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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

sábado, 7 de agosto de 2010

A GUARDA PRETORIANA

Descrever Roma sem fazer qualquer referência aos Pretorianos é omitir o sustentáculo militar e político do seu Império, desde a sua formação por Octávio Augusto até à sua extinção por Constantino.
A guarda pretoriana era o grupo de legionários experientes encarregados da protecção do praetorium, parte central do acampamento de uma legião romana, onde ficavam instalados os oficiais. Com a tomada do poder por Octávio Augusto, transformou-se, para sempre, em guarda pessoal do imperador.


Todos os imperadores tiveram uma guarda pretoriana, como inequívoca guarda pessoal, de tamanho variável. Considera-se Tibério como um segundo fundador da guarda pretoriana, e por ter sido o criador da Praetoria Castrates.

A guarda pretoriana passou usar como símbolo o escorpião, que era o signo de Tibério, como distintivo da unidade militar, nos seus escudos e no seu estandarte, o vexillum.. A história da guarda pretoriana começa nos últimos anos do século I a.C. e nos primeiros do século I d.C. com Octávio Augusto, mas a sua real história é muito mais antiga. Ao construir-se um acampamento, que em maior parte dos casos era semelhante a uma pequena cidade, com ruas e uma praça pública (fórum), marcava-se primeiro o local onde se localizaria o praetorium, desenhando-se depois a disposição do acampamento em função desse ponto, daí deriva o seu nome.
Os pretorianos geralmente chegavam à guarda através de seus serviços nas legiões. Eles tinham que ser muito bem recomendados, passar por duros exames, conhecimentos e testes físicos de combate exaustivos e servir como candidato ou probatus por um certo tempo, antes de ser destinado como dedicado, como miles gregarius para o serviço numa das coortes. Depois de anos de serviço poderia tornar-se inmunis, ou o guarda especializado em tarefas de escritório ou técnico, e daí ascender até principalis, com salário dobrado, tesserarius, o guarda que cuidava da senha, optio, o segundo em comando da centúria ou signifer, que quer dizer porta-estandarte. As suas vestes e armamento eram distintos dos restantes. Eram uma “unidade de elite” que ganhava o dobro ou mais, que os legionários.
O poder político adquirido por estas tropas durante os anos que se seguiram à sua criação era devido principalmente ao poder de ser a única tropa permanente com permissão de circular na cidade de Roma e nos seus arredores. Existia ainda o lema da guarda pretoriana: "A guarda pretoriana cuidará de César, enquanto César cuidar dos interesses de Roma; Quando César não mais cuidar de Roma, haverá outro César". 
Suetónio (Gaius Suetonius Tranquillus; Roma 69/141 d.C.), apresenta-nos biografias de 12 imperadores romanos da história do mundo ocidental: Júlio César, Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio, Nero, Galba, Otão, Vitélio, Vespasiano, Tito e Domiciano.
TIBÉRIO






















































Caio Júlio César


Júlio César tem a sua origem da classe média romana; como comandante militar, os historiadores colocam César ao mesmo nível do brilhantismo de Alexandre o Grande por quem é comparado por Plutarco, ou com Napoleão pelos estrategas militares a este posteriores. 


Com o perfeccionismo que sempre o caracterizou, César não estava contente consigo e viajou para Rodes para estudar filosofia e retórica com o gramático Apolónio Molo, mas durante a sua viagem, o seu barco foi abordado por piratas que o raptaram. Quando exigiram um resgate de vinte talentos de ouro, César desafiou-os a pedir cinquenta, uma fortuna em moeda actual. Trinta e oito dias depois, o resgate chegou e César foi libertado. Depois de um cativeiro confortável onde fez amizade com alguns dos captores, de regresso à liberdade, organizou uma força naval, capturou o refúgio dos piratas e ordenou a sua crucificação. 


