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sábado, 21 de maio de 2011

AS ARMAS DO SAMURAI



Katana ou Catana é o sabre longo japonês. Surgida no Período Muromachi, era a arma padrão dos samurais e também dos ninjas para a prática do kenjutsu, a arte de manejar a espada. Tem gume apenas de um lado, e sua lâmina é ligeiramente curva. Era usada tradicionalmente pelos samurais, acompanhada da wakizashi. A katana era usada em campo aberto, enquanto a wakizashi servia para combate no interior de edifícios. Apesar de os samurais terem desenvolvido tradicionalmente a esgrima usando uma espada manejada pelas duas mãos juntas, existem estilos de kenjutsu que possuem técnicas com ambas as espadas ao mesmo tempo, como por exemplo o Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu e o Niten Ichi Ryu de Miyamoto Musashi. Na sua obra, Gorin no Sho (O Livro dos Cinco Anéis), Musashi advoga o uso das duas espadas, dizendo ser "indigno do samurai morrer com uma espada ainda embainhada". Havia uma terceira arma, o Tanto, uma faca fina que ficava escondida e era usada só em emergências.

Antes porém um confronto histórico marcou o desenvolvimento da espada que se tornaria sinónimo de espada japonesa samurai: a kataná. Em 1274, o imperador mongol da China, Kublai Khan, neto do conquistador Genghis Khan, enviou uma enorme frota naval para invadir o Japão. Embora os japoneses tenham conseguido rechaçar a invasão, perceberam que os mongóis possuíam armaduras mais resistentes e que precisavam de espadas mais eficientes. Certos de que os mongóis fariam uma outra tentativa de invasão, os japoneses desenvolveram a kataná, espada levemente encurvada com ponta em forma de cunha, empunhadura longa para duas mãos e lâmina comprida com corte unilateral, medindo em média de 60 a 70 cm.


Podendo ser segurada com as duas mãos, um golpe com a kataná aproveita toda a força de uma pessoa de modo mais eficaz. A sua forma é ideal para rápidos golpes de corte. A sua lâmina larga e resistente é praticamente inquebrável, e a ponta em forma de cunha permitia atravessar a armadura mongol. Quando os mongóis voltaram a atacar, em 1281, a kataná foi posta à prova. Encontrando os japoneses melhor preparados, os mongóis não conseguiram conquistar territórios ao desembarcar, e tiveram que voltar aos seus navios. Um tufão varreu a frota mongol, afundando-a de vez. A este evento natural os japoneses deram o nome de kamikaze (vento divino), acreditando que os deuses haviam enviado o tufão para proteger o Japão. Kamikaze: kami  significando "deus" e kaze, "vento" é uma palavra japonesa, comum por ter se tornado, na segunda guerra mundial, o nome atribuído aos pilotos suicidas contra a força naval americana.



Na Era Kamakura (1192-1333) foram criadas técnicas altamente artísticas, a ponto de este período ser também conhecido como a "era dourada" da manufatura de espadas. Foi nesse período que viveu Gorõ Nyûdõ Masamune, conhecido como "Masamune", considerado o maior mestre artesão de espadas de todos os tempos, e muitos de seus famosos e renomados discípulos, como Kunitsugu Rai, Sadamune Soshu e Yoshihiro Go. Entretanto, na Era Muromachi (1333-1573), sangrentas e contínuas guerras internas no Japão tornaram-se norma. O enfraquecimento do poder imperial deu lugar a disputas entre daimyõs (líderes feudais), uns contra os outros na disputa pelo poder sobre o país, e permitiu a ascensão dos samurais à classe dominante. Muitas espadas de boa qualidade encomendadas pelos emergentes daimyõs foram feitas nesse período, mas a necessidade de armar crescentes tropas particulares de samurais fizeram com que as altamente artísticas técnicas da Era Kamakura fossem abandonadas em favor de espadas utilitárias.



www.culturajaponesa.com.br /katana - Cristiane A. Sato

quinta-feira, 19 de maio de 2011

MULHERES BELAS E ETERNAS DA HISTÓRIA


NEFERTITI
Nefertiti  (c. 1380 - 1345 a.C.) foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egipto, esposa principal do faraó Amen-hotep IV, mais conhecido como Akhenaton.
As origens familiares de Nefertiti são pouco claras. O seu nome significa "a mais Bela chegou", o que levou muitos investigadores a considerarem que Nefertiti teria uma origem estrangeira, tendo sido identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Império Mitanni (império que existiu no que é hoje a região oriental da Turquia), filha do rei Tushratta. Sabe-se que durante o reinado de Amen-hotep III chegaram ao Egipto cerca de trezentas mulheres de Mitanni para integrar o harém do rei, num gesto de amizade daquele império para com o Egipto; Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, que adoptou um nome egípcio e os costumes do país.



