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PORTAL DE AGOSTINHO DA SILVA

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O FILOSOFO DE PORTUGAL

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O INÍCIO E O FIM DO IMPÉRIO ROMANO


Reino de Roma ou monarquia romana  (em latim: Regnum Romanum, "Reino de Roma", ou Reges Romae, "Reis de Roma') é a expressão utilizada por convenção para definir o Estado monárquico romano desde a sua origem até à queda da realeza em 509 a.C. que, mais precisamente, vai desde o momento lendário de sua fundação em 21 de Abril de 753 a.C. até ao final da monarquia em 509 a.C., quando o último rei,  Tarquínio, o Soberbo  (último dos reis Tarquínios), foi expulso e instaurada a República Romana. A documentação desse período é precária, e até mesmo o nome dos reis são desconhecidos, citando-se apenas os reis lendários, apresentados nas obras de Virgílio (Eneida) e Tito Lívio (Ab Urbe condita libri).

As origens da monarquia são imprecisas, se bem, parece claro, que foi a primeira forma de governo da cidade, um dado que parece confirmar a arqueologia e a linguística.
Durante esse período o rei “Rex” acumulava as funções executiva, judicial e religiosa embora com os seus poderes  limitados na área legislativa, já que o Senado, ou Conselho de Anciãos, tinha o direito de veto e sanção das leis apresentadas pelo rei. A ratificação dessas leis era feita pela Assembleia ou Cúria, composta de todos os cidadãos em idade militar. Na fase final da realeza, a partir do fim do século VII a.C., Roma conheceu um período de domínio etrusco, um aglomerado de povos que viveram na península Itálica na região a sul do rio Arno e a Norte do rio Tibre, mais ou menos equivalente à actual Toscana, com partes no Lácio e na Úmbria, que coincidiu com o início de sua expansão comercial.

O surgimento do Império vem como consequência da expansão crescente da Republica de Roma durante os séculos II e III a.C.. Nesse período a população sob o domínio de Roma aumentou de 4 milhões para 60 milhões, mostrando como teve o seu poder ampliado, de 1.5% da população mundial, para 25%.

Nos últimos anos do século II a.C., Gaius Marius (157 aC - 86 aC) transforma o exército romano num exército profissional, no qual a lealdade dos soldados de uma legião é declarada ao general que a lidera e não à sua pátria. Isso, combinado com numerosas batalhas que Roma travou nos finais da República que favoreceu o surgimento de uma série de líderes militares tais como Pompeu (Cnaeus Pompeius Magnus; Picenum, 29 de Setembro de 106 a.C.— Egipto, 29 de Setembro de 48 a.C.) e Júlio César, (Gaius Iulius Caesar ; 13 de Julho, 100 a.C. – 15 de Março de 44 a.C.) que, dispondo da força à sua disposição, começam a utilizá-la como meio de obter ou reforçar o seu poder político.

As instituições republicanas encontravam-se em crise desde o princípio do século I a.C., quando Lucius (Lucius Cornelius Sulla; 138 a.C. - 78 a.C.) quebrou todas as regras constitucionais ao tomar a cidade de Roma com o seu exército, em 82 a.C., tornando-se ditador vitalício.
Esta série de acontecimentos culminou no Primeiro Triunvirato, acordo secreto entre César, Pompeu e Crasso (Marcus Licinius Crassus Dives; 115 a.C. -  53 a.C., vencedor do lendário Spartacus). Tendo este Triunvirato sido desfeito após a derrota de Crasso em 53 a.C., restavam dois líderes influentes, César e Pompeu; estando Pompeu no lado do Senado, este declara César inimigo de Roma, ao que César responde, atravessando o Rubicão e iniciando a Guerra Civil.

Vencido Pompeu, torna-se efectivamente a primeira pessoa a governar Roma, desde o tempo da Monarquia.

O seu assassinato pouco tempo depois, nos idos de Março 44 a.C., às mãos dos conspiradores liderados pelo seu filho adoptivo Brutus (Decimus Junius Brutus Albinus; 81 a.C. - 43 a.C.) e Cássio (Gaius Cassius Longinus; 85 a.C. - Outubro de 42 a.C.), termina esta primeira experiência de governo do estado romano, surgindo o Segundo Triunvirato, entre Octávio (Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus; 23 de Setembro de 63 a.C. - 19 de Agosto de 14 d.C.), sobrinho-neto de Júlio César, Marco António (vide Cleópatra) e Lépido, gerando uma nova guerra civil destacando-se Octávio como vencedor, voltando Roma a ser governada por uma única pessoa com poderes efectivos.

O reinado de César Augusto foi um período de prosperidade e expansão. A nova estrutura política criada por Augusto designa-se por principado, sendo o chefe do império designado por “princeps civium”, o primeiro dos cidadãos, e ao mesmo tempo “princeps senatus”, o primeiro do Senado.
Augusto era também comandante-chefe do exército e decidia a guerra ou a paz e autonomeou-se tribuno por toda a vida. Augusto não era realmente dotado para a estratégia, mas tinha bons generais de confiança, como Agripa, que anexou oficialmente o Egipto, que já estava sob domínio romano havia 40 anos, a Península Ibérica, e outros territórios, onde permaneceram por 400 anos.

O império de Augusto era vasto e heterogéneo, com várias línguas e povos. O grego era a língua mais falada nos territórios orientais, e o latim nos ocidentais, porém progredindo como idioma da época. Augusto passou a tratar todos os habitantes do império como iguais e visitou várias zonas para verificar quais os problemas de cada província, assim estas floresceram e atingiram o máximo do seu desenvolvimento.

Com Trajano (Marcus Ulpius Traianus, nasceu em Itálica, actual Santiponce, na Bética, no sul da Hispânia, perto da actual Sevilha a 18 de Setembro de 53 d.C. - 9 de Agosto 117) Foi imperador romano de 98 a 117 sob o seu reinado o Império Romano atingiu a sua máxima extensão.

Em geral, a expressão queda do Império Romano refere-se ao fim do Império Romano do Ocidente, ocorrido em 476 d.C., com a tomada de Roma pelos hérulos que foi um povo germânico, originário do sul da Escandinávia, uma vez que a parte Oriental do Império, que posteriormente os historiadores denominariam Império Bizantino, continuou a existir por quase mil anos, até 1453, quando ocorreu a Queda de Constantinopla.
A queda do Império Romano do Ocidente foi causada por uma série de factores, entre os quais as invasões bárbaras que causaram a derrocada final do Estado, dando-se assim inicio à IDADE MÉDIA.

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