Britânia, em latim “Britannia” é o nome dado pelos romanos à província que ocupava o sul da actual ilha da Grã-Bretanha. Como província romana existiu entre os séculos I e V.
Júlio César invadiu a Britânia em 55 e 54 a. C., mas a ilha só ficou sujeita a Roma depois do século I d. C.
A província romana da Britânia esteve sob o domínio de Júlio César até ao século V, nos territórios que hoje são Inglaterra e Gales. Neste século, tribos nórdicas invadiram a Britânia e trouxeram consigo povos celtas que passaram a habitar o actual País de Gales. O Cristianismo foi introduzido nos séculos VI e VII.
Nos séculos VIII e IX, os vikings rondaram a costa da Britânia e para lá enviaram exércitos. No século IX, Alfredo, o Grande, que reinou entre 871-899, repeliu a invasão dos vikings. Guilherme da Normandia conquistou a Inglaterra na Batalha de Hastings, em 1066, e tornou-se Guilherme I. Os reis normandos estabeleceram um forte governo central e um estado feudal. Ricardo I, conhecido como Ricardo Coração de Leão (1189-99) e o seu irmão João (1199-1216) tiveram conflitos com o clero e com a nobreza e João foi obrigado a fazer concessões à nobreza, consagradas na Magna Carta de 1215, estabelecendo o princípio constitucional de que o rei governa de acordo com a lei.
Durante o reinado de Eduardo I (1272-1307), desenvolveu-se o estabelecimento do inglês como língua comum. Henrique VIII fundou a Igreja Anglicana na sequência da recusa da Igreja Romana em lhe conceder autorização para o divórcio. Henrique VIII incorporou Gales na Inglaterra.
A Britânia era conhecida pelo mundo clássico.
No início do século IV a.C., quando gregos e os cartagineses trocavam estanho com os bretões, as ilhas Britânicas eram conhecidas pelos gregos como as “Cassiteritas”, ilhas de estanho. O navegador cartaginês Himilco, em fenício “Chimilkat”, explorador cartaginês que do século V a.C. é apontado como tendo visitado a ilha; o explorador grego Píteas, ou Pytheas, em grego “Πυθέας”, foi um mercador,
geógrafo e explorador grego Viveu entre 380 a.C. e 310 a.C. proveniente da colónia Fócida, naquele tempo Massalia (hoje Marselha, a segunda maior cidade de França e a mais antiga cidade francesa, Localizada na antiga província da Provença e na costa do Mediterrâneo, é o maior porto comercial do país) – a Fócida, na Grécia, faz fronteira com a Etólia e a Acarnania. No século IV a.C., Píteas explorou quase todo o litoral da ilha até 325 a.C. e escreveu uma descrição bastante detalhada sobre a sua geografia e seus habitantes.
A ilha da Britânia que foi habitada por populações diversas até que, no século IV a.C., chegaram os celtas que empurraram as ditas populações para as regiões periféricas.
Em 43 d.C., o imperador Cláudio organizou com o seu general, Aulo Pláucio, uma invasão cuja frente compunha-se de quatro legiões. A causa da invasão estava no facto de a Britânia ter grandes vínculos de entendimento e comércio com os Belgas da Gália através do canal da Mancha, pelo que Cláudio e os seus conselheiros pensaram que a Gália não estaria nunca segura sem a anexação da Britânia. O próprio Cláudio assistiu à campanha durante algum tempo e, entusiasmado com êxito obtido, quis perpetuá-lo dando o nome de Britânico ao seu filho. Os confrontos foram duros. Depois do desembarque em Richborough, os filhos de Cimbelino (Cunobelinus), líder da confederação das tribos dos Catuvelaunos e os Trinovantes,
Togodumno e o irmão Carataco ofereceram uma grande resistência, mas, tomados pela surpresa da invasão, foram derrotados.
Os quatro anos seguintes foram utilizados pelos romanos para consolidar as suas posições romanas no sudeste, sudoeste e nas Midlands.
Por volta de 47 d.C., a fronteira provincial estava constituída por uma linha imaginária que ia de Exeter a Lincoln. Chichester converteu-se no principal centro romano da ilha. Neste ano, Pláucio foi sucedido por Ostório Escápula, quem iniciou o ataque contra as tribos rebeldes de Gales. Os Siluros e os Ordovicos, a mando de Carataco, foram derrotados em 49 d.C. Carataco fugiu e buscou refúgio entre os Brigantes, tribo que ocupava o norte da actual Inglaterra, mas foi traído, entregue pela rainha Cartimandua, aos romanos.
A derrota de Carataco, entretanto, não trouxe consigo a conquista de Gales, coisa que não ocorreria definitivamente até quase dez anos depois, sob o mando do procônsul romano Caio Suetónio Paulino. Paralelamente, os romanos apoiavam a facção pró-romana dos Brigantes, encabeçada pela rainha Cartimandua, que manteve uma política pró-romana frente à facção anti-romana liderada pelo seu marido.
Finalmente, em 71 d.C., o reino dos Brigantes seria anexado por Roma.
Entretanto, entre 60 e 61 d.C., começou a rebelião dos Icénios, comandados pela sua rainha Boudicca:
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