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sábado, 20 de fevereiro de 2010
MERGULHANDO EM PORTO SANTO
SUBMAR
Entrei pelo mar adentro.
Desci ao leito do mar profundo,
Ao reino de Neptuno, desse mundo:
Na enseada d’Arrábida me iniciei,
Até ao Espichel pelo fundo mergulhei,
nas pedras negras, daquele mar.
De Sagres à Madeira, pelas Desertas,
Selvagens ao Indico, pelo Mar Vermelho.
Açores, Formigas a Porto Santo,
Berlengas, Estelas e Farilhões.
Pelas Flores e Corvo, naveguei
e em todas elas com azul mar.
Vi mar e mar sem terra à vista,
ondas cavas e mar sereno;
ventos fortes de meter medo;
gigantes raios a rasgar o céu,
a iluminar o firmamento.
Com trovões de barlavento.
Pelo mar fui navegando,
pelo fundo fui mergulhando:
Vi caravelas naufragadas,
das almas nobres lusitanas,
da gente antiga, daquele mar.
Das lendas épicas já cantadas,
vi sereias belas e mundanas.
Vi cores vivas de encantar,
Ninfas de corais e coisas mais...
José Douradinha
Porto Santo, Junho/1998
Ver: Na Senda do Mergulho (Porto Santo)
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
AS MINHAS POESIAS
VENI CREATOR SPIRITUS ET INSUFLA MENTES NOSTRAS
ABSTRACÇÕES:
Edificámos de betão as gaiolas,
com muros altos, mirados, alvejados,
gradeados sem piedade, abstraídos.
Obliterámos as urbes hesitantes;
escravizámos as bases piramidais.
Dogmas, impropérios infinitos;
Abjuração das mentes titubeantes.
Conjugámos o verbo possuir,
politicamente, religiosamente sem fim.
Apostasias comummente procriantes.
Substituídos por genes oblíquos,
manchados de sangue morno,
cambaleamos alados, torpes.
Sanguessugas de um astro moribundo.
Viajando no espaço impoluto,
incólumes no sentido inverso,
semeámos a desordem instituída.
O relógio do tempo, avassalador,
isócrono avança, progressivamente,
imparável...
Inevitavelmente… Cercados.
OCLUSÃO:
Almejei apenas possuir-te
em roda dos costumes procriantes.
Sem atender aos teus chamamentos,
ignorei os teus íntimos desejos líbidos
Pela tua liberdade alcançarei o meu triunfo.
Farei um brinde com os meus dedos trémulos,
pela repulsão que o teu amor me provoca.
Lavarei, com ácido, a minha boca dos teus beijos...
Edificámos de betão as gaiolas,
com muros altos, mirados, alvejados,
gradeados sem piedade, abstraídos.
Obliterámos as urbes hesitantes;
escravizámos as bases piramidais.
Dogmas, impropérios infinitos;
Abjuração das mentes titubeantes.
Conjugámos o verbo possuir,
politicamente, religiosamente sem fim.
Apostasias comummente procriantes.
Substituídos por genes oblíquos,
manchados de sangue morno,
cambaleamos alados, torpes.
Sanguessugas de um astro moribundo.
Viajando no espaço impoluto,
incólumes no sentido inverso,
semeámos a desordem instituída.
O relógio do tempo, avassalador,
isócrono avança, progressivamente,
imparável...
Inevitavelmente… Cercados.
Montijo, Nov/2008
NOITE QUENTE:
Cálida era a noite de lua cheia.
Os nossos corpos escaldantes, palpitantes,
sedaram-se nas mornas águas de um duche.
Desnuda, surgiste intensamente molhada.
A tua silhueta vislumbrava-se ondeante.
Pela janela, escancarada do quarto, via a lua.
A luz do luar projectava a tua sombra...
Na penumbra envolvente, éramos nítidos.
Os contornos do teu peito, hirto, balançante,
aliciante, como doce pudim de geleia,
quedou-se quando paraste deitada.
O teu monte de Vénus tentava os meus dedos;
que atribuis de afiadas setas de Cupido.
Serenamente, a meu lado, nada insinuaste.
