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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

IMPERIUM ROMANUM (Gália e Lusitânia)

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Gália era o nome romano dado, na Antiguidade, para as terras dos celtas na Europa ocidental, compreende o actual território da França, algumas partes da Bélgica e da Alemanha e o Norte da Itália.
Dividia-se em duas regiões:

Gália Cisalpina, aquém dos Alpes, relativamente aos romanos, que compreendia a Itália setentrional e foi por muito tempo ocupada por tribos gaulesas;
Gália Transalpina, além dos Alpes, vasta região da costa sul da actual França e o seu interior, situada entre os Alpes, os Pirenéus, o Atlântico e o Rio Reno.

Habitada por grande número de tribos celtas e gaulesas, entre outras, iberos, lígures e armóricos, a Gália Transalpina foi o centro de uma civilização influenciada, desde o século VI a.C., por duas correntes de civilização helénica - Mediterrâneo e Alpes.
A Gália tinha uma forte organização religiosa em assembleia anual de druidas.
Os Gauleses dedicavam-se principalmente à agricultura e dividiam as terras por tribos; nos séculos III e IV a.C., invadiram o norte da Itália. As lutas civis enfraqueceram-na: em 222 a.C., o território ao sul dos Alpes foi declarado província romana, sob a denominação de Gália Cisalpina; em 125 a.C., os romanos anexaram o corredor do Ródano e o Languedoc ou Languedoque foi uma antiga província de França e que agora integra parte da região Languedoc-Roussillon.

O Rubicão (Rubico, em latim; Rubicone, em italiano) é o antigo nome latino de um riacho no norte da Península Itálica. Na época romana, corria para o Mar Adriático, entre Ariminum (atual Rimini) e Cesena,  fazia parte da fronteira com a própria Itália. A área ao Norte do Rio Pó (Padus em latim) percorre uma extensão de 652 quilómetros de Ocidente para Oriente, ao longo do Norte da Itália (Piemonte, Lombardia e Véneto), até desaguar no Mar Adriático, perto de Veneza, era conhecida como Gália Transpadana e ao sul como Gália Cispadana.

Do outro lado dos Alpes tinha a Gália Transalpina, ou simplesmente Província, de onde provém a denominação actual Provença, após a sua anexação em 121 a.C. cuja capital era Narbo.
Júlio César recebeu o comando das duas províncias gálicas em 59 a.C. De 58 a 51 a.C., apoderou-se progressivamente de toda a Gália, apesar da oposição de vários chefes, notadamente de Vercingetórix, que, em 52 a.C., após ter promovido uma sublevação geral dos gauleses, rendeu-se na Alésia sitiada.

César, ao longo das guerras gálicas, expandiu a Gália Transalpina até ao Atlântico, ao canal da Mancha e ao Rio Reno.
A cidadania romana foi estendida à Gália Transpadana por César em 49 a.C. e toda a Gália Cisalpina foi incorporada à Itália por Augusto, deixando com isto de ser província; a Gália Cispadana havia recebido a cidadania romana em 90 a.C.).
Augusto, em 27 a.C., dividiu a Gália a norte dos Alpes em Gália Narbonense, que ficou sob o controle do Senado, e Gália Lugdunense ou Lionense (Lyon), Gália Aquitânia e Gália Belga, que ficou sob a sua própria administração. Lyon era da jurisdição da assembleia provincial das "Três Gálias".

Hispânia, foi o nome dado pelos antigos romanos a toda a Península Ibérica, actuais: 

Portugal, Espanha, Andorra, Gibraltar e uma pequena parte a sul da França. Durante a república romana a Hispânia foi dividida em duas províncias:

Hispânia Citerior e Hispânia Ulterior. Durante o Principado, a Hispânia Ulterior foi subdividida em duas novas províncias: a Bética em latim Baetica e a Lusitânia, enquanto a Hispânia Citerior foi rebaptizada para Tarraconense.

Mais tarde, a parte ocidental da Tarraconense foi desanexada, inicialmente como Hispânia Nova, depois rebaptizada como Callaecia ou Galécia, correspondente à actual Galiza, Norte de Portugal, Astúrias e parte de Leão.

Durante a tetrarquia de Diocleciano (284 d.C.), o sul da Tarraconense foi desanexado para constituir a província cartaginense.

O conjunto de todas as províncias hispânicas formavam uma única diocese civil, sob a direcção do vigário de Hispaniae, cujas competências se estendiam também à Mauretânia Tingitana, ao redor de Tânger que, portanto, eram oficialmente consideradas 'hispânicas'.

O antigo Reino da Mauritânia não corresponde ao território da actual República Islâmica da Mauritânia, na costa do oceano Atlântico ao sul do Saara Ocidental.

domingo, 3 de outubro de 2010

A BRITÂNIA ROMANA


Britânia, em latim “Britannia” é o nome dado pelos romanos à província que ocupava o sul da actual ilha da Grã-Bretanha. Como província romana existiu entre os séculos I e V.
Júlio César invadiu a Britânia em 55 e 54 a. C., mas a ilha só ficou sujeita a Roma depois do século I d. C.
A província romana da Britânia esteve sob o domínio de Júlio César até ao século V, nos territórios que hoje são Inglaterra e Gales. Neste século, tribos nórdicas invadiram a Britânia e trouxeram consigo povos celtas que passaram a habitar o actual País de Gales. O Cristianismo foi introduzido nos séculos VI e VII.

