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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

terça-feira, 22 de março de 2011

O SULTÃO IBRAHIM I "O LOUCO"




Desde a sua juventude, que o sultão otomano Ibrahim I "O Louco" (1616-1648) tinha sido preso na casa que ficou conhecida como a "jaula": um grande edifício sem janelas.  Quando foi libertado para finalmente ser proclamado sultão, procurou vingança pelo sofrimento dos seus anos perdidos em isolamento, entregando-se ao deboche com uma quantidade incontável de jovens virgens. Um dia, de maior loucura, mandou matar 280 mulheres do seu harém, lançando-as nas águas do estreito do Bósforo, amarradas e dentro de sacos cheios de pedras. Ele ficou conhecido na história como Ibrahim "o louco".
Ibrahim nasceu no dia 5 de Novembro de 1616, como o filho mais novo do sultão Ahmed I (1590-1617). Desde criança foi preso na "gaiola", vivendo a toda a hora o medo da morte. Os sultões Osman II (1604-1622) e Murad IV (1612-1640) tinham executado todos os seus irmãos - exceto Ibrahim.  A crueldade de Murad IV  tornou-se lendária, nos seus últimos anos, ele mandou matar pessoas sem qualquer motivo aparente, especialmente mulheres, apenas e só pelo o seu mau humor e capricho.
  
Em 1640, Murad IV, doente,antes de morrer, ordenou a morte de Ibrahim que se encontrava na “jaula”, para acabar definitivamente com a dinastia Ahmed, mas a sua mãe, a Sultana Kosem, interveio e conseguiu evitar a sua morte mas, quando tentaram entrar na "Gaiola" para anunciá-lo como Sultão, Ibrahim estava tão aterrorizado que trancou atrás da porta. Ele julgava que o seu irmão cruel, Murad estava planeando um truque para o matar, recusou-se a sair até que o cadáver de seu irmão foi trazido perante os seus olhos.  Mesmo assim, a sua mãe teve de o convencer com calma, persuadindo-o da verdade.  Quando ele finalmente deixou a "jaula", Ibrahim começou a dançar no harém, enquanto gritava: "O açougueiro do Império está morto!".
Buscando compensação pelos seus anos perdidos, Ibrahim com 23 anos realizou o espectáculo do seu desejo de deboche. A Sultana Kosem estava feliz a reinar, no lugar de seu filho, e para assim continuar teve o cuidado de lhe fornecer um suprimento infinito de virgens e mulheres gordas para o seu prazer. Ibrahim era frequentemente impotente, pelo que a sua mãe lhe fornecia e ministrava afrodisíacos e o tipo de mulheres que Ibrahim preferia em vez de escravas, que não estavam em posição de lhe recusar o que quer que fosse. 

Dimitri Cantemir da Moldávia escreveu: "Nos jardins do palácio, ele frequentemente montava todas as virgens, fazia  Striptease e nu, relinchava como um cavalo e corria entre elas, violando-as umas e outras, chutando-as ou lutando por sua ordem”. Quando Ibrahim viu a bela filha do Grão-Mufti, líder do mais alto cargo religioso da Turquia, Ibrahim pediu a sua mão em casamento. O mufti, ciente dos deboches do harém, aconselhou a filha a recusar a proposta. Ibrahim ficou furioso e mandou sequestra-la, violando-a por vários dias e, quando se saturou enviou-a de volta para o pai.  

Em 1641, uma das concubinas de Ibrahim, Turhan Hadice (1627-1682), deu à luz o seu primeiro filho, o Príncipe Mehmed (1642-1687). Pouco antes do nascimento, Ibrahim adquiriu uma escrava, que, acidentalmente, ficou grávida.  Após o nascimento, ela foi utilizada como ama-de-leite do pequeno príncipe mudando-se para o harém real com seu próprio filho.

O sultão foi confrontado com o menino saudável e robusto da escrava, ao qual dava muita atenção, em contraste com seu próprio filho frágil e doente. Quando Turhan Hadice reclamou, Ibrahim teve uma das suas furias, arrancou-o dos braços da mãe e atirou-o à piscina. Felizmente, Mehmed sobreviveu. Três meses após o nascimento de Mehmed, outra concubina deu à luz o segundo filho de Ibrahim, Suleyman (1642-1691).  
As lojas de joalheiros e comerciantes europeus foram saqueados para satisfazer os caprichos de Ibrahim e as excentricidades de momento. 

