O Paganismo, etimologicamente, refere-se ao modelo cultural e religioso do povo rural (do Latim paganus, o que mora no pagus, no campo). Era empregue para caracterizar os seguidores das religiões politeístas, ligadas à Natureza. O paganismo, entre os antigos, era o culto e o respeito pelas forças da Natureza viva e sagrada. Daí o culto da mitologia greco-latina.
Com a cristianização, após o ÉDITO DE MILÃO, NO ANO 313 D.C., começou-se a chamar pagão a quem conservava o politeísmo. Já os Hebreus distinguiam o povo eleito por Deus, e os gentios, a que posteriormente chamaram pagãos.
Muitas vezes, o termo pagão é empregue como sinónimo de não cristão, de não baptizado e de ATEISMO. Estas acepções são erradas pois as religiões monoteístas como o Islamismo e o Judaísmo em nada têm de pagãs; os não baptizados apenas não foram iniciados no catolicismo e o Ateu é o que não crê em Deus nem nos deuses.
Hoje o neopaganismo representa a afinidade e admiração pelos princípios dessa herança ligada à compreensão da Natureza como verdadeira força criadora de tudo.
Fernando Pessoa, através dos heterónimos, revela admiração pelo paganismo. Por exemplo, diz Pessoa que "A obra de Caeiro representa uma reconstrução integral do paganismo, na sua essência absoluta, tal como nem os gregos nem os romanos que viveram nele e por isso o não pensaram, o puderam fazer".
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