BOUDICA
Foi uma rainha celta que liderou os icenos, juntamente com outras tribos, como os trinovantes, num levantamento contra as forças romanas que ocupavam a Grã-Bretanha em 60 ou 61 d.C. durante o reinado do imperador Nero. Estes eventos foram relatados por dois historiadores:
Tácito  (em seus Annales e Agrícola) e Dião Cássio (na sua História Romana). 
O historiador Dião Cássio diz, sobre Boudica ou Boadicéia:
"Boadicéia era alta, terrível de olhar e abençoada com uma voz poderosa. Uma cascata de cabelos vermelhos alcançava seus joelhos; usava um colar dourado composto de ornamentos, uma veste multi-colorida e sobre esta um casaco grosso preso por um broche. Carregava uma lança comprida para assustar todos os que deitassem-lhe os olhos."



LUCRÉCIA BÓRGIA
Lucrécia Bórgia (1480-1519) foi a filha ilegítima de Rodrigo Bórgia, importante personagem espanhol do Renascimento, que viria a tornar-se o papa Alexandre VI. O irmão de Lucrécia foi o conhecido déspota César Bórgia.
“O seu corpo não aparentava, nem de longe, os seus treze anos e já mostrava belas formas capazes de chamar a atenção de qualquer homem. Lucrécia tinha cabelos cor de ouro e olhos de um azul cintilante.” Ela foi dita a mais bela mulher de toda Roma.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

OS DOZE MAIORES INIMIGOS DO IMPÉRIO ROMANO. (v/Vídeo)

ANÍBAL DE CARTAGO - 247 A.C. – C. 183 A.C.




VIRIATO
Viriato (? – 139 a.C.) foi um dos líderes da tribo lusitana que confrontou os romanos na Península Ibérica.
Várias teorias são consideradas quando se refere à etimologia do nome de Viriato. O nome pode ser composto de dois elementos: Viri e Athus. Viri pode derivar:
Da raiz Indo-Europeia uiros, "homem", relacionada com força e virilidade;
Do Celta uiro- 'homem'; e das formas mais antigas vírus, viri, viro, viron das quais deriva a antiga palavra para homem em Irlandês Antigo , fir;
De uei-, como em viriae ou a "bracelete torneada" Celtibera usada pelos guerreiros (Pliny XXIII, 39);
Do Latin viri que significa homem, herói, pessoa de coragem, honra e nobreza;
A elite celtibérica autodenominava-se de uiros ueramos o 'homem mais alto' (alteza) o equivalente em latim seria summus vir.
Pouco se conhece sobre a vida de Viriato. Não se sabe a data nem o local exacto onde nasceu e a única referência à localização da sua tribo nativa foi feita pelo historiador grego Diodoro da Sicília que afirma que ele era das tribos Lusitanas que habitavam do lado do oceano.
Viriato pertencia à classe dos guerreiros, a ocupação da elite, a minoria governante. Ele era conhecido entre os romanos como dux do exercito Lusitano, como adsertor (protector) da Hispânia ou como imperator, provavelmente da confederação das tribos Lusitanas e Celtiberas.
Ele foi descrito como um homem que seguia os princípios da honestidade e trato justo e foi reconhecido por ser exacto e fiel à sua palavra nos tratados e alianças que fez. Diodoro disse que a opinião geral era de que ele tinha sido o mais amado de todos os líderes lusitanos.
Viriato era, segundo a teoria avançada por Schulten ( 1870/ 1960), oriundo dos altos Montes Hermínios, actual Serra da Estrela, embora nenhum autor da antiguidade o tenha mencionado.
Roma chega a pactuar com Viriato, quase reconhecendo como soberano, porém, à traição, compactuou com três de seus aliados que o assassinaram.
Anos antes, o general romano Sérgio Galba quase dizima os lusitanos, e Viriato foi um dos que escaparam. O historiador Estrabão assim definiu a Lusitânia: "A mais poderosa das nações da Península Ibérica, a que, entre todas, por mais tempo deteve as armas romanas". Todavia, tão-pouco podiam os Romanos contar com a submissão dos povos da Península Ibérica que se viram forçados a manter o país em rigorosa ocupação militar, e daí provieram os primeiros exércitos permanentes de Roma. Quarenta mil homens se mantiveram na Península Ibérica em permanente guarda.




