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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

IVÃ O TERRÍVEL, um louco da história



Ivã IV , o Terrível, em russo: Иван IV Васильевич Грозный, Ivan Vassiliévitch Grozny,  nasceu a 25 de Agosto de 1530 e faleceu  a 18 de Março de 1584, em Moscovo, grão-duque de Moscovo desde os três anos de idade, foi o primeiro governante a utilizar o título de czar, César, ou imperador de todas as Rússias. Na tradição russa, é conhecido como Ива́н Гро́зный (Ivan Grozny), geralmente traduzido como Ivã, o Terrível.
Ivã estendeu o seu domínio para o oriente, anexando em 1552 o Canato de Cazã  em tártaro: Qazan xanlığı; em russo: Казанское ханство) foi um Estado tártaro originário da fragmentação da Horda de Ouro e que existiu entre 1438 e 1552, situado no território da antiga Bulgária do Volga, tinha como capital a cidade de Cazã;  em 1556 Ivã  anexou o Canato de Astracã, em tártaro: Xacitaxan Xanlığı que foi um Estado feudal tártaro que surgiu como resultado da fragmentação dos territórios da Horda de Ouro, existiu nos séculos XV e XVI, na área adjacente à foz do rio Volga, onde se localiza a cidade actual de Astracã.

O Canato da Horda Dourada, também conhecido como Horda de Ouro (Altan Ord na língua mongol e Zolotaya Orda em russo), foi um dos quatro canatos originários da fragmentação do Império Mongol e o mais duradouro de todos eles. Abrangia, no seu apogeu, grande parte da actual Rússia europeia,  Cazaquistão, Ucrânia, parte da Bielorrússia, norte do Uzbequistão, Sibéria Ocidental e uma parte da Roménia; fazia fronteiras com os reinos da Polónia e Hungria a oeste, o Oceano Ártico a norte, o Ilkhanato a sul, o canato de Djaghatai a sudeste e o Grão-Canato a leste. No seu conjunto era formado pela Horda Azul de Batu e a Horda Brancade Orda.

A capacidade de Ivã para uma boa governação ficou manchada pela excessiva crueldade. A sua polícia secreta, os Oprichniks, torturou e assassinou todos os suspeitos de traição, como o povo de Novgorod, acusado de rebelião.

Ivã teve sete mulheres, uma das quais morreu em circunstâncias suspeitas. Num acesso de raiva Ivan matou acidentalmente o filho mais velho, Ivã Ivanovich, que era tão cruel como ele, e passou o resto da vida imerso em remorsos, misturados com actos de crueldade e violência. Durante o seu governo, os tártaros da Crimeia saquearam Moscovo em 1571, apesar de tê-los vencido no ano seguinte na Batalha de Molodi. Morreu louco, em 1584.

O comportamento de Ivã IV pode ser explicado pela sua conturbada infância. Filho do grão-duque Vassili III de Moscovo, ficou órfão aos oito anos de idade. Praticamente um refém dentro do próprio Kremlin; assistiu às brigas intermináveis entre as diversas facções dos boiardos. Era incentivado a assistir a sessões de tortura e execuções pelos nobres, que mantinham os seus feudos independentes e tomavam o comércio como ponto principal dos seus interesses, dividindo a Rússia. Assustado durante todo esse período, Ivan passou a ler cada vez mais a Bíblia, especialmente o Velho Testamento, firmando-se como um obcecado cristão ortodoxo. Se o comportamento de Ivan, o Terrível, fosse comparado a pessoas actuais com o mesmo comportamento, seria classificado como louco.

Embora os boiardos acreditassem que tudo poderiam fazer, para surpresa geral, subitamente o menino Ivã manda prender o principal líder boiardo, o Princípe Chuiski, que é executado, anunciando depois a sua coroação como czar. Os próprios nobres e o restante da Europa duvidavam da sua capacidade em fazê-lo, pois o título de arquiduque não lhe garantia o trono. Mas ele insistiu e coroou-se. Talvez o receio tenha sido o de que aquele poderia ser um velho sonho da unificação.
Tão logo foi coroado czar, anunciou a expropriação de bens de boiardos e da Igreja, clamando a si próprio o poder religioso. Logo criou uma tropa de elite, um exército profissional, os Streltsky, que ganharia cada vez mais poder até à sua extinção com a ascensão do czar Pedro, o Grande.

Após a conquista de Kazan, interpretada como vitória religiosa porque era muçulmana e com a morte da primeira esposa,  Anastasia Romanovna, aos 27 anos, Ivã recolhe-se num mosteiro e volta a Moscovo apenas atendendo ao chamamento de representantes dos nobres e da população que, segundo uma interpretação corrente, prefeririam um tirano ao caos. Ivã forma uma guarda pessoal, os Oprichnicky, que se vestiam de preto e cavalgavam animais pretos, sendo a maioria deles constituída por criminosos que lhe juraram lealdade eterna e que, sob as suas ordens, cometeram crimes terríveis.
Ivã IV foi um homem cruel e provavelmente insano mentalmente, mas conseguiu unificar a Rússia, antes dividida em principados independentes. Criou uma força militar própria e conquistou terras até à Sibéria, expandindo o território russo até adquirir praticamente os seus contornos actuais. Também se tornou um autocrata, o primeiro de uma série, mas por ter ferido de morte o seu filho mais velho e pela misteriosa morte do czarevich Dmitri, não deixou descendência.  

Curiosamente, a morte do pequeno Dmitri acabou por ser atribuída a Boris Godunov, que se tornou czar por algum tempo, e ao monge Grigory Otripiev, que deixou a Rússia e conquistou a simpatia da polónia, declarando-se o verdadeiro czarevich. O falso czarevich, com o apoio do exército polaco e pela confusão reinante na Rússia após a morte de Godunov, chegou mesmo a governar por um breve período no Kremlin, sendo substituído à força por um descendente dos Chuikis.
A construção da catedral de São Basílioteve foi ordenada pelo Czar Ivã para comemorar a conquista do Cantão de Kazan, depois da construção ser terminada, mandou arrancar os olhos do arquitecto para que não pudesse construir outra igual.