Paralela a toda a história conhecida, publicada e ensinada, existe sempre outra, subjacente, oculta e que às vezes é a verdadeira, aquela que não convém conhecer.
Conta-se em certos círculos académicos e populares que D. Afonso Henriques, o nosso primeiro Rei de Portugal, “O Conquistador”, não era o filho biológico de D. Henrique e D. Teresa, mas sim filho do seu aio D. Egas Moniz; que o verdadeiro filho varão de D. Henrique e D. Teresa nasceu doente, deficiente e que um milagre de Nossa Senhora o curou. A ser verdade, mesmo que a história tivesse que ser reescrita em nada alteraria o seu valor como fundador de uma Nação que é hoje Portugal:
“Tendo em conta que um dos livros sugeridos como fonte é Diogo Freitas do Amaral, eu sugeria que o lessem com atenção. Se forem para os lados de Lamego, as gentes confirmarão que, de facto, a tese de que D. Afonso Henriques era filho de Egas Moniz é mais preemente do que o Milagre de Nossa Sra de Cárquere segundo o qual o menino se curou de um aleijão que lhe unia as pernas. Mas se quiserem mais fontes vão a Duarte Nunes de Leão, José Mattoso, e Sant'Anna Dionísio. Se não for suficiente, Alexandre Herculano assegura que o I Rei de Portugal era alto, robusto e forte... não me parece que tenha herdado essas características do Conde D. Henrique. É claro que esta tese é controversa, afinal a escolinha ensina que D. Afonso Henriques batia na mãe... ora dizer agora que ela não era mãe dele e pior, ter de re-escrever todos os manuais...”
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