MITHRIDATES VI DE PONTUS
Mitrídates VI, em grego: Μιθριδάτης, chamado Eupátor Dionísio, também conhecido como Mitrídates, o Grande, foi rei do Ponto de 120 a 63 a.C. na Anatólia e um dos mais formidáveis e sucedidos inimigos de Roma, havendo enfrentado três dos melhores generais romanos da baixa República. O Reino do Ponto foi um antigo Estado helenístico, localizado a norte da península da Anatólia, na actual Turquia.
O Ponto é uma região da costa sul do Mar Negro, chamado Ponto Euxino pelos jónios, povo grego que explorou e colonizou as costas da Anatólia no final da Idade das Trevas na Grécia (c. 1200 a.C.- 800 a.C.) refere-se ao período da pré-história grega cujo início tem lugar a partir da suposta invasão dórica e do final da civilização micénica no século XI a.C. e cujo fim é marcado pela ascensão das primeiras cidades-estado gregas no século IX a.C., pela literatura épica de Homero e pelos primeiros registos escritos a utilizarem o alfabeto grego, no século VIII a.C.. O Ponto chegou a referir-se especificamente à área noroeste da Anatólia na Época Clássica da Grécia, sendo assim mencionado por Xenofonte no seu Anabasis. Xenofonte foi soldado, mercenário e discípulo de Sócrates.





VERCINGETORIX
Vercingetórix , nasceu na Auvérnia em 72 a.C. e faleceu em Roma em 46 a.C., foi o chefe gaulês do povo dos arvernos - um povo da Gália que habitava a região de Auvernia e vivia em luta permanente com os Eduos, povo da Gália que habitava a região da actual Borgonha,  pela hegemonia entre os Gauleses.  
Júlio César não conseguiu tomar a sua capital,  Argóvia. Vercingetórix liderou a grande revolta gaulesa contra os romanos em 53-52 a.C. O Seu nome, Vercingetórix, em gaulês significa ver  " acima de", "supremo" ou "grande" ; cingéto  "guerreiro"; erix  "o rei" ou "o chefe". Segundo se considerar que o ver se aplica a rei ou aos guerreiros, tem-se "o chefe supremo dos guerreiros", ou "o chefe dos grandes guerreiros".
Júlio César foi voluntariamente lacónico sobre a rendição daquele que o enfrentou durante um ano e que conseguiu reunir os povos da Gália, o que era inimaginável para um romano. Ele não quis fazer de Vercingetórix um herói nem um mártir. Outros historiadores relataram a cena que forneceu o tema de muitos quadros de pintores de História, sobretudo no século XIX. Não engrandece César, menos irritado pela coragem desse inimigo que ele admirava implicitamente, do que pela perda de tempo que este lhe impôs, obrigando-o a desviar-se do essencial, isto é, a política que se fazia em Roma, nesse meio tempo, sem ele e sobretudo contra ele.
Teria sido a inspiração para a criação de Asterix, personagem francesa de histórias, em cinema e desenho animado.




ARMINIUS -  16 A.C. - 21 D.C
http://josmaelbardourblogspotcom.blogspot.com/2011/05/arminius-o-libertador-da-germania.html






