O império existiu por mais de 1000 anos, a partir do século IV até 1453. Durante a maior parte da sua existência, manteve-se como a mais poderosa força militar, económica e cultural da Europa, apesar de contratempos e perdas territoriais, especialmente durante as guerras contra persas e árabes. O império recuperou-se durante a dinastia macedónica, crescendo novamente; acabando por se tornar um poder proeminente no Mediterrâneo Oriental no século X, rivalizando com o Califado Fatímida, uma dinastia do xiismo ismaelita constituída por catorze califas, que reinou na África do Norte entre 909 e 1048 e no Egipto entre 969 e 1171.
Após 1071, contudo, muito da Ásia Menor, o coração do império, foi perdido para os turcos seljúcidas. A restauração Comnena recuperou parte do território perdido e restabeleceu a dominância do império no século XII, no entanto após a morte de Andrônico I Comneno e o fim da dinastia Comnena (1081 a 1185) no final do século XII o império entrou em declínio novamente; recebeu um golpe fatal em 1204 no contexto da Quarta Cruzada, quando foi dissolvido e dividido em reinos latinos e gregos concorrentes.
Após 1071, contudo, muito da Ásia Menor, o coração do império, foi perdido para os turcos seljúcidas. A restauração Comnena recuperou parte do território perdido e restabeleceu a dominância do império no século XII, no entanto após a morte de Andrônico I Comneno e o fim da dinastia Comnena (1081 a 1185) no final do século XII o império entrou em declínio novamente; recebeu um golpe fatal em 1204 no contexto da Quarta Cruzada, quando foi dissolvido e dividido em reinos latinos e gregos concorrentes.
Apesar da eventual reconquista de Constantinopla e do restabelecimento do império em 1261 a 1453, sob os imperadores paleólogos, Bizâncio manteve-se diante de diversos estados vizinhos rivais por mais 200 anos. Contudo, este período foi o mais culturalmente produtivo do império. Sucessivas guerras civis no século XIV minaram ainda mais a força do já enfraquecido império, e mais dos territórios restantes foram perdidos nas Guerras Bizantino-Otomanas, que culminaram na Queda de Constantinopla e na conquista dos territórios remanescentes pelo Império Otomano no século XV. A conquista otomana de Constantinopla (1453-1566) consolidou o estado do império como uma força em potencial no sudoeste da Europa e no Mediterrâneo oriental. Durante este tempo, o império otomano entrou num período de conquistas e expansão ampliando as suas fronteiras mais longe na Europa e no norte de África. As conquistas em terra foram orientadas pela disciplina e inovação do exército otomano, e sobre o mar, a marinha otomana ajudou nesta expansão significativamente. A marinha também bloqueou as principais rotas comerciais marítimas, em concorrência com as cidades-estado italianas no Mar Negro, Mar Egeu e mar Mediterrâneo e do Português no Mar Vermelho e no Oceano Índico. O estado também prosperou economicamente, graças ao seu controle das rotas de maior tráfego entre a Europa e a Ásia. Este bloqueio sobre o comércio entre a Europa Ocidental e a Ásia é frequentemente citado como um factor primário de motivação para a Rainha de Espanha, Isabel de Aragão, financiar a viagem de Cristóvão Colombo para assim encontrar uma rota de navegação para a Ásia.
O Império Otomano constituiu um poder dominante no Oriente Mediterrânico, desde o século XVI até ao século XIX. Os Otomanos surgiram na História como líderes dos Turcos que lutaram contra os Bizantinos na Anatólia Ocidental. O local de combate permitiu a Osman, fundador da dinastia Otomana, tirar partido da fraqueza dos Bizantinos e conquistar, progressivamente, através de ataques consecutivos e intensos, o território cristão. Esta situação atraiu milhares de Turcos e Árabes, que, fugindo à ameaça mongol, se juntaram a Osman. A conquista de Bursa permitiu a Osman o controlo dos sistemas administrativos, financeiros e militares bizantinos. A expansão otomana na Europa começou mais tarde, no reino de Orhan, filho de Osman. Progressivamente, o Império Otomano avançou sobre a Macedónia, a Trácia e mais tarde sobre a Península de Galipoli e o restante território bizantino Europeu. A transformação do principado otomano num vasto Império, cobrindo o sudeste Europeu, a Anatólia e o mundo Árabe, decorreu entre os séculos XIV e XVI. O Império Otomano primitivo, cujo território cobria as zonas do Danúbio até ao Eufrates, foi criado sobretudo por Murad I e Bayazid I. Murad concentrou-se sobretudo na Europa e liderou uma série de campanhas, que se estenderam até ao Danúbio e culminaram na Batalha do Kosovo (1389). Murad foi morto e derrotado por uma aliança de sérvios, bósnios e búlgaros, mas o seu filho Bayazid completou a vitória. Durante a década seguinte, Bayazid quebrou com a tradição e partiu para conquista da Anatólia Turca, levando o império primitivo ao seu auge. Esta conquista fragilizou, porém, os suportes básicos do Estado Otomano. Os Muçulmanos e Turcos mais notáveis, opuseram-se a esta subjugação e recusaram-se a participar na campanha contra a Anatólia, que consequentemente foi levada a cabo por cristãos ao serviço de Bayazid. Ao mesmo tempo, a emergência dos Otomanos como grande poder na Anatólia, soou como ameaça para Tamerlano o grande conquistador mongol, que havia recentemente tomado grande parte do Irão e da Ásia Central. Assim, Tamerlano invadiu a Anatólia, derrotando e capturando Bayazid, que morreu prisioneiro no ano seguinte. Muhammad I, filho mais novo de Bayazid, elevou novamente o Império, assassinando os seus irmãos e lutando, entre 1402 e 1413, contra os cristãos e vassalos turcos na Europa e Anatólia. O seu filho, Munrad II, reconquistou diversos territórios até ao Danúbio, derrotando os príncipes sérvios e búlgaros cristãos e substituindo-os por administradores otomanos. Esta política perdurou até ao reinado de Muhammad II, que derrotou os últimos príncipes cristãos a sul do Danúbio. As suas conquistas culminaram com a conquista de Constantinopla (1453) e a subjugação de todo o território que se estendia da Anatólia até o Eufrates. Bayazide II terminou com a política de conquistas, de forma a consolidar o poder nos territórios que haviam já sido ocupados durante os reinos anteriores. Selim I (1470-1520), pelo contrário, usou a base de poder territorial e administrativa, que havia herdado, para derrotar o Império Mameluke e conquistar a Síria, a Palestina, o Egipto e a Arábia, que tomou de assalto numa única campanha, incorporando, deste modo, no Império Otomano, o coração dos Antigos Califados Islâmicos.
Suleiman I, cognominado o Magnífico, completou a expansão Otomana, avançando sobre o Danúbio para conquistar a Hungria e Viena (1529). No Oriente conquistou o restante território da Anatólia e o Iraque. O declínio do Império Otomano teve início no final do reino de Suleiman I e prosseguiu até ao final da Primeira Guerra Mundial. Uma reacção oficial a este declínio surgiu por fases: a primeira deu-se com a Reforma Tradicional (1566-1807), que procurou restaurar as antigas instituições; a segunda surgiu com a Reforma Moderna (1807-1918) quando se abandonaram os antigos preceitos e foram adoptados novos, importados do Ocidente. Com o fim do Império Otomano, no final da Primeira Grande Guerra, surgiu a República da Turquia, cujo território ocupa, actualmente, o antigo coração imperial: a Anatólia.
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