Os teus mamilos como uvas suculentas,
desafiavam os meus lábios sedentos.
O cheiro artificial do sabonete perfumado,
emanava etéreo do teu corpo morno.
A noite, silenciosa, prometia ser longa...
Animadamente conversámos de coisas fúteis.
Com tentações, carentes mas sem toques.
Aparentemente indiferentes,
Quietos esperámos um pelo outro.
Esperámos, esperámos até dormir...
DECRETA-SE:
Que a partir de agora, o dia passa e ser noite,
Noite escura… eterna sem estrelas.
A partir de agora:
Só nascem meninos com “pilinhas” compridas
E as meninas passam a tê-las, mas curtas.
É proibida a amizade;
É proibida a fraternidade;
É proibida a comunicação!
E as mãos dadas …
O "A" passa a ser "H",
Para a 8ª letra do alfabeto.
Mas se o "H" for "G" é um desastre!
A partir de agora:
A voz do desespero,
Proíbe o calor do Sol.
É proibido o arco-íris e as outras cores...
A partir de agora:
Sem luz, fomenta-se a
Escuridão e o silêncio.
Não é permitida a voz da razão!
O ódio, o rancor, a desconfiança,
o ciúme passam a ser obrigatórios.
A competição sub-reptícia
Passa a ser apanágio da urbe,
E é premiada (com um automóvel).
Os porcos passam a ter asas,
escuras asas de dragão.
Asas longas, da pobreza!...
Os muros edificam-se e dividem:
A lógica, o espaço e a imaginação! ...
A partir de agora o homem passa a ser
Para sempre, como foi…
Igual a si mesmo!
Montijo,Abril/1999
NOITE QUENTE:
Cálida era a noite de lua cheia.
Os nossos corpos escaldantes, palpitantes,
sedaram-se nas mornas águas de um duche.
Desnuda, surgiste intensamente molhada.
A tua silhueta vislumbrava-se ondeante.
Pela janela, escancarada do quarto, via a lua.
A luz do luar projectava a tua sombra...
Na penumbra envolvente, éramos nítidos.
Os contornos do teu peito, hirto, balançante,
aliciante, como doce pudim de geleia,
quedou-se quando paraste deitada.
O teu monte de Vénus tentava os meus dedos;
que atribuis de afiadas setas de Cupido.
Serenamente, a meu lado, nada insinuaste.
Os teus mamilos como uvas suculentas,
desafiavam os meus lábios sedentos.
O cheiro artificial do sabonete perfumado,
emanava etéreo do teu corpo morno.
A noite, silenciosa, prometia ser longa...
Animadamente conversámos de coisas fúteis.
Com tentações, carentes mas sem toques.
Aparentemente indiferentes,
Quietos esperámos um pelo outro.
Esperámos, esperámos até dormir...
Montijo, Abril/2006
TÊ VÊ DE QUEM TE VÊ:
Telenovelas,
bagatelas infinitas,
lucrativas
da incultura,
ocupativa,
recreativas,
intempestivas,
impeditivas
sem direitos,
primordiais,
fundamentais.
Intervaladas.
Das publicidades
infinitas,
consumidas.
Dos Directos
Ao vivo.
Criativos,
abrangentes.
Do Irmão Grande;
Dos circenses;
Dos famosos,
militares ou não,
fieis ou infiéis,
a
l
i
e
n antes.
Janelas abertas
cativantes,
indiscretas,
dos mil mirantes.
Espreitantes,
em fechaduras
solicitantes.
Das curiosidades
frustrantes.
Montijo, Março/2000
OCLUSÃO:
Almejei apenas possuir-te
em roda dos costumes procriantes.
Sem atender aos teus chamamentos,
ignorei os teus íntimos desejos líbidos
Montijo, Set/2008
SÓ VER-TE:
Os teus olhos de flor-de-lis,
amendoados, negros azeviche.
São luzes, cintilantes, ofuscantes,
distantes do meu olhar.
Teus cabelos negros caídos,
São ondas revoltas do mar,
tocados pelo vento atrevido,
por onde desejo navegar os meus dedos,
ansiosos, saudosos, esvaídos,
abandonados ao tempo,
como folhas caídas de Outono.