BOUDICCA -  60 OU 61 D.C




JULIUS CIVILIS
Caio Júlio Civil, em latim Gaius Iulius Civilis, mais conhecido como Júlio Civilis, foi o líder dos Batávios,  na sua revolta contra Roma levada a cabo de 69 a 70 d.C. Foi encarcerado duas vezes por rebelião, e escapou por pouco a ser executado. Durante os distúrbios que se seguiram à morte de Nero, levantou-se em armas sob o pretexto de apoiar Vespasiano, (sucessor de Nero) induzindo os habitantes do seu país natal a rebelar-se. Batavos, do latim batavi, foi a designação dada durante o Império Romano aos povos germânicos que habitavam a região do delta do rio Reno, a que corresponde aproximadamente o território dos actuais Países Baixos.
Os rebeldes expulsaram as guarnições romanas do Reno e capturaram vinte e quatro barcos da Frota fluvial do Reno. Duas legiões no comando de Múmio Luperco foram rodeadas e derrotadas em Castra Vetera (perto da actual cidade de Xanten, cidade da Alemanha localizada no distrito de Wesel, região administrativa de Dusseldorf, estado da Renânia do Norte-Vestefália.). Aos rebeldes uniram-se oito cortes (  reserva de veteranos batávios, bem como parte das tropas enviadas por Vespasiano) para aliviar o cerco de Castra Vetera.
O resultado destas adesões foi uma nova revolta na Gália. Herdônio Flaco foi assassinado em 70 pelos seus próprios homens, e as forças romanas foram por completo induzidas por dois comandantes auxiliares gauleses, Júlio Clássico e Júlio Tutor, à deserção de Roma e a unirem-se ao exército de Civil. Praticamente toda a Gália se declarou independente. A profetisa germana Veleda predisse o sucesso completo de Caio Civil e a consequente queda do Império Romano. Mas nasceram disputas no seio das tribos que fizeram impossível qualquer colaboração futura. Vespasiano, após triunfar na guerra civil que se seguiu à morte de Nero, exigiu a Caio Júlio Civil que depusesse as armas, e frente da sua negativa iniciou uma série de medidas drásticas destinadas a acabar com a revolta.
Com a chegada de Quinto Petílio Cerial e um poderoso exército intimidou os gauleses e as tropas amotinadas, que se submeteram de novo a Roma. O próprio Júlio Civil foi derrotado em Augusta Treverorum (Trier, Trèves) cidade histórica da Alemanha e também a mais antiga, localizada no estado da Renânia-Palatinado e Castra Vetera, e obrigado a retirar-se para a ilha dos Batávios. Finalmente, chegou a um acordo com Cerial, pelo qual os seus compatriotas receberam certas vantagens sociais, e retomaram as relações de amizade com Roma. Nenhuma fonte menciona Caio Júlio Civil, depois desta data.





SIMON BAR KOKHBA
Simão bar Kokhba, em hebraico שמעון בר כוכבא, Shime'on bar Kokhba, também grafado como bar Kochba, bar Cochba ou bar Kosba, foi um líder judeu, que comandou a terceira revolta judaica contra o Império Romano, ocorrida de 132 a 135, no império de Públio Élio Trajano Adriano, (117 a 138), pertence à dinastia dos Antoninos, sendo considerado um dos chamados "cinco bons imperadores". Essa rebelião ficou conhecida como Revolta de Bar Kokhba.
Segundo o historiador israelita,  Eli Birnbaum, poucas personalidades da história judaica foram tão enigmáticas e controvertidas quanto Simão bar Kokhba, cujo nome de nascença era Simão bar Koziva (em grego, Chösiba). Para alguns, ele foi um herói que tentou unir o povo judeu e livrá-lo do domínio de Roma. Para outros, foi um indivíduo egocêntrico com ilusões messiânicas de grandeza.
Há poucas informações escritas sobre bar Kokhba, parte delas oriundas de documentos encontrados no Deserto da Judeia, pelo arqueólogo, militar e político israelita, Yigal Yadin. Há também algumas poucas referências nas obras de Dion Cássio. 
Mas ainda que as fontes sejam exíguas, é possível afirmar que a saga desse guerreiro está intrinsecamente ligada ao Rabi Akiva, lider do Sinédrio (Sanhedrin), estabelecido na cidade de Usha. Foi o apoio que ele recebeu do rabi que lhe deu o poder e a força para liderar a revolta contra o Império Romano. Aliás, foi Akiva quem lhe mudou o nome para bar Kokhba, que significa "filho de uma estrela", acreditando que ele se poderia tornar o "mashiach" (Messias) do povo judeu, como se lê no Talmud:
Quando o Rabi Akiva o viu, declarou: "Uma estrela surgiu de Yaacov (Bamidbar 24:17); Bar Koziva descende de Yaacov, ele é o Mashiach"
Por outro lado, a facção judaica que era contrária ao confronto com os romanos, criticava a atitude do rabino:
Rabi Yochanan ben Tursa disse-lhe: "Akiva! A grama crescerá nas suas faces e o filho de David ainda não terá chegado. Bar Koziva não é o Mashiach!" (Talmud).
E chamavam Bar Koziva de "bar Koziba" (filho da mentira):
Foi a partir da segunda fase da revolta de 132 - 135 (Terceira Revolta Judaica) que Simão assumiu um papel preponderante na luta, passando à ofensiva e, gradualmente, expulsando as tropas romanas das suas posições, até tomar Jerusalém, onde ele proclamou o restabelecimento da independência da Judéia.
Mas os romanos contra-atacaram, reconquistando as suas posições perdidas. Obrigado a abandonar Jerusalém, bar Kokhba retirou-se para a cidade fortaleza de Betar, (sudoeste de Jerusalém) onde resistiu até meados de 135, quando a fortaleza foi tomada.
"Oitenta mil romanos invadiram Betar, e assassinaram os homens, mulheres e crianças, até correr sangue das soleiras e valetas." (Talmud);
Simão foi morto e, segundo o Talmud, teve a sua cabeça cortada pelos romanos.
Sempre propensos a atribuir seus infortúnios à cólera divina, os judeus responsabilizaram Simão pela derrota, alegando que ele ter-se-ia mostrado pouco humilde e se afastado das leis da Torá. Segundo se lê no Talmud, bar Kokhba atraiu a vingança de Yahveh (IHVH) por ter acusado seu tio, o rabi Elazar Ha-Modaí, de traição, matando-o em um acesso de raiva.