A obra escrita que chega aos nossos dias coloca César entre os grandes mestres da língua latina. Os seus trabalhos incluem:


De bello Gallico – Comentários sobre as campanhas da Gália
De bello Civili – Comentários sobre a recusa de obedecer ao senado e a guerra civil. Estas narrativas, aparentemente simples e directas, são na realidade sofisticadas manobras de propaganda política dirigidas à classe média de Roma.
Para além do seu assassinato no Senado, na sua agonia é recordado por ter exclamado "Tu também, Bruto, meu filho!" mas também pelo seu exagerado apetite sexual, porem, aos 19 anos teve um relacionamento homossexual com o Rei Nicomedes da Bitínia, um antigo reino da Ásia Menor que existiu até o século I a.C., facto este que sempre foi usado pelos seus inimigos políticos que por escárnio diziam: "o homem de todas as mulheres e a mulher de um só homem".






Caio Júlio César Octaviano Augusto.

Herdeiro adoptivo de Júlio César chegou ao poder através do segundo triunvirato, formado com Marco António e Lépido. Após a deterioração da relação entre os três, na Batalha de Áccio (em latim, Actium) teve lugar em 2 de Setembro de 31 a.C., perto de Actium na Grécia, durante a guerra civil romana com Marco António . A frota de Octaviano era comandada por Marcus Vipsanius Agrippa e a de António apoiada pelos barcos de guerra da rainha Cleópatra do Egipto. O resultado foi uma vitória decisiva de Octaviano, que findou com a oposição ao seu poderio crescente. Esta data é por isso usada para marcar o fim da República e início do Império Romano. 





A obra de Octávio Augusto foi imensa, na paz como na guerra. Os quarenta anos do principado de Augusto marcaram uma das épocas mais brilhantes da história romana ("Século de Augusto"). O mês de Agosto foi baptizado como Augustos,  em sua homenagem; até então designava-se Sextilis. Após a morte de Augusto, o senado romano decretou a sua divinização, passando a ser adorado como "Divus Augustus", e abrindo um precedente em Roma que seria seguido pela maioria dos seus sucessores. 




Tanto os escritores antigos como os mais recentes discordam quanto à importância de Augusto. Alguns condenaram a sua cruel luta pelo poder. Outros, dentre os quais se inclui o fiel partidário da República,  Tácito, reconhecem as suas boas acções como dirigente. Às vezes, os pesquisadores actuais criticam os seus métodos pouco escrupulosos e o seu estilo autoritário, mas normalmente reconhecem as suas realizações no estabelecimento de uma administração eficiente e um governo estável, bem como na obtenção de segurança e prosperidade para o Estado. Foi de todos um dos quais que não teve relacionamentos homossexuais.

  Batalha de Actium







































































Tibério Cláudio Nero César
Em 11 a.C. Tibério casou com Júlia, filha única se César Augusto. O casamento foi uma imposição do imperador, que ordenou a Tibério que se divorciasse da sua amada esposa, Vipsânia. Tibério detestava Júlia que se entregava a uma série de casos amorosos com homens de Roma, entre os quais o filho de Marco António, Júlio António. De acordo com uma fonte histórica, Júlia era promíscua e ninfomaníaca.
Tibério sucedeu a Augusto em 19 de Agosto de 767 ab urbe condita, correspondente ao ano 14. Após a sua entronização, todos os poderes foram transferidos para Tibério; tinha uma vida pessoal de costumes duvidosos, mesmo para a sua época. Segundo Suetónio, era pedófilo, e recrutava crianças para lhe servirem de lacaios nas suas cerimónias pervertidas e lascivas. Gostava de banhar-se com essas crianças em piscinas particulares, e fantasiar que elas eram peixes satisfazendo-o. Um desses lacaios foi, ironicamente, o seu sobrinho-neto que iria a suceder-lhe no trono, Calígula. Tais depravações chocaram os romanos, mesmo na mentalidade e costumes da época, quando foram públicas, o que agravou ainda mais a sua já delicada situação política.
O facto de ter mandado matar a maioria dos descendentes de Germânico sob pretextos ridículos contribuiu também para a negra noção que Tibério deixou para a História.
Ao longo da sua vida, Tibério viu desaparecer progressivamente todos os seus possíveis rivais na sucessão graças a uma série de oportunas mortes. Plínio, o Velho chamou-o de "tristissimus hominum" ("o mais triste dos homens"). Após a morte de seu filho,  Júlio César Druso em 23, em estranhas circunstâncias a qualidade do seu governo declinou e o seu reinado terminou em terror. Em 26 Tibério auto-exilou-se de Roma e deixou a administração nas mãos dos seus dois prefeitos pretorianos Lúcio Élio Sejano e Quinto Névio Cordo Sutório Macro.































