QUIMERAS:
Sou imagem de um Deus ausente:
Incógnito.
Acaso da necessidade…
Quimera esquecida de um sonho por acabar.
Procura incessante do ponto inatingível:
Liberdade…
Utopia projectada da imaginação cósmica:
Infinito...
Circunferência, sem princípio nem fim:
Anátema.
Efémera vida:
Baloiço do tempo no espaço infinito.
Eternidade mística do pensamento temporal.
SÓ VER-TE:
Os teus olhos de flor-de-lis,
amendoados, negros azeviche.
São luzes, cintilantes, ofuscantes,
distantes do meu olhar.
Teus cabelos negros caídos,
São ondas revoltas do mar,
tocados pelo vento atrevido,
por onde desejo navegar os meus dedos,
ansiosos, saudosos, esvaídos,
abandonados ao tempo,
como folhas caídas de Outono.
SUPERMERCADOS:
Dos superes,
Dos hiperes,
Espaços colossais,
Arquitecturais,
Comerciais,
Cheios,
Solitários,
Dos passos,
Dos passeios,
Domingueiros, sem espaços,
Das filas,
Dos carros e dos escapes,
Dos carrinhos empurradinhos,
Dos cheiros,
Dos cigarros,
Das comidinhas,
Dos dinheiros,
Inflacionados,
Do fim do mês,
Espaços Impessoais,
Estudados,
Dos empregados,
Educados, ocupados
Arrumadinhos,
Das estantes,
Coloridas,
Dos Vermelhos,
Atraentes, colocados,
Dos brancos, reluzentes,
Estrategicamente,
Iluminados,
Musicados,
Frequentados,
Sem chuva nem sol,
Das lojinhas,
Das bruxinhas e do pão mole.
Abertas e fechadas:
Vazias, vazias, vazias…
Dos passeantes,
Sem dinheiros, engraçados,
Abandonados, sem espaços nem enguiços, nem engaços…
Évora, Agosto/2009
UM BEIJO:
Esse teu sorriso aberto, terno, periclitante,
Que desnuda os teus lábios,
Cor de escarlate,
Adoçam os meus,
Apenas,
Por um breve instante.
Esse teu sorriso aberto, terno, periclitante,
Que me suplica insinuante,
Com um ligeiro roçar da tua mão,
Leva os meus lábios aos teus seios,
Suavemente,
Por um breve instante.
Esse teu sorriso aberto, terno, periclitante,
Que me alicia, estimula docemente,
Mais aquém,
Leva os meus lábios lentamente,
Mais além…
Por um breve instante.
Montijo, Nov/2008
QUIMERAS:
Sou imagem de um Deus ausente:
Incógnito.
Acaso da necessidade…
Quimera esquecida de um sonho por acabar.
Procura incessante do ponto inatingível:
Liberdade…
Utopia projectada da imaginação cósmica:
Infinito...
Circunferência, sem princípio nem fim:
Anátema.
Efémera vida:
Baloiço do tempo no espaço infinito.
Eternidade mística do pensamento temporal.
Montijo, Nov/2007
DOIS MUNDOS:
Mergulhei no mar calmo, profundamente,
transparente como o teu cândido olhar;
perscrutei a vida de um mundo diferente,
silencioso, como o teu desejo profundo, de amar.
NOCTÍVAGOS:
É quase sempre na calada da noite
que os nossos corpos se entrelaçam,
cheios de saudade e plena inquietude.
Sem mentes, desalinhadas, absortas…
Que importam as sintonias das mentes?
Se os corpos rejubilam de volúpia.!?
ÀS TUAS MÃOS:
As tuas pequenas mãos aconchegantes,
inquietas melodias oníricas do imprevisto;
- devaneio solícito, trauteante sem queixume -
sugam a energia do meu corpo consumido.
Inexorável dogma satírico a que me dou…
Inevitavelmente vencido.
Pavia, Agosto/2010
DOIS MUNDOS:
Mergulhei no mar calmo, profundamente,
transparente como o teu cândido olhar;
perscrutei a vida de um mundo diferente,
silencioso, como o teu desejo profundo, de amar.