SHAPUR I DA PÉRSIA - 241 E 272
Sapor I (شاپور ou Chāpūr em persa) foi xá (rei) da Pérsia sassânida entre 241 e 272. Filho de Ardacher I, era tão imperialista quanto o pai. Sem demora, completou um serviço já iniciado por Ardacher: a sujeição dos Kushana, no oeste da Báctria e noroeste da Índia.
Proclamado rei, Shapur expandiu o título real para Shahansha i eran u aneran, "rei dos reis do Irão e do não Irão ". Para mostrar que estava com a razão retomou imediatamente a luta com Roma. Foi derrotado pelas tropas do imperador Gordiano, um dos vários soberanos e candidatos a soberano que disputaram o poder no longo período tumultuado que se seguiu a morte de Alexandre Severo.
Após a morte de Gordiano, Shapur forçou o imperador romano seguinte, um transjordaniano conhecido como Filipe, o Árabe, a entregar a Arménia à Pérsia. A Arménia controlava as passagens meridionais do Cáucaso, através das quais os bárbaros da Rússia poderiam invadir o sudoeste da Ásia, sendo, portanto, crucial para a defesa de ambos os impérios.
Por volta de 256, Shapur atravessou a Síria e chegou às portas da grande cidade comercial de Antioquia, onde outro imperador romano,  Valeriano, estabelecera seu quartel-general. Ele levou cativo o bispo de Antioquia,  Demétrio prisioneiro de volta à Pérsia.
Apesar de sofrer muitas perdas, Valeriano conseguiu deter o avanço persa, mas quatro anos depois Shapur estava de volta, não só esmagando o exército de Valeriano como aprisionando-o traiçoeiramente, durante uma conferência organizada para discutir o armistício.
Shapur emitiu um édito real para que os magos do zoroastrismo na Pérsia perseguissem cristãos, nos primeiros dias de seu reinado, já que concordava com as ideias opressoras de Kartir (mago chefe de Shapur), mas o poder crescente dos magos logo apareceu como uma ameaça muito maior do que poderiam constituir as minorias religiosas.
Shapur mudou então a sua política e proibiu os magos de continuarem com as perseguições.






