O Império Romano é a fase da história da Roma Antiga caracterizada por uma forma autocrática de governo que sucedeu à República Romana que durou quase 500 anos (509 a.C. – 27 a.C.) e tinha sido enfraquecida pelo conflito entre Caio Mário e Sulla e pela guerra civil de Júlio César contra Pompeu.
Muitas datas são comummente propostas para marcar a transição da República ao Império, incluindo a data da indicação de Júlio César como ditador perpétuo (44 a.C.), a vitória do herdeiro de Octávio na Batalha de Accio (2 de Setembro de 31 a.C.), ou a data em que o senado romano outorgou a Octávio o título honorífico de Augusto (16 de Janeiro de 27 a.C.).
Também a data do fim do Império Romano é atribuída por alguns ao ano 395, com a morte de Teodósio I, após a qual o império foi dividido em “pars occidentalis” e “pars orientalis”. A parte Ocidental, o Império Romano do Ocidente terminou, por convenção, em 476, ano em que Odoacro depôs o último imperador Rómulo Augusto, ou mais precisamente até à morte do seu predecessor, Júlio Nepos, que se considerava ainda imperador (assim era considerado pelo seu par Oriental). Já o Império Romano do Oriente perdurou até à queda de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453.
O Império Romano tornou-se a designação utilizada por convenção para referir ao estado romano nos séculos que se seguiram à reorganização política efectuada pelo primeiro imperador, César Augusto.
Após a morte do imperador Teodósio em 395, a unidade do Império é definitivamente quebrada com a divisão feita pelos seus dois filhos: Arcádio (Augusto desde 383), o mais velho, obteve o Oriente com sede em Constantinopla; Honório (Augusto desde 393), recebeu o Ocidente com sede em Milão ou Ravena. Na época, este acto não representava qualquer inovação, já que a partilha das responsabilidades e atribuições era prática corrente. Além disso, a ideia de unidade mantinha-se devido à figura de Estilicão, general de origem vândala, imposto por Teodósio como tutor dos jovens soberanos. Nas duas partes do império mantinham-se também idênticas instituições, tanto nas províncias como nos organismos centrais. Porém, não há dúvida que se vinha já produzindo uma diferenciação económica e social profunda entre Ocidente e Oriente, iniciada muito antes de 395, e que se acentuou nos anos seguintes, entre 395 e 410, devido, sobretudo, ao problema germânico. O Ocidente apresentava-se militarmente frágil e permeável às investidas bárbaras. A partir de 401, os Ostrogodos invadem as províncias do Danúbio superior. A partir de 406, são os Vândalos, os Sármatas, os Alanos e os Alamanos que devastam a Gália Ocidental, e Alarico saqueia Roma (410). O próprio Estilicão, internamente perseguido pelo partido antibárbaro, é decapitado a 22 de Agosto de 408. O Ocidente ficou sob o poder dos chefes bárbaros e em 476, Odoacro, chefe dos Hérulos, depôs o último imperador romano do ocidente, Rómulo Augusto, e devolveu as insígnias ao imperador do Oriente cujos sucessores reinaram em Constantinopla até 1453.
http://lportuguesa.malha.net/content/view/15/44/
http://www.duplipensar.net/artigos/2007/legado-romano-para-ocidente.html
http://imperioroma.blogspot.com/2008/03/vida-na-roma-antiga.html
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