Tibério governou durante a vida pública de Jesus e na  Sua Crucifixão. Adoptou o seu neto Calígula para o suceder no trono imperial; Tibério faleceu em Miseno a 16 de Março de 37 aos 77 anos. Segundo Tácito, a morte do imperador foi recebida com entusiasmo entre o povo romano, somente para se silenciar repentinamente quando teve notícias da sua recuperação e voltar de novo a regozijar-se quando Calígula e Macro o assassinaram.
Os descendentes de Augusto e Tibério continuariam a governar o Império durante os próximos quarenta anos, até à morte de Nero.


Caio Júlio César Augusto Germânico. 
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CLÁUDIO:







Tibério Cláudio César Augusto Germânico.




Foi o quarto imperador romano da dinastia Júlio/Claudiana, e governou de 24 de Janeiro de 41 d.C. até à sua morte em 54.




Nascido em Lugdunum, na Gália, foi o primeiro imperador romano nascido fora da Península Itálica.










































Permaneceu apartado do poder pelas suas deficiências físicas: coxeava e gaguejava, até o seu sobrinho Calígula, após tornar-se imperador, nomeá-lo como cônsul e senador. Falavam em Roma, jocosamente, que Hércules, quando viu Cláudio pela primeira vez julgou ser ele um dos seus doze trabalhos. Os pretorianos que assassinaram Calígula, encontraram Cláudio escondido atrás duma cortina, acreditando ele que o iam matar. Este motivo, junto à sua aparente debilidade e a sua inexperiência política, fizeram com que a guarda pretoriana o proclamasse imperador, pensando talvez que seria um títere fácil de controlar.
Calígula foi assassinado a 24 de Janeiro de 41, vítima de uma conspiração na qual estavam envolvidos o próprio comandante da Guarda pretoriana, Cassius Chaerea, e vários senadores romanos. Não existe evidência de que Cláudio estivesse comprometido com o assassinato, embora se argumentasse que conhecia o plano, pois abandonou a cena do crime pouco antes dos acontecimentos.
Durante o reinado de Cláudio o império atravessou o seu período de maior expansão, após a época de Augusto. Foram anexadas, por diferentes motivos, as províncias da Trácia,  Nórico,  Panfília,  Lícia e Judeia. A anexação da Mauritânia que começara sob o governo de Calígula e foi completada com a derrota das forças rebeldes. Contudo, a nova conquista de maior importância foi a da Britânia.
Os historiadores romanos também referem Cláudio como um personagem cruel, colérico e sedento de sangue, pelas frequentes lutas de gladiadores e pelas execuções que mandava realizar. Contudo era muito confiado, e foi muito influenciado e manipulado pelas suas diferentes esposas e pelos seus escravos libertos. Pelo contrário, também o descrevem como paranóico, apático, tolo e fácil de confundir. Outros estudos apresentam outro ponto de vista, descrevendo-o como uma pessoa inteligente, astuta, estudiosa, um grande administrador e com um bom ponto de vista sobre justiça. Escreveu várias obras de História, que infelizmente não chegaram até aos nossos dias.
Após os anteriores matrimónios infrutuosos casou-se em 38 ou começos do 39 com Valéria Messalina, de 15 anos, que era a sua prima e estreitamente ligada ao círculo pervertido de Calígula.

Ela nunca gostou de Cláudio, que no momento tinha 55 anos, mas ambicionava sobretudo o poder. Pouco depois do seu matrimónio, deu à luz a sua filha, Cláudia Octávia, e em 41 o seu primeiro filho varão, Tibério Cláudio Germânico, que posteriormente seria alterado para Tibério Cláudio César Britânico, em referência à vitória sobre a Britânia. Após o nascimento de um herdeiro varão sentia-se protegida frente de todos os ataques exteriores e aproveitou o seu poder sem escrúpulos. Pouco depois tiveram uma filha, Octávia, mas Cláudio tentava ignorar os seus numerosos encontros extra matrimoniais. Os historiadores antigos alegam que Messalina manipulava a política para conseguir riquezas para si mesma; que era ninfomaníaca e que por isso era habitualmente infiel a Cláudio. Tácito comenta que ela chegou a competir com a maior prostituta de Roma, numa aposta,  para conhecer qual delas conseguiria saciar o maior número de amantes durante uma noite; Messalina ganhou a aposta. 


O último casamento de Cláudio foi com a sua sobrinha Agripina Minor ou Agripina a jovem que foi um membro importante da família imperial romana dos Júlio/Claudianos, filha de Germânico e Agripina Major que foi bisneta do Imperador César Augusto, irmã de Calígula e cunhada de Tibério. Agripina Minor nasceu durante uma das campanhas militares do pai, que a mãe, Agripina Major, insistia em acompanhar mesmo grávida, no acampamento de Oppidum Ubiorum nas margens do Reno na Germânia Inferior. Mais tarde esta localidade seria rebaptizada em sua honra com o nome de Colonia Agrippinae que actualmente corresponde a Colónia, uma das cidades mais importantes da Alemanha. 


O primeiro casamento de Agripina Minor foi com Gneu Domício Aenobarbo, pertencente a uma família tradicional da aristocracia republicana. Desta união nasceu um filho, Lúcio Domício Enobarbo, que ficaria conhecido na história como NERO. Durante a viuvez, Agripina seduziu o imperador Cláudio, seu tio, e casou-se com ele no dia 1 de Janeiro de 49, depois da queda em desgraça e execução da imperatriz Messalina. 


Rapidamente, Agripina se tornou conselheira do tio, graças à sua influência sobre ele, convenceu-o inclusive a adoptar Nero como filho. Cláudio acede e nomeia o enteado e sobrinho-neto como sucessor, apesar de ter ele próprio um herdeiro, o seu filho Britânico e de Messalina. Sentindo o seu poder diminuir, Agripina decidiu tomar a iniciativa mostrando estar bem à altura dos seus dotes. Acredita-se que foi ela a responsável pela morte de Cláudio através de envenenamento com um prato de cogumelos que conseguiu passar, iludindo os provadores e, assim, com a consequente subida ao trono de Nero. 


Britânico Apesar de ser o herdeiro legítimo de Cláudio, foi preterido na sucessão por Nero, que se tinha transformado em seu irmão adoptivo. Depois da morte do Cláudio em 54, Nero subiu ao trono imperial. Britânico não viveu muito tempo depois da ascensão de Nero: a sua morte violenta, durante um jantar, foi atribuída à epilepsia. A versão corrente é que Nero o teria mandado envenenar, a fim de eliminar alguém que poderia ser usado para contestar a sua legitimidade. O melhor amigo na infância de Britânico foi o futuro imperador (79/81) Tito; Titus Flavius Vespasianus Augustus, que mais tarde mandou erigir uma estátua de ouro em sua honra.