SEPTÍMIA ZENÓBIA
Zenóbia (Tibur - hoje Tivoli -, 274), foi uma rainha de Palmira -hoje, chamada de Tadmor - era uma antiga cidade na Síria central, localizada num oásis a cerca de 210 km a nordeste de Damasco. Palmira tornou-se parte da província romana da Síria durante o reinado de Tibério (14 d.C - 37 d.C.). A cidade continuou a desenvolver-se e a ganhar importância até que se tornou uma cidade livre, sob o império de Adriano, em 129.
 Zenóbia depois da morte do marido, Odenato, reinou em nome do filho Vabalato e fez de Palmira uma brilhante capital no Médio Oriente. Foi vencida e reduzida ao cativeiro pelo imperador romano Aureliano (273).
O marido de Zenóbia era o nobre palmiriano Odenato, que em 258 tinha sido promovido ao posto de cônsul de Roma, por causa da sua campanha bem-sucedida contra a Pérsia a favor do Império Romano. Dois anos depois, Odenato recebeu do imperador romano Galieno o título de corrector totius Orientis (governador de todo o Oriente). Isto foi em reconhecimento da sua vitória sobre o Rei Sapor, da Pérsia. Por fim, Odenato autodenominou-se "rei dos reis". Esses êxitos de Odenato podem em grande parte ser atribuídos à coragem e cautela de Zenóbia.
No século III, a sua rainha, Septímia Zenóbia criou alguns embaraços ao império romano ao autoproclamar-se rainha do reino de Palmira mas, em 272, o imperador romano Aureliano capturou-a e levou-a para Roma. Depois de a expor, numa parada triunfal, acorrentada a cadeias de ouro, deixou-a retirar-se para uma villa em Tibur (hoje, Tivoli, Itália) onde continuou a ter um papel activo, politicamente, durante anos.
"Ela tinha pele morena . . . Seus dentes eram brancos como pérolas, e seus grandes olhos negros brilhavam como fogo, suavizados pelo mais atraente encanto. A sua voz era forte e harmoniosa. O entendimento brioso dela era fortalecido e adornado pelo estudo. Não desconhecia o latim, mas era igualmente perfeita nas línguas grega,  siríaca e egípcia." Foi assim que o historiador Edward Gibbon em 1737 louvou Zenóbia, a rainha guerreira da cidade síria de Palmira.





ALARICO -  375 DC
Com a morte de Teodósio em 395, os visigodos, chefiados por Alarico, reiniciaram os ataques, ameaçando Constantinopla. Mediante negociação diplomática, foram desviados para a Grécia, que saquearam e destruíram durante anos, sobretudo Corinto e as cidades do Peloponeso. Em 401, após novas negociações diplomáticas, as autoridades de Constantinopla fizeram com que Alarico fosse para a Itália. Lá chegando, depois de duas tentativas, os visigodos cercaram a cidade de Roma, nela penetrando na noite de 24 de Agosto de 410. Durante três dias Roma foi saqueada e incendiada. No dia 27, Alarico evacuou a cidade, levando consigo reféns, entre os quais a irmã do imperador. Tomando a direcção sul, destruiu Cápua e atingiu o estreito de Messina. De lá pretendia passar para a Sicília e tomar depois o rumo de África, onde pretendia fixar-se. Porém, sua morte súbita, ainda naquele ano, fez os visigodos mudarem de plano.
Enquanto o Império estava ocupado em defender-se dos visigodos, uma série de ondas invasoras iniciava-se no norte, o que acabaria resultando na queda do Império Romano Ocidente. 






ÁTILA O HUNO
Átila, o Huno (406–453), também conhecido como a Praga de Deus ou Flagelo de Deus, foi o último e mais poderoso rei dos hunos. Governou o maior império europeu do seu tempo desde 434 até à sua morte. As suas possessões estendiam-se da Europa Central até o Mar Negro, e desde o Danúbio até ao Báltico. Durante seu reinado foi um dos maiores inimigos dos Impérios romanos Oriental e Ocidental: invadiu duas vezes os Bálcãs, esteve a ponto de tomar a cidade de Roma e chegou a sitiar Constantinopla na segunda ocasião. Marchou através da França até chegar a Orleães, antes que o obrigassem a retroceder na batalha dos Campos Cataláunicos travada a 20 de Junho de 451 entre o Império Romano do Ocidente, os visigodos e os alanos, sob o comando de Flávio Aécio e de Teodorico I, por um lado e os hunos, comandados por Átila. Esta batalha foi a última grande campanha militar do Império Romano do Ocidente e o culminar da carreira de Aécio. (Châlons-sur-Marne) e, em 452, Átila, conseguiu fazer o imperador Valentiniano III fugir de sua capital, Ravenna.
Ainda que o império de àtila tenha morrido com ele e não tenha deixado nenhuma herança notável, tornou-se uma figura lendária da história da Europa. Em grande parte da Europa Ocidental. É lembrado como o paradigma da crueldade e da rapina. Alguns historiadores, por outro lado, retrataram-no como um rei grande e nobre, e três sagas escandinavas incluem-no entre os seus personagens principais.