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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

segunda-feira, 1 de março de 2010

O VITORINO DA “CORAGEM” INSIDIOSA


VITÓRIA: do Latim “Victoria”, acto ou efeito de vencer, etc.

CORAGEM: do Latim “cor”, coração, firmeza de espírito, energia perante o perigo, etc.

Sem vitória nem coragem...

Esclarecimento prévio:

A ESCRITA QUE SEGUE ESTÁ EM PORTUGUÊS DO BRASIL, conforme o original.

…”Em crise, Portugal discute "absorção" pela Espanha

Para a maioria dos portugueses, país cresceria mais se pertencesse ao vizinho

Sem que exista projeto político de uma união ibérica, discussão revela preponderância espanhola no mercado português


VITORINO CORAGEM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LISBOA

Quase metade dos espanhóis e um em cada quatro portugueses defendem que Portugal e Espanha deveriam ser um país único. Estas são as principais conclusões de duas pesquisas realizadas em outubro nos dois países. Sem projeto político que aponte uma união ibérica, os resultados despertaram polêmica. Portugal vive uma grave crise econômica e as empresas espanholas marcam cada vez mais presença no país.
Depois de mais de 800 anos da independência e de várias lutas pela soberania, 27,7% dos portugueses inquiridos pela pesquisa do semanário "Sol" gostariam que os dois países se unissem, vivendo em regime republicano (63,9%), com a capital do novo Estado em Lisboa (40,7%). O dado mais relevante desse estudo é que 96,5% acreditam que a economia cresceria mais se Portugal pertencesse ao país vizinho.
No estudo realizado na Espanha pelo instituto Ipsos para a revista "Tiempo", 45,7% dos espanhóis consultados querem a união entre Portugal e Espanha, 43% defendem que o novo país deve chamar-se Espanha, tendo Madri como capital (80%) e mantendo o regime monárquico.
Do lado português, os analistas salientam que os resultados são, sobretudo, a expressão do descontentamento diante da crise econômica que o país atravessa e não um desejo de perda de soberania.

Voltando a imigrar
Para enfrentar um déficit público de quase 7% em 2005, o premiê português José Sócrates implementou neste ano um pacote de ajuste, dando origem a inúmeras greves. O número de desempregados em Portugal não pára de subir desde 2001. Em 2005, meio milhão de pessoas inscreveram-se nos centros de emprego, um recorde.
Como conseqüência, cerca de 7.000 portugueses saíram do país, no ano passado, para trabalhar em outros países europeus. Atualmente, a comunidade portuguesa é a maior da União Européia a residir na Espanha, estando inscritos na Previdência espanhola mais de 66 mil portugueses. A região da Catalunha é a que tem mais imigrantes registrados, cerca de 22,84% do total.
A tendência também se verifica com os imigrantes
em Portugal. De acordo com o jornal "La Vanguardia", uma porcentagem significativa de ucranianos, brasileiros e africanos mudou-se para o país vizinho para fugir da crise econômica.
No que diz respeito ao custo de vida, muitos habitantes de cidades perto da fronteira fazem compras na Espanha, pois os alimentos e a gasolina são mais baratos. De acordo com a Associação de Comércio de Badajoz, 20% dos clientes do comércio espanhol das zonas fronteiriças são portugueses. O consumo de eletricidade também pune os portugueses. Os impostos para os consumidores domésticos são 18% mais caros em Portugal do que na Espanha.

Cresce dependência
A Espanha é um país composto por 17 comunidades autônomas, com diferenças culturais e lingüísticas. De acordo com a vontade de quase metade dos espanhóis, Portugal passaria a fazer parte deste xadrez, mantendo-se o regime monárquico e Madri como capital. Portugal é o quarto cliente da Espanha e esta é o seu principal fornecedor e cliente.
Desde
1986, a dependência piorou em vários setores, como bens agrícolas, indústrias alimentares, indústria química, calçado e máquinas elétricas. Basta olhar para as prateleiras de um supermercado para reparar na quantidade de produtos espanhóis, cuja presença é maior do que em qualquer outro país europeu.
Progressivamente, as empresas espanholas vão conquistando o mercado português. No mês passado, o grupo de mídia espanhol Prisa anunciou o lançamento de uma oferta pública de aquisição sobre a totalidade das ações da Media Capital, empresa portuguesa que é dona de vários meios de comunicação.
Nos últimos anos, agricultores espanhóis têm comprado terrenos no Alentejo aproveitando os preços baixos das propriedades. Ao implementar uma agricultura intensiva, conseguem criar produtos que chegam aos consumidores com preços reduzidos.
Ainda longe de ser um sonho para a maioria dos portugueses, a união entre os dois países revela-se na realidade como uma absorção econômica do mercado português por parte de "nuestros hermanos".

Folha de São Paulo, 12 de novembro de 2006”

Homines quod volunt credunt sed vincit omnia veritas.

VER: RESPOSTA.

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