AGRIPINA






Nero Cláudio César Augusto Germânico foi um imperador romano que governou de 13 de Outubro de 54 até à sua morte, a 9 de Junho de 68. Nascido com o nome de Lúcio Domício Enobarbo, era descendente de uma das principais famílias romanas, pelo pai Cneu Domício Enobarbo e da família imperial Júlio/Claudiana.
Durante o seu governo, focou-se mormente na diplomacia e o comércio, e tentou aumentar o capital cultural do Império. Ordenou a construção de diversos teatros e promoveu os jogos e provas atléticas. Diplomática e militarmente o seu reinado caracterizou-se pelo sucesso contra o Império Parto, a repressão da revolta dos britânicos (60/61) e uma melhoria das relações com a Grécia. Em 68 ocorreu um golpe de estado de vários governadores, após o qual, aparentemente, foi forçado a suicidar-se.
O reinado de Nero é associado habitualmente à tirania e à extravagância.  É recordado por uma série de execuções sistemáticas, incluindo a da sua própria mãe e o seu meio-irmão Britânico, e sobretudo pela crença generalizada de que, enquanto Roma ardia, ele estava compondo música com a sua lira, além de ser um implacável perseguidor dos cristãos. Estas opiniões são baseadas primariamente nos escritos dos historiadores Tácito, Suetónio e Dião Cássio. Poucas das fontes antigas que sobreviveram o descrevem de maneira favorável,  embora haja algumas que relatam a sua enorme popularidade entre o povo romano, sobretudo no Oriente.
A fiabilidade das fontes que relatam os tirânicos actos de Nero é actualmente controversa. Separar a realidade da ficção, em relação às fontes antigas, pode resultar impossível.
Quando Cláudio faleceu em 54, Nero ascendeu ao trono como o seu imediato sucessor. Embora existam discrepâncias entre os antigos relatos sobre a morte de Cláudio, muitos destes apontam para Agripina como a assassina, alegando que a mãe de Nero o envenenara. Contudo, não existem provas concludentes de tal acusação. Nero tornou-se imperador aos 16 anos de idade,  sendo portanto muito jovem ainda. Segundo diversas fontes antigas, foi fortemente influenciado pela mãe durante a primeira etapa do seu reinado, pelo seu tutor o filósofo, pensador estóico Séneca e pelo Prefeito do pretório, Sexto Afrânio Burro. Os primeiros anos do seu reinado são conhecidos como exemplo de boa administração nos quais os assuntos do Império foram tratados de maneira efectiva e o Senado gozou de influência e poder nos assuntos do Estado.
Contudo, rapidamente surgiram problemas devido à competição entre a influência da sua mãe e dos seus assessores, Séneca e Burro. Em 54 Agripinila tratou de se sentar junto do filho enquanto este parlamentava com um delegado arménio, mas Séneca deteve-a para evitar uma cena escandalosa. O círculo de amigos de Nero começou a pôr o imperador contra a mãe e advertiram-no sobre a sua "conduta suspeita". Enquanto isso, insatisfeito com o seu matrimónio com Octávia, Nero iniciou um romance com Cláudia Acte, uma escrava liberta. Quando Agripinila teve notícias da infidelidade do filho, tratou de intervir a favor de Octávia, exigindo que Nero despedisse Acte. Nero, apoiado por Séneca, resistiu e impediu que a mãe interviesse na sua vida privada.
Quando Britânico, filho do finado imperador Cláudio chegou à idade de 14 anos, Nero considerou-o uma ameaça para o seu poder. Segundo Tácito, Agripinila aguardava que, com o seu apoio, Britânico se tornasse candidato ao trono substituindo Nero. Contudo, o jovem faleceu repentina e suspeitosamente a 12 de Fevereiro de 55, no dia anterior à sua proclamação como adulto. Segundo Nero, Britânico faleceu de um ataque epiléptico, mas todos os historiadores antigos acusam Nero de envenená-lo com vinho. Após a morte de Britânico, Octávia e Nero expulsaram Agripinila da residência imperial.
Em 58, Nero iniciou uma relação amorosa com Popeia Sabina, a esposa do seu amigo e futuro imperador, Marco Sálvio Otão. Aparentemente, não podia casar-se com Popeia enquanto a sua mãe estivesse viva, pois esta opor-se-ia; assim ordenou o seu assassinato em 59, se bem que Nero não se casaria com Popeia até 62 e, segundo Suetónio, Nero e Popeia somente se casaram quando esta começou a pressioná-lo.
Nero recuperara o controlo militar do Império. Em Junho de 68, o Senado votou para que Galba fosse proclamado imperador e declarou Nero inimigo público. A Guarda Pretoriana foi subornada e o seu prefeito Ninfídio Sabino que ambicionava tornar-se imperador, capturou Nero e obrigou-o a suicidar-se.
A morte de Nero sem deixar herdeiros, em vez de trazer estabilidade ao Império, desencadeou um ciclo de guerras civis conhecido como o Ano dos quatro imperadores.  Os sucessores de Nero combateram entre si pelo poder e foram sucedendo-se até Vespasiano ser proclamado imperador, começando assim, a que seria denominada dinastia Flaviana ou dinastia Flávia que foi a segunda dinastia de imperadores, através de Tito Flávio Vespasiano, depois de crise do ano dos quatro imperadores, dando-se assim por finda a dinastia Júlio/Claudiana.
http://josmaelbardourblogspotcom.blogspot.com/2010/07/nero-o-ultimo-dos-caesars.html