulouse-Lautrec usa a técnica da litografia.

Expressionismo:
Artistas plásticos de diferentes períodos são considerados precursores do expressionismo, entre eles, Goya, Van Gogh, Gauguin e James Ensor. O expressionismo pode ser considerado como uma postura assumida em diversas formas de manifestação artística durante o século XX. Vários artistas desta trabalham nessa linha, sem se ligarem a movimentos ou a grupos. Podemos citar alguns: Edward Munch, Emil Nolde, Amedeo Modigliani, Oskar Kokoschka, Egon Schiele, Chaim Soutine, Alberto Giacometti e Francis Bacon.

Cubismo (De 1908 a 1915):
Este estilo rompeu com os elementos artísticos tradicionais ao apresentar diversos pontos de vista numa mesma obra de arte. As formas geométricas são utilizadas muitas vezes para representar figuras humanas. Recortes de jornais, revistas e fotos são recursos utilizados neste período. São obras representativas desta época: Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso, e Casas em L'Estaque, de Georges Braque
  
Dadaísmo  (Décadas de 1910 a 1920):
Revolucionário, anárquico e anticapitalista, o dadaísmo, prega o absurdo, o sarcasmo, a sátira crítica e o uso de diversas linguagens, como pintura, poesia, escultura, fotografia e teatro. Destacam-se os artistas: Hugo Ball, Hans Arp, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Max Ernst, Kurt Schwitters, George Grosz e Man Ray.
   
Arte Surrealista (Década de 1920):
Os artistas exploram o inconsciente e as imagens  que não são controladas pela razão. O surrealismo usa associações irreais, bizarras e provocativas. O rompimento com as noções tradicionais da perspectiva e da proporcionalidade resulta em imagens estranhas e fora da realidade.
Obras: Auto-Retrato com Sete Dedos, de Marc Chagall; O Carnaval do Arlequim, de Joan Miró; A Persistência da Memória, de Salvador Dalí; A Traição das Imagens, de René Magritte; Uma Semana de Bondade, de Max Ernst, são algumas das obras mais representativas.
   
Pop Art  (Década de 1950):
As histórias em quadradinhos e a mídia visual e impressa são os elementos de referência da pop art. Humor e crítica ao consumismo são constantes nas obras de pop art. Artistas mais conhecidos: Richard Hamilton, Allen Jones, Robert Rauschenberg, Jasper Johns, Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselman, Jim Dine, David Hockney e Claes Oldenburg.

Arte Conceitual  (Década de 1960):
Textos, imagens e objectos são as referências artísticas deste tipo de arte. A obra deve ser valorizada por si só. Um dos meios preferidos dos artistas conceituais é a instalação, ou seja, um espaço de interacção entre a obra e o espectador. Até mesmo a televisão e o vídeo são usados nas instalações. Destacam-se os seguintes artistas: Joseph Beuys, Joseph Kosuth, Daniel Buren, Sol Le-Witt e Marcel Broodthaers, Nam June Paik, Vito Acconci, Bill Viola, Bruce Naumann, Gary Hill, Bruce Yonemoto e William Wegman.
  

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