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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

JOÃO SEM MEDO



A dinastia Capetiana, também Capetíngia, foi a família real que governou a França durante mais de oitocentos anos. Deveu o seu nome à alcunha do fundador, Hugo, Duque de Francia. Hugo era denominado Capeto por causa da capa curta que sempre ostentava por ser abade secular em  St. Martin de Tours. Como se tratava do mais importante vassalo de Luís V de França, Hugo conseguiu fazer-se eleger rei quando da morte de Luís, em 987.

D. Henrique de Borgonha, nasceu em 1066  em Astorga,  foi conde de Portucale desde 1093 até à sua morte. Em Portugal é conhecido, geralmente, por Conde D. Henrique. Pertencia à família ducal da Borgonha, sendo filho de Henrique, herdeiro do duque Roberto I com Beatriz ou Sibila de Barcelona, e irmão dos também duques Odo I e Hugo I. Sendo um filho mais novo, D. Henrique tinha poucas possibilidades de alcançar fortuna e títulos por herança, tendo por isso aderido à Reconquista da Península Ibérica. Ajudou o rei Afonso VI de Leão e Castela a conquistar o Reino da Galiza, recebendo como recompensa pelos seus serviços o casamento com a filha ilegítima do monarca, Teresa de Leão (pais de D. Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal)

JOÃO SEM MEDO, duque francês da Borgonha, nasceu a 28 de Maio de 1371, em Dijon, e faleceu a 10 de Setembro de 1419, assassinado na ponte de Montereau. Era filho de Filipe, o Atrevido, duque da Borgonha, e da sua mulher Margarida III da Flandres, pertencendo à Casa capetíngia dos Valois. Teve como irmãos António, duque de Brabante, Filipe, conde de Nevers, Margarida, condessa de Ostrevent, Catarina e Maria. Em 1384 tornou-se conde de Nevers, tendo em 1404 oferecido o título ao seu irmão Filipe. Inicialmente noivo de Catarina de Valois, filha de Carlos V de França, acabou por casar em 1385 com a filha de Alberto da Baviera, Margarida, com quem teve o futuro Filipe III da Borgonha, além de sete filhas: Catarina, Maria, Margarida, duquesa da Guyenne, Isabel, Joana, Ana e Inês.

Foi um dos cruzados que se bateram contra os Turcos de Bayezid I na campanha liderada por Sigismundo da Hungria, tendo sido preso em Nicópolis no ano de 1396 e libertado contra resgate no seguinte ano. Foi no decurso das suas actividades militares que ganhou o cognome com que seria conhecido, "Sem Medo". Voltou a França depois da libertação, tornando-se duque da Borgonha em 1404, com a morte do seu pai, e conde da Flandres e de Artois no ano subsequente, por morte da sua mãe. Cedo se acenderam os conflitos com o irmão mais novo do rei Carlos VI de França, Luis de Orleães, pois a demência do rei exigia que as rédeas do comando fossem entregues a outra pessoa.

João Sem Medo acabou por conseguir a guarda do Delfim francês, o que lhe conferiu um notável poder, e terminou com o seu rival Luís de Orleães em 1407, mandando-o assassinar em Paris. O duque da Borgonha foi perdoado deste crime pelo rei de França no Tratado de Chartres, datado de 9 de Maio de 1409. João I da Borgonha participou nas negociações de paz com o rei Henrique V de Inglaterra, que tinha invadido o território francês, mas não participou na batalha entre as duas facções em Agincourt (1415), onde morreram dois dos seus irmãos, Filipe e António. Em 1417 tomou a cidade de Paris e declarou-se protector do rei Carlos VI, vendo-se o Delfim (futuro Carlos VII) obrigado a fugir. Este pediu um encontro de reconciliação com o duque da Borgonha em 1419, na ponte de Pouilly, encontro este que se seguiria de um outro para firmar a paz também a pedido do Delfim, a 10 de Setembro na ponte de Montereau. Foi neste último que João Sem Medo foi assassinado, tendo sido enterrado na sua cidade natal.

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