NOCTÍVAGOS:
É quase sempre na calada da noite
que os nossos corpos se entrelaçam,
cheios de saudade e plena inquietude.
Sem mentes, desalinhadas, absortas…
Que importam as sintonias das mentes?
Se os corpos rejubilam de volúpia.!?
Montijo, Abril/2000
ADEUS…!
Na tua dor encontrei o meu refúgio.
Triste alma, embriagada de vinhos e ofensas.
Depositei o meu suspiro no teu peito;
meses de líricas malditas, incompreendidas;
que se debateram para sanar as minhas feridas.
Infinito tormento que se ateou como o fogo,
e que os nossos predomínios reduziram a cinzas...
Gigante empobrecido que se debate contra os meus dogmas,
e se extingue quando me rio da tua face.
Triste alma, embriagada de vinhos e ofensas.
Depositei o meu suspiro no teu peito;
meses de líricas malditas, incompreendidas;
que se debateram para sanar as minhas feridas.
Infinito tormento que se ateou como o fogo,
e que os nossos predomínios reduziram a cinzas...
Gigante empobrecido que se debate contra os meus dogmas,
e se extingue quando me rio da tua face.
Esta noite a tua ausência volta desmesurada,
pérfida sensação que me transporta ao vazio;
que me arrasta vivo, até ao sepulcro da morte.
Que abominantes são os sentimentos...
Que desnudos, nos arrastam para a desumanidade,
carentes de escudos e adagas para lutar.
Sob lânguidos céus negros
presenciei a obra trágica do meu suicídio:
Querer-te...!!
Que repulsiva, se me apresenta a verdade,
abandonada por inteiro à terra desapiedada
e devorada pelas faces do amor...
Que ridícula é a balada que se entoa agora.
pérfida sensação que me transporta ao vazio;
que me arrasta vivo, até ao sepulcro da morte.
Que abominantes são os sentimentos...
Que desnudos, nos arrastam para a desumanidade,
carentes de escudos e adagas para lutar.
Sob lânguidos céus negros
presenciei a obra trágica do meu suicídio:
Querer-te...!!
Que repulsiva, se me apresenta a verdade,
abandonada por inteiro à terra desapiedada
e devorada pelas faces do amor...
Que ridícula é a balada que se entoa agora.
Saberei se será válido resistir-te,
e evadir-me desta luta contrária!
Tudo se torna difuso no meu pensamento…
Se te for possível, nenhuma palavra digas,
para que não sirvam de cadeias
os versos que te escrevo, neste meu desvelo.
e evadir-me desta luta contrária!
Tudo se torna difuso no meu pensamento…
Se te for possível, nenhuma palavra digas,
para que não sirvam de cadeias
os versos que te escrevo, neste meu desvelo.
Hoje despojo-me – sem temor - das minhas entranhas,
do ácido mortal que me corrói por dentro,
e, libertos deste jugo... Libertas-te.
Vai! Não porei diante de ti os meus olhos abertos,
porque ocultos serão comportas divisórias e eternas.
Quero afastar os meus braços do teu colo,
e em silêncio observar-te, aguardando a tua partida.
Nada de nós ficou…
do ácido mortal que me corrói por dentro,
e, libertos deste jugo... Libertas-te.
Vai! Não porei diante de ti os meus olhos abertos,
porque ocultos serão comportas divisórias e eternas.
Quero afastar os meus braços do teu colo,
e em silêncio observar-te, aguardando a tua partida.
Nada de nós ficou…
Dissolvidas estão as nossas frágeis trilhas.
Na tarde que me aguarda, fria, no meu leito,
beberei ao triunfo constante da amnésia,
e um sono profundo me desviará quieto,
com o seu veneno, transcorrendo as minhas veias.
Na tarde que me aguarda, fria, no meu leito,
beberei ao triunfo constante da amnésia,
e um sono profundo me desviará quieto,
com o seu veneno, transcorrendo as minhas veias.
Pela tua liberdade alcançarei o meu triunfo.
Farei um brinde com os meus dedos trémulos,
pela repulsão que o teu amor me provoca.
Lavarei, com ácido, a minha boca dos teus beijos...