Nos séculos VIII e IX, os vikings rondaram a costa da Britânia e para lá enviaram exércitos. No século IX, Alfredo, o Grande, que reinou entre 871-899, repeliu a invasão dos vikings. Guilherme da Normandia conquistou a Inglaterra na Batalha de Hastings, em 1066, e tornou-se Guilherme I. Os reis normandos estabeleceram um forte governo central e um estado feudal. Ricardo I, conhecido como Ricardo Coração de Leão (1189-99) e o seu irmão João (1199-1216) tiveram conflitos com o clero e com a nobreza e João foi obrigado a fazer concessões à nobreza, consagradas na Magna Carta de 1215, estabelecendo o princípio constitucional de que o rei governa de acordo com a lei.

Durante o reinado de Eduardo I (1272-1307), desenvolveu-se o estabelecimento do inglês como língua comum. Henrique VIII fundou a Igreja Anglicana na sequência da recusa da Igreja Romana em lhe conceder autorização para o divórcio. Henrique VIII incorporou Gales na Inglaterra.

A Britânia era conhecida pelo mundo clássico.
No início do século IV a.C., quando gregos e os cartagineses trocavam estanho com os bretões, as ilhas Britânicas eram conhecidas pelos gregos como as “Cassiteritas”, ilhas de estanho. O navegador cartaginês Himilco, em fenício “Chimilkat”, explorador cartaginês que do século V a.C. é apontado como tendo visitado a ilha; o explorador grego Píteas, ou Pytheas, em grego “Πυθέας”, foi um mercador,

geógrafo e explorador grego Viveu entre 380 a.C. e 310 a.C. proveniente da colónia Fócida, naquele tempo Massalia (hoje Marselha, a segunda maior cidade de França e a mais antiga cidade francesa, Localizada na antiga província da Provença e na costa do Mediterrâneo, é o maior porto comercial do país) – a Fócida, na Grécia, faz fronteira com a Etólia e a Acarnania. No século IV a.C., Píteas explorou quase todo o litoral da ilha até 325 a.C. e escreveu uma descrição bastante detalhada sobre a sua geografia e seus habitantes.
A ilha da Britânia que foi habitada por populações diversas até que, no século IV a.C., chegaram os celtas que empurraram as ditas populações para as regiões periféricas.

Em 43 d.C., o imperador Cláudio organizou com o seu general, Aulo Pláucio, uma invasão cuja frente compunha-se de quatro legiões. A causa da invasão estava no facto de a Britânia ter grandes vínculos de entendimento e comércio com os Belgas da Gália através do canal da Mancha, pelo que Cláudio e os seus conselheiros pensaram que a Gália não estaria nunca segura sem a anexação da Britânia. O próprio Cláudio assistiu à campanha durante algum tempo e, entusiasmado com êxito obtido, quis perpetuá-lo dando o nome de Britânico ao seu filho. Os confrontos foram duros. Depois do desembarque em Richborough, os filhos de Cimbelino  (Cunobelinus), líder da confederação das tribos dos Catuvelaunos e os Trinovantes,

Togodumno  e o irmão Carataco ofereceram uma grande resistência, mas, tomados pela surpresa da invasão, foram derrotados.
Os quatro anos seguintes foram utilizados pelos romanos para consolidar as suas posições romanas no sudeste, sudoeste e nas Midlands.
Por volta de 47 d.C., a fronteira provincial estava constituída por uma linha imaginária que ia de Exeter a Lincoln.  Chichester converteu-se no principal centro romano da ilha. Neste ano, Pláucio foi sucedido por Ostório Escápula, quem iniciou o ataque contra as tribos rebeldes de Gales. Os Siluros e os Ordovicos, a mando de Carataco, foram derrotados em 49 d.C. Carataco fugiu e buscou refúgio entre os Brigantes, tribo que ocupava o norte da actual Inglaterra, mas foi traído, entregue pela rainha Cartimandua, aos romanos.

Paralelamente, em 49 criava-se a colónia romana de Camulodunum.
A derrota de Carataco, entretanto, não trouxe consigo a conquista de Gales, coisa que não ocorreria definitivamente até quase dez anos depois, sob o mando do procônsul romano Caio Suetónio Paulino. Paralelamente, os romanos apoiavam a facção pró-romana dos Brigantes, encabeçada pela rainha Cartimandua, que manteve uma política pró-romana frente à facção anti-romana liderada pelo seu marido.
Finalmente, em 71 d.C., o reino dos Brigantes seria anexado por Roma.
Entretanto, entre 60 e 61 d.C., começou a rebelião dos Icénios, comandados pela sua rainha Boudicca: