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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

quinta-feira, 8 de julho de 2010

NERO, O ULTIMO DOS “CAESARS”

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Nero Cláudio César Augusto Germânico ou Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus, nasceu a 15 de Dezembro 37 e faleceu a  9 de Junho 68  foi o quinto Imperador Romano entre 54 e 68 d.C..
Nascido em Âncio com o nome de Lúcio Domício Enobarbo, era descendente de uma das principais famílias romanas, pelo pai Gneu Domício Enobarbo (Gnæus Domitius Ænobarbus, do Latim Ahenus: de cobre, barba ruiva) e da família imperial Júlio-Claudiana através da mãe Agripina, a Jovem, filha de Germânico e neta de César Augusto.

A ascensão política de Nero começa quando Agripina incentiva o marido, o imperador Cláudio, a adoptá-lo e a escolhê-lo como seu sucessor, após desmoralizar os partidários de Britânico, filho de Cláudio, e seduzir o seu filho a se casar com Octávia, filha do imperador. Quando Cláudio, sogro e padrasto de Nero, morreu em 54, assassinado pela própria Agripina, com um prato de cogumelos envenenados, Nero foi proclamado imperador sem oposição.

Segundo a historiografia tradicional, no início foi um bom governante, sob orientação de sua mãe, do seu preceptor o filósofo Séneca e do prefeito pretoriano Burrus. Depois de ter sofrido de meningite que quase o levou à morte e quando começou a sofrer a influência do prefeito do pretório Ofônio Tigelino, a sua conduta degenerou-se.

A paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores Tibério e Calígula, foi-se instalando em Nero.

Desencadeou uma série de assassinatos, incluindo o próprio Britânico (em 55), da sua mãe Agripina (em 59, após várias tentativas) e da sua esposa (em 62). Afastou-se de Séneca e foi acusado de ter provocado, em 64, o grande incêndio de Roma, que destruiu dois terços da cidade, na esperança de reconstruí-la com esplendor.

A pretexto do desastre, Nero iniciou a primeira e intensa perseguição aos cristãos. Embora se acreditasse que Nero foi o responsável, os estudiosos actuais duvidam da veracidade da acusação. Para Massimo Fini, as calúnias contra Nero foram inventadas por Tácito, Suetónio e historiadores cristãos. Facto é que os cristãos, não sem razão, atribuem-lhe a figura de protótipo do anticristo, pois foi no seu reinado que os cristãos sofreram a sua primeira grande perseguição e São Pedro, assim como São Paulo foram martirizados, o primeiro crucificado no muro central do Circo de Nero e o segundo, por ser cidadão Romano, decapitado na Via Ostiense.

Os historiadores modernos tentam reabilitar sem muito êxito a figura desumana e matricida deste imperador, afirmando, entre outras inverdades, que Nero não promovia lutas de gladiadores; promovia, isto sim, competições musicais e teatrais, o que não é verdade posto que mandou concluir um circo, iniciado por Calígula, chamado de Circo de Nero, no qual, além dos referidos eventos, os cristãos eram entregues às feras e eram promovidas lutas entre gladiadores.

Além de ter ordenado a morte de sua esposa Octávia Júlio Turino, a Jovem, assassinou a sua segunda mulher Popeia Sabina, que estava grávida, com um pontapé no ventre. Como e não bastassem tais crimes, uniu-se maritalmente com o eunuco Sporus e determinou a morte da sua própria mãe, mandando-a abrir para conhecer donde tinha nascido.
Nero considerava-se um artista e desejava ser tratado como tal. Ficaram famosas as suas festas e banquetes em que obrigava a corte a ouvir os seus poemas e cantigas. Também é conhecida a sua entrega à libertinagem e de gabar-se de pretensos dotes artísticos e de cavalaria, instituiu os jogos chamados Juvenália e Neronis, e exibia-se nos teatros e nos circos como artista comediante. Dentro do grupo dos seus libertinos, amigos de então, contava-se Marco Sálvio Otho, futuro imperador.

Nero favoreceu cultos orientais estranhos à tradição romana e recorreu fartamente aos processos por traição para confiscar bens dos ricos e nobres como forma de compensar o tesouro, pelos seus excessos. A sua crueldade e irresponsabilidade provocaram o descontentamento no meio militar e na oposição da aristocracia, tendo sido o início da disseminação de revoltas em 65. A sua resposta foi violenta e deu origem a nova onda de assassinatos e execuções da qual foram vítimas, entre outros, Séneca e o poeta Lucano.

Em 68, a sua situação como imperador era insustentável. Sérvio Sulpício Galba, o governador da província romana da Hispania, decidiu tomar a iniciativa e marchou contra Roma, à frente de um enorme exército. O Senado seguiu o rumo dos acontecimentos e declarou Nero “nefas” e “persona non grata”, o que na prática o tornava num inimigo público, e reconheceu Galba como novo imperador.
Sem apoio dos quadrantes de Roma, Nero foi obrigado a fugir. Perseguido pela guarda pretoriana, acabou por se suicidar. O Seu funeral foi feito pela ex-escrava Acte, a única pessoa que lhe permaneceu fiel.

Nero foi o último imperador da Dinastia Júlio - Claudiana. Após a sua morte surgiu um curto período de paz. O ano 69 d.C. foi dominado pela guerra civil que ficou conhecido como o ano dos quatro imperadores. A paz e estabilidade política chegariam apenas com Vespasiano e com a Dinastia Flaviana.

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