Que doce e mortífero desvanecimento!...
Vai-te! não me obrigues a fazer mais cruel esta agonia.
Brindo agora, pela vida insana que te espera.
Aventura os teus braços tíbios e rasos pelo pecado,
quando a minha vista estiver ausente.
Brindo agora, pela vida insana que te espera.
Aventura os teus braços tíbios e rasos pelo pecado,
quando a minha vista estiver ausente.
Irei por estreitas e míseras ruas,
para jamais ver o teu corpo insano.
para jamais ver o teu corpo insano.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
PARA UMA VERDADE NUA E CRUA.
Lá diz o ditado popular “não há fumo sem fogo”.
A ser verdade, que a comunicação social em Portugal está em perigo e que se vislumbra, oculta pela penumbra (maledicência, dizem uns…) algum controlo manipulador é bom que à guisa de “segredos de justiça e ou de Estado” não se furte a verdade à verdade, que é só uma, e que ninguém é seu portador.
Dantes… (toda a gente ainda sabe o significado de “...dantes...”) havia uma censura bem clara e objectiva, colocada nos jornais (sabíamos que existia) com carimbo e em tudo o mais... e agora?!... Não há censura nem carimbo mas, ao que parece, há manipulação de interesses sub-reptícios, obscuros como o leirão que não se vê, mas existe; anda por aí, fugidio.
Aqueles que a ela estão subjugados, se dizem, sentem, manipulados a essa censura submarina, obviamente, por obrigação deontológica, deviam pronunciar-se, reunir-se e, em uníssono, denunciarem à banca (povo, neste caso) a verdade nua e crua. Senhores jornalistas levantai hoje de novo e esplendor do jornal. "
Consuetudinis vis magna est"
O Homem-de-neandertal ou neanderthalensis
O Homo neanderthalensis cujo nome é originário do local onde foi encontrado, surgiu há aproximadamente 200 mil anos, evoluindo possivelmente do Homo Erectus que se adaptou ao clima frio da Europa. O seu cérebro era de tamanho ligeiramente maior que o nosso; a sua garganta era projectada para a fala gutural embora com uma linguagem própria. Viviam em grupos familiares formados de 8 a 25 pessoas no máximo e o seu corpo era mais baixo, mais forte e mais atarracado que o nosso, bem adaptado ao clima frio em que viviam; eram inteligentes e a sua população era estimada em torno 100 mil individuos. A sua alimentação era constituída de 85% de carne. Enterravam os seus mortos com rituais fúnebres.
O Homo neanderthalensis tinha uma vida agitada e cheia de riscos, dado que a sua subsistência, a caça, baseava-se no combate directo em grupo, com os grandes animais de que se alimentava, extraia as peles para se cobrir e produzia utensílios de osso e armas de chifres. Metade das crianças não chegava aos 12 anos e de entre 4 de cada 5 adultos não chegava aos 40 anos de idade. As mães neandertais amamentavam os seus filhos até aos 5 anos de idade.
Os neanderthalensis Possuíam basicamente 6 tipos de ferramentas, raspadeiras para confeccionar vestimentas, machadinhas, facas que também usavam como pontas de lanças feitas com paus. O Homo neanderthalensis não foi nosso ancestral, dado que entrou em processo de extinção logo após ter contactado com o Homo Sapiens com quem conviveu cerca de 5000 anos até ao seu completo desaparecimento.
Há aproximadamente 35 mil anos o Homo Sapiens chegou à Europa vindo da Ásia. No inicio teria havido uma coexistência pacífica e até benéfica para os Neandertais, que aprenderam com o Homo sapiens a produzir novas ferramentas em pedra lascada que utilizaram e que estavam pela primeira vez a sofrer bruscas modificações das que usavam, feitas de ossos, chifres e dentes. Começaram então a fabricar adornos e vestimentas, tudo isso copiado do Homo Sapiens. Com o decorrer do tempo tudo começou a mudar e a gerar conflitos de competição. O Homo Sapiens porque tinha armas mais sofisticadas que os de Neandertal, deu início ao seu processo de extinção, há aproximadamente 27 mil anos.
http://dba.fc.ul.pt/ant-bio/TA_2008%5C07_Paleo1%5C07_3_Homo_Neanderthalensis.pdf
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
A ORIGEM DO CARNAVAL
O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" de certo modo um acto liturgico, dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares, pagãos. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com os seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleães, Toronto e Rio de Janeiro inspirar-se-iam no carnaval parisiense para implantar, a seu modo, as novas festas carnavalescas.
