Diz a tradição que o nome Brasil vem de pau-brasil, madeira cor-de-rosa. Mas a tradição é insuficiente quando se sabe que, desde 1339, o nome Brasil aparece em mapas. No século XIV, os planisférios dos cartógrafos Mediceu, Solleri, Pinelli e Branco mostravam uma Ilha Brasil, sempre a Oeste dos Açores. O historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda acreditava que a origem do nome é uma lenda céltica que fala de uma "terra de delícias", vista entre as nuvens.
A primeira carta geográfica onde aparecem referências seguras ao Brasil real é o mapa de Cantino. Nele podem ver-se papagaios, florestas e o contorno do litoral desde o Norte até ao Sudeste. O trabalho foi encomendado pelo espião italiano Alberto Cantino, em 1502, a um cartógrafo de Lisboa e enviado ao seu senhor, o duque de Ferrara.
É um mistério como ele foi feito. Afinal, as únicas viagens oficiais de espanhóis e portugueses ao Brasil até 1502 foram as de Vicente Pinzón, ao estuário do Amazonas, e Pedro Álvares Cabral, até onde hoje é a Bahia. Como explicar, então, a presença, na carta, do desenho do litoral desde Cabo Frio até ao Amazonas?
Quem teriam sido os primeiros visitantes?
Fruto provável do suborno do cartógrafo, a se julgar pela conta salgada apresentada por Cantino ao duque, o mapa deixa claro que já havia conhecimento profundo das terras a Oeste do Atlântico. Além de 4 000 Km de litoral brasileiro aparecem no mapa a Flórida, a Terra Nova (hoje Canadá) e a Groenlândia.
Historiadores portugueses modernos, como Jorge Couto e Luciano Pereira da Silva, acham que Duarte Pacheco Pereira, o navegador que negociou Tordesilhas e autor do importante livro Esmeraldo de “Situ Orbius”, sobre as navegações portuguesas, escrito em 1505, deixou indicações de que esteve no Brasil.
Teria visitado a costa do Maranhão e a foz do Amazonas, em 1498, quatro anos depois de Tordesilhas. Mesmo assim há questões do mapa de Cantino não respondidas. A única certeza é que entre a versão e o facto agiam em sigilo os cavaleiros da Ordem de Cristo – cuja documentação jamais foi encontrada.
Devido a documentação existente, fica mais do que claro que o dia 22 de Abril de 1500 ocorreu a tomada de posse, por parte de Portugal, das novas terras, uma vez que eles sabiam o que iriam encontrar, não sendo, portanto uma descoberta, mas uma epopeia marítima, mesmo assim devemos comemorar o 22 de Abril do ano 2000 como os 500 anos do "descobrimento", pois essa é a data que consta em todos os compêndios oficias existentes.
Muita gente que se pronúncia sobre “os descobrimentos” como controvérsia “nacionalista”, estudiosos de secretária, nunca andaram no mar, não conhecem o seu poder, a sua magnitude mágica. Não podem avaliar a grandeza dessa epopeia, simplesmente, porque ignoram as realidades com que os navegadores daquele tempo se deparavam, as dificuldades físicas e os rudimentares meios técnicos disponíveis na época: a navegação astronómica e a bússola.
Os cascos dos barcos eram construídos da madeira de pinho não resinado "riga" e não existiam as tintas antifúngicas da actualidade: o cordame e o velame ensopavam, eram pesados e os demais aparelhos de navegação “a balestilha e o astrolábio apenas podiam indicar a longitude do lugar porque a latitude era calculada por estimativa com uma ampulheta que marcava o tempo, mas isso muito impreciso por causa das correntes e dos ventos "o decaimento"; não existia ainda o sextante, o “GPS”, o “plotter de navegação” nem o piloto automático ou radar. O escorbuto (falta de vitamina C) matava metade da tripulação, por isso chamavam eles à costa Africana, junto de Angola, “Terra do Diabo” porque quando aí chegavam já quase todos tinham os dentes a cair ou estavam a morrer. A alimentação era à base de Biscoitos que apodreciam a menos de metade da viagem, cheiravam a urina de ratazana, ou de carne salgada rançosa que apodrecia; aqueles que comiam as ratazanas cujo organismo produz essa vitamina é que se safavam da doença. Os piolhos a falta de água, a malária, a sífilis, a peste e a fome eram situações constantes nessas viagens.
Os cascos dos barcos eram construídos da madeira de pinho não resinado "riga" e não existiam as tintas antifúngicas da actualidade: o cordame e o velame ensopavam, eram pesados e os demais aparelhos de navegação “a balestilha e o astrolábio apenas podiam indicar a longitude do lugar porque a latitude era calculada por estimativa com uma ampulheta que marcava o tempo, mas isso muito impreciso por causa das correntes e dos ventos "o decaimento"; não existia ainda o sextante, o “GPS”, o “plotter de navegação” nem o piloto automático ou radar. O escorbuto (falta de vitamina C) matava metade da tripulação, por isso chamavam eles à costa Africana, junto de Angola, “Terra do Diabo” porque quando aí chegavam já quase todos tinham os dentes a cair ou estavam a morrer. A alimentação era à base de Biscoitos que apodreciam a menos de metade da viagem, cheiravam a urina de ratazana, ou de carne salgada rançosa que apodrecia; aqueles que comiam as ratazanas cujo organismo produz essa vitamina é que se safavam da doença. Os piolhos a falta de água, a malária, a sífilis, a peste e a fome eram situações constantes nessas viagens.
A quilha, até à linha de água dos barcos (querena), infestada pelos parasitas, apodrecia nas longas viagens de ida e volta e mal resistiam aos temporais do mar, afundando-se. As terras além-mar não foram descobertas, foram encontradas, mas foram “descobertos” os caminhos marítimos por pessoas que merecem a nossa veneração. Fenícios, Vikings, Espanhois ou Portugueses, ou outros, não interessa; todos foram marinheiros e dominaram a arte de navegar e sofreram as agruras do Mar. Para finalizar, era mais difícil naquele tempo, atravessar o Atlântico que ir à Lua na actualidade.
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