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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A ÁGUA E A GUERRA DO FUTURO


Depois da recente crise financeira, adivinha-se uma crise mundial no acesso à água potável.
Estima-se que uma em cada seis pessoas não tenha acesso a água própria para consumo. Os dados da ONU vão mais longe e revelam que a cada vinte segundos uma criança morre com uma doença relacionada com a ausência de água e de saneamento básico. No que toca ao consumo, o sector agrícola surge na linha da frente com uma percentagem superior a 60%. Segue-se a indústria com um gasto na ordem 20%, mais 10% que o consumo doméstico. Desta água, 4% evapora-se a partir dos reservatórios. A distribuição é tudo menos equitativa já que gastamos mais água num duche de cinco minutos do que a média diária gasta por uma pessoa que viva num país subdesenvolvido. A falta de água foi identificada como uma das principais causas de conflito como, por exemplo, no Darfur (Sudão) e no Médio Oriente.
A dessalinização é vista como uma solução para o problema, onde Portugal pode ter vantagens, mas os custos ambientais e energéticos tornam o processo extremamente dispendioso. Não será por isso de estranhar que a maior central de dessalinização do mundo se situe nos Emirados Árabes Unidos.
O aumento da taxa de natalidade nos países pobres promete aumentar as disparidades no acesso à água potável.
Estima-se que em 2050, a população africana represente 21% dos habitantes em todo o mundo. As mudanças climáticas também não ajudam. À primeira vista, estas previsões mais parecem ser de um planeta árido, mas se considerarmos o coração agrícola da Califórnia onde foi declarado o estado de emergência; a seca que atinge a região obrigou os consumidores a moderarem o consumo de água, numa altura em que o impacto na economia do estado Norte-Americano continua por calcular. Muitos líderes políticos acreditam, que no futuro as guerras vão ser travadas devido à água, ou melhor à sua falta.

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