A festa do carnaval surgiu a partir da implantação da Semana Santa, pela Igreja Católica no século XI, antecedida por 40 dias de jejum, a Quaresma. Este longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas,ou seja, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, deste modo, relacionada com a ideia de "afastamento" dos prazeres da carne, marcado pela expressão latina "carne vale", que acabou por formar a palavra "carnaval".
Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês "Mardi Gras"), último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo “mardi gras” é sinónimo de Carnaval.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras com as suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao carácter de festa popular (pagã) e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e, progressivamente, a festa foi então tomando o formato actual.
De acordo com o modo contemporâneo o carnaval ainda é considerado uma forma de festa pagã bastante tradicional, pois persistiu por vários anos com o mesmo aspecto.
Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa, com excepção do Natal. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia, que se verifica a partir do equinócio da Primavera (no hemisfério Norte) ou do equinócio do Outono (no hemisfério Sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
A ÁGUA E A GUERRA DO FUTURO
Depois da recente crise financeira, adivinha-se uma crise mundial no acesso à água potável.
Estima-se que uma em cada seis pessoas não tenha acesso a água própria para consumo. Os dados da ONU vão mais longe e revelam que a cada vinte segundos uma criança morre com uma doença relacionada com a ausência de água e de saneamento básico. No que toca ao consumo, o sector agrícola surge na linha da frente com uma percentagem superior a 60%. Segue-se a indústria com um gasto na ordem 20%, mais 10% que o consumo doméstico. Desta água, 4% evapora-se a partir dos reservatórios. A distribuição é tudo menos equitativa já que gastamos mais água num duche de cinco minutos do que a média diária gasta por uma pessoa que viva num país subdesenvolvido. A falta de água foi identificada como uma das principais causas de conflito como, por exemplo, no Darfur (Sudão) e no Médio Oriente.
A dessalinização é vista como uma solução para o problema, onde Portugal pode ter vantagens, mas os custos ambientais e energéticos tornam o processo extremamente dispendioso. Não será por isso de estranhar que a maior central de dessalinização do mundo se situe nos Emirados Árabes Unidos.
O aumento da taxa de natalidade nos países pobres promete aumentar as disparidades no acesso à água potável.
Estima-se que em 2050, a população africana represente 21% dos habitantes em todo o mundo. As mudanças climáticas também não ajudam. À primeira vista, estas previsões mais parecem ser de um planeta árido, mas se considerarmos o coração agrícola da Califórnia onde foi declarado o estado de emergência; a seca que atinge a região obrigou os consumidores a moderarem o consumo de água, numa altura em que o impacto na economia do estado Norte-Americano continua por calcular. Muitos líderes políticos acreditam, que no futuro as guerras vão ser travadas devido à água, ou melhor à sua falta.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Grigori Rasputin
Grigoriy Yefimovich Rasputin místico russo, nasceu dia 23 de Janeiro de 1864 em Pokrovskoie, Tobolsk e foi assassinado no dia 29 de Dezembro de 1916 aos 52 anos em Petrogrado, actual São Petersburgo. Foi uma figura influente no final do período czarista da Rússia. Teve 3 filhos: Maria, Varvara e Dmitri, um rapaz com deficiências.
Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde diz-se que Rasputin chega mesmo a salvar Alexei Romanov, o filho do czar, de hemofilia.
Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Fedorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus". Com esta protecção Rasputin torna a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Nacional Russa.
Todavia, o seu comportamento dissoluto, licencioso e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajectória poluta, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov. O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.
A Primeira Guerra Mundial trará novos contornos à actuação de Rasputin, já odiado pelo povo, que o acusa de espionagem ao serviço da Alemanha. Escapa a várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de aristocratas da grande estirpe russa, entre os quais Yussupov.