Ibrahim usava perfumes para encharcar a barba, roupas e as cortinas do quarto, em especial, âmbar e madeiras exóticas.   Tinha um fetiche tão grande por peles que as suas roupas, cortinas e paredes foram todas decoradas com peles. Tinha uma preferência para fazer amor em peles de marta. Ibrahim coleccionava livros que expressavam as diversas formas de coito que ele dizia ter inventado, algumas posições que ele desconhecia. Um dia, Ibrahim viu as partes genitais de uma vaca selvagem e de acordo com Cantemir ", ordenou que a qualquer custo em ouro, por todo o Império, encontrassem uma mulher que tivesse os genitais iguais àquela vaca, para satisfazer a sua luxúria ". Apenas uma mulher adequada à descrição foi encontrada na Arménia que foi recebida no harém. O Seu nome era Sechir Pará e pesava cerca de 150 kg. Por quem Ibrahim ficou loucamente apaixonado.  

Um dia Sechir Pará contou a Ibrahim sobre um boato que corria no harém de que uma das suas concubinas estava comprometida com um amante, mas não sabia indicar os detalhes nem o nome da prevaricadora. Ibrahim apenas demorou três dias a reagir. Quando o seu filho Mehmed fez uma piada de que Ibrahim não gostou, pegou na sua adaga e enfiou-a no rosto do filho, do que resultou uma cicatriz até o final da sua vida. O chefe eunuco negro, o homem mais poderoso depois do Vizir Grande, tentou descobrir a identidade da concubina por tortura de algumas das meninas do harém sem qualquer resultado. Então Ibrahim decidiu reunir todo o harém de 280 mulheres que mandou lançar no Bósforo, amarradas, dentro de sacos cheios de pedras. Sechir Pará e Turhan Hadice foram poupadas.

Apenas uma outra concubina jovem sobreviveu, porque o seu saco tinha sido mal amarrado.  Ela foi salva pela tripulação de um navio francês.  
A Sultana Kosem começou a ficar com ciúmes da influência de Sechir Pará e, para se vingar, um dia convidou-a para jantar onde a mandou estrangular. Kosem contou a Ibrahim, inconsolável, que a mulher "tinha morrido de repente de uma doença poderosa". 

Nas províncias, os guardiões do património público transformaram-se em senhores feudais.  Ibrahim procedeu a expropriações que vendia à maior oferta pública; aumentou os impostos e usou todos os recursos possíveis para suprir os seus excessos. Ibrahim era indiferente à situação caótica do seu país e o seu comportamento insano alienou todas as facções políticas. O nascimento dos seus filhos tinha feito Ibrahim ficar substituível. Em 1648, os janízaros revoltaram-se,  cortaram o corpo do Grande Vizir e exibiram-no na rua.


Em seguida, o Grande Mufti decidiu vingar-se do violação da filha. Quando Ibrahim lhe perguntou: "Eu não te nomeei para o cargo que possuis?", Mufti respondeu: "Não, Deus é que me deu o lugar que ocupo." Assim, Ibrahim foi deposto e colocado de volta na "jaula" e, asim confinado mais uma vez, ao espaço que ocupara na sua juventude. Tornou-se um lunático. Apesar das paredes espessas, os seus gritos podiam ser ouvidos de dia e de noite.  Uma semana depois de perder o seu trono, em 18 de Agosto, os carrascos entraram na "jaula". Com o Corão na mão, Ibrahim gritou: Eis livro! Por quê?! Deus é que os mandou matar? Não há ninguém entre os que têm comido o pão que lhes dei a comer que vá ter pena de mim e me proteja? "Estes homens cruéis vieram para me matar. Misericórdia!" Ele foi estrangulado com uma corda e enterrado na mesquita de Santa Sofia ao lado de Mad Mustafa .



1 comentário:

► JOTA ENE ◄ disse...

ººº
Amigo, primeiramente agradecer a tua solidariedade lá no meu cantinho. (INCONGRUENCIAS)

2º gostei da tua galeria de fotos, tens fotos muito boas, paralelamente tb tenho um blog de fotografia, se quiseres ir espreitar, força e diverte-te.

http://photoessencia.blogspot.com/

Abraço

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