Páginas
▼
domingo, 20 de maio de 2012
DO GÓTICO AO BARROCO EM PORTUGAL
O gótico em Portugal foi um movimento artístico que se centrou no desenvolvimento da arquitectura e nas artes plásticas, focado sobretudo nas construções religiosas. Apareceu no final do século XII e prolongou-se através do estilo Manuelino (gótico tardio) até ao século XV. Este movimento cultural e artístico desenvolveu-se durante a Idade Média, no contexto do Renascimento do Século XII que consistiu num conjunto de transformações culturais, políticas, sociais e económicas ocorridas nos povos da Europa ocidental. Nessa época ocorreram eventos de grande repercussão: a renovação da vida urbana, após um longo período de vida rural, girando em torno dos castelos e mosteiros; o movimento das Cruzadas, com especial realce para os Templários, a restauração do comércio, a emergência de um novo grupo social, a burguesia e, sobretudo, o renascimento cultural com um forte matiz científico e filosófico, o evento das grandes descobertas marítimas e de revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que preparou o caminho para o renascimento italiano, eminentemente literário e artístico. Chamou-se "Renascimento" em virtude que nortearam as mudanças deste período em direcção a um ideal humanista e naturalista.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA AO RENASCIMENTO
Antiguidade tardia é uma periodização imprecisa (cerca de 300 - 600 dC.) usada por historiadores e outros eruditos para descrever o intervalo entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média, tanto na Europa continental quanto no mundo Mediterrâneo: geralmente, entre a declínio do Império Romano do Ocidente do século III em diante, até à conquista islâmica, e a refundação da Europa Ocidental sob o comando do Império Bizantino.
As continuidades entre a Roma Imperial, como foi organizada por Diocleciano (Gaius Aurelius Valerius Diocletianus, imperador romano de 284 a 305), e a Alta Idade Média - 476, até o ano 1000 – após o qual se inicia a Idade Média Clássica. A Baixa Idade Média corresponde ao século e meio que antecede ao Renascimento, ou seja, 1300 a 1450 - são ressaltadas por autores que desejam enfatizar que as sementes da cultura medieval já se estavam a desenvolver no império cristão, e que assim também continuou no Império do Oriente, ou "Bizantino". Simultaneamente, algumas tribos germânicas tais como os ostrogodos e visigodos viam-se a si mesmos como perpetuadores da tradição "romana". Embora o emprego da expressão "Antiguidade Tardia" sugira que as prioridades sociais e culturais da Antiguidade Clássica perduraram através da Europa até à Idade Média, o uso de "Alta Idade Média" enfatiza o rompimento com o passado clássico, e a expressão "migrações dos povos bárbaros" enfatiza as rupturas no mesmo período de tempo.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
DO FIM DA REPÚBLICA ROMANA AO PRINCÍPIO DO IMPÉRIO
O primeiro triunvirato foi uma aliança política informal estabelecida em 59 a.C., na República Romana, entre Júlio César, Pompeu o Grande e Marco Licínio Crasso, que se prolongaria até 53 a.C..
No início da década de 50 a.C. aparentemente nada pressupunha a união destes três homens: Júlio César, acabado de ser eleito cônsul, era um advogado brilhante mas um político desconhecido; Pompeu era extremamente popular junto dos cidadãos dadas as suas conquistas militares, mas desprezado pela classe senatorial pela falta de nobreza “sangue azul” da sua família; Crasso era considerado o homem mais rico de Roma, mas faltava-lhe influência política. Uma vez que César não tinha aliados políticos, Pompeu não conseguia obter terras de cultivo para os veteranos das suas legiões e Crasso não era levado a sério na sua ideia de conquistar o Império Parto, uma das principais potências político-culturais iranianas da antiga Pérsia. Para obviar essa lacuna de poder, os três juntaram-se para unir os necessários esforços de conquista.
Ao contrário do que viria a ser o segundo triunvirato, este acordo era informal e não continha nenhum valor jurídico. A única transacção efectuada foi a de Júlia Cesaris, filha de César, que se tornou mulher de Pompeu num casamento que haveria de se revelar muito feliz.
Durante o seu consulado em 59 a.C., César legislou a concessão de terras para os soldados de Pompeu, apesar de forte contestação da facção conservadora do senado, e leis que favoreciam os negócios de Crasso. Em troca, obteve o apoio de Pompeu para conseguir a governação da Gália e iniciar a conquista de toda a região (Guerras Gálicas). Em 55 a.C., Pompeu e Crasso foram eleitos cônsules em parceria e prolongam assim o poder de César na Gália por mais cinco anos. Crasso assegurou ainda os fundos e legiões para a tão desejada campanha persa.
No ano seguinte, a morte de Júlia enfraqueceu a relação entre Pompeu e César e, em 53 a.C. Crasso foi morto pelos partos na Batalha de Carras “Carrhae”. Sem mais nada a uni-los, Pompeu e César desfazem a aliança e transformam-se em inimigos.
Mapa da República Romana durante o Segundo Triunvirato (32 a.C.): A área em verde escuro era o sector sob poder de Octávio; a área em azul escuro estava sob o poder de Marco António e a área em azul claro sob poder de aliados ou vassalos de Marco António.
O segundo triunvirato foi estabelecido em 43 a.C., na República Romana, entre Marco António, Octávio e Lépido, prolongou-se até 33 a.C..Ao contrário do primeiro triunvirato, um acordo informal entre Júlio César, Pompeu o Grande e Marco Licínio Crasso, este triunvirato foi uma aliança política formal, com o nome oficial de Triunviros para a Organização do Povo (em Latim: Triumviri Rei Publicae Constituendae Consulari Potestate), o triunvirato foi legislado pela Lex Titia e aprovado pela Assembleia do Povo, conferindo poderes universais aos três homens por um período de cinco anos.
A constituição do segundo triunvirato e atribuição de poderes excepcionais a António, Octaviano e Lépido justificou-se no período de crise sem precedentes que se seguiu ao assassinato de Júlio César nos Idos de Março de 44 a.C.. Octaviano então com cerca de 20 anos era filho adoptivo do ditador, António e Lépido dois dos seus comandantes de maior confiança; todos ambicionavam poder e vingança. A primeira acção dos triúnviros foi a de eliminar todos os homens que conspiraram contra César – Cícero o filosofo foi uma das vítimas – e perseguir Bruto (Marcus Junius Brutus) e Cássio que entretanto se haviam refugiado na Grécia.
Tirando Lépido, que era uma figura de consenso e sem grande ambição política, Octaviano e Marco António odiavam-se e conspiraram um contra o outro desde a formação do triunvirato. Em 38 a.C. o acordo foi renovado por mais cinco anos, mas as relações entre os três estavam longe de serem amigáveis. Lépido foi afastado do poder e exilado de Roma na sequência de uma manobra política falhada, enquanto Marco António, estacionado com o exército no Egipto, atacava Octaviano com todas as armas. Finalmente em 33 a.C., o triunvirato chegou ao fim e Marco António e Octaviano entraram na guerra aberta que haveria de resultar na Batalha de Áccio (31 a.C.) e no suicídio do primeiro com Cleópatra. Com os seus pares afastados do poder, Octaviano ficou sozinho para governar Roma. Em 27 a.C. aceita o título de augusto e inicia o Império Romano com a dinastia Júlio-Claudiana que terminou com Nero o último dos Césares.