Páginas

domingo, 28 de novembro de 2010

SAMSON AND DELILAH (Sansão e Dalila)


Nazarita do hebraico nezir נזיר da raiz nazar נזר "consagrado", "separado", dentro da Torá é o termo que designa uma pessoa que se consagra a Deus por um tempo determinado. Segundo a Bíblia, a marca mais comum da separação desta pessoa que podia ser um homem ou uma mulher, era o uso do cabelo não cortado e da abstinência ao consumo de vinho ou qualquer outro alimento feito de uva.
O nazarita podia também ser um escravo.

O voto nazarita foi institucionalizado e regulamentado na Torá no Livro de Números 6:1-21. Em virtude desta consagração, o nazarita devia abster-se de tomar certos alimentos e bebidas fermentadas; de cortar o cabelo e de tocar em cadáveres, além de não comer carne em muitas circunstâncias, (romanos 14.21), mostra uma carta de Paulo, nazarita no seu tempo. Estas exigências particulares parecem traduzir os seguintes princípios: manter-se mentalmente íntegro, "abster-se de vinho e de bebida fermentada" e em sujeição a Deus, simbolizado pelo não cortar o cabelo e manter-se criteriosamente puro e não tocar em cadáveres.

Sansão, cujo nome significava "homem do sol", era um nazarita dotado de uma extraordinária força, de acordo com a sua descrição na bíblia hebraica, filho de Manoá, nascido de mãe estéril, era um dos juízes bíblicos cuja história está descrita no Livro dos Juízes  (13-16) e no Novo Testamento  (Hebreus 11,32) e que liderou os israelitas contra os filisteus. Ele era da tribo de Dã e foi o décimo terceiro juiz de Israel, sucedendo a Abdon.

A Bíblia relata que Sansão foi juiz do povo de Israel por vinte anos (Juízes 16:31), aproximadamente de 1177 a.C. a 1157 a.C., sendo o antecessor de Eli. Distinguia-se por ser portador de uma força sobre-humana que, segundo a Bíblia, era-lhe concedida pelo Espírito do Senhor enquanto se mantivesse obediente ao senhor dos Exércitos. Conta-se que Deus (Jeová) terá chamado Sansão para libertar o povo de Israel que vivia oprimido pelos Filisteus.

Sansão subjugava facilmente os seus inimigos e produzia feitos inalcançáveis por homens comuns, como rasgar um leão ao meio, enfrentar um exército inteiro e matar uma multidão de filisteus. Estes, que tinham um medo enorme da força do nazareno, tentavam sem sucesso prender Sansão. Os governantes filisteus, sabendo da paixão de Sansão pela filisteia Dalila, aliciaram a jovem, com 1100 moedas de prata, a descobrir a origem da força invencível de Sansão. Dalila amava Sansão, mas este amor era inferior ao que sentia pelo seu povo filisteu. Com o seu grande poder de sedução, Dalila tentou não só desvendar de Sansão o segredo da sua força, como também arranjar uma forma para que ele fosse dominado pelos filisteus.

Primeiramente, Sansão disse-lhe que ficaria vulnerável como qualquer outro homem, se o amarrassem com sete fibras novas de arco que não tivessem sido secas. Dalila atou Sansão com as sete fibras, durante o sono mas, quando os Filisteus chegaram para o levar, ele arrancou as fibras sem dificuldade. À segunda tentativa de Dalila, Sansão disse-lhe que seria facilmente dominado se fosse amarrado por cordas novas, mas também destas se libertou, sem custo, quando chegaram os Filisteus.

A terceira versão de Sansão foi tão falsa como as duas anteriores, pois quando Dalila teceu as sete madeixas do cabelo de Sansão com uma rede e as apertou com um gancho, durante o sono de Sansão, este voltou a libertar-se facilmente. Foi então que Dalila, não se sabe através de que artes, conseguiu saber o segredo da força de Sansão. Este disse-lhe que, se os seus cabelos fossem cortados, a sua força abandoná-lo-ia e ficaria fraco como uma criança. Sansão adormeceu no colo de Dalila e esta, suavemente, cortou-lhe os caracóis dos cabelos.
Dagon
Acordado pela chegada dos Filisteus, Sansão acreditava ainda ter força, mas foi rapidamente dominado pelos soldados, que lhe perfuraram os olhos e o prenderam com algemas de bronze.  Sansão foi exposto e humilhado, publicamente, no caminho do templo de Dagon, onde foi amarrado aos dois pilares que sustentavam o enorme edifício. A população juntou-se aos milhares para ver a derrota de Sansão e este, num último esforço, pediu a Deus que lhe devolvesse a força, por instantes. Foi, então, que Sansão, heroicamente, fez ruir os pilares, causando a destruição do templo e, consequentemente, a morte dos Filisteus, de Dalila e dele próprio Sansão.

Sem comentários:

Enviar um comentário

A HISTÓRIA É A IDENTIDADE DE UM POVO. QUANDO SE ESQUECE, SE DESTRÓI OU SE OCULTA ALGO, PERDE-SE A ANALOGIA.