Décimo sexto rei de Portugal, filho do príncipe D. João a de D. Joana de Áustria, nasceu em Lisboa a 20 de Janeiro de 1554, a morreu em Alcácer-Quibir, a 4 de Agosto de 1578. Sucedeu a seu avô D. João III sendo o seu nascimento esperado com ansiedade, enchendo de júbilo o povo, pois a coroa corria o perigo de vir a ser herdada por outro neto de D. João III, o príncipe D. Carlos, filho de Filipe II de Espanha.
De saúde precária, D. Sebastião mostrou desde muito cedo duas grandes paixões: a guerra e o zelo religioso. Cresceu na convicção de que Deus o criara para grandes feitos, e, educado entre dois partidos palacianos de interesses opostos - o de sua avó que pendia para a Espanha, e o do seu tio-avô o cardeal D. Henrique favorável a uma orientação nacional.
D. Sebastião, desde a sua maioridade, afastou-se abertamente dum e doutro, aderindo ao partido dos validos, homens da sua idade, temerários a exaltados, que estavam sempre prontos a seguir as suas determinações.
Nunca ouviu conselhos de ninguém, e entregue ao sonho anacrónico de sujeitar a si toda a Berbéria a trazer à sua soberania a veneranda Palestina, nunca se interessou pelo povo, nunca reuniu cortes nem visitou o País, só pensando em recrutar um exército a armá-lo, pedindo auxílio a Estados estrangeiros, contraindo empréstimos a arruinando os cofres do reino, tendo o único fito de ir a África combater os mouros.
Chefe de um numeroso exército, na sua maioria aventureiros a miseráveis, parte para a África em Junho de 1578; chega perto de Alcácer-Quibir a 3 de Agosto e a 4, o exército português esfomeado a estafado pela marcha e pelo calor, a dirigido por um rei incapaz, foi completamente destroçado, figurando o próprio rei entre os mortos.
Ficha genealógica:
D. Sebastião, nasceu em Lisboa, a 20 de Janeiro de1554; faleceu em Alcácer Quibir, a 4 de Agosto de 1578; sepultado em 1582 no Mosteiro dos Jerónimos. Morreu solteiro e sem descendência.
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