O gótico em Portugal foi um movimento
artístico que se centrou no desenvolvimento da arquitectura e nas
artes plásticas, focado sobretudo nas construções religiosas. Apareceu no final
do século XII e prolongou-se através do estilo Manuelino (gótico
tardio) até ao século XV. Este
movimento cultural e artístico desenvolveu-se durante
a Idade Média, no contexto do Renascimento do Século XII que
consistiu num conjunto de
transformações culturais, políticas, sociais
e económicas ocorridas nos povos da Europa ocidental. Nessa época
ocorreram eventos de grande repercussão: a renovação da vida urbana, após um
longo período de vida rural, girando em torno dos castelos e mosteiros; o
movimento das Cruzadas, com especial realce para os Templários, a
restauração do comércio, a emergência de um novo grupo social, a burguesia
e, sobretudo, o renascimento cultural com um forte matiz científico e
filosófico, o evento das grandes descobertas marítimas e de revalorização das
referências culturais da antiguidade clássica, que preparou o caminho
para o renascimento italiano,
eminentemente literário e artístico. Chamou-se
"Renascimento" em virtude que nortearam as mudanças deste período em direcção
a um ideal humanista e naturalista. O estilo gótico prolonga-se até ao advento
do Renascimento Italiano em Florença, quando a inspiração
clássica quebra a linguagem artística até então difundida. Os primeiros passos
são dados em meados do século XII em França no campo da arquitectura,
mais especificamente na construção de catedrais e acabando por abranger
outras disciplinas estéticas, estende-se pela Europa até ao início
do século XVI, já não apresentando então uma uniformidade geográfica. A
arquitectura, em comunhão com a religião, vai formar o eixo de maior relevo
deste movimento e vai cunhar profundamente todo o desenvolvimento estético. Em Portugal, a arquitectura barroca durou
cerca de dois séculos desde os finais do século XVII e século
XVIII. Surge em Portugal num período difícil a nível político, económico e
social, situação que se fez sentir igualmente na cultura e na arte. É tempo das
seis décadas do domínio filipino, tendo-se também perdido algumas colónias
e ainda as guerras da Restauração. É tempo ainda da repressão exercida
pela Inquisição. Este período conturbado altera-se com os reinados
de D. João V e D. José, pois aumentam as importações de ouro e
diamantes, num período denominado de Absolutismo Régio que o Marquês de
Pombal fez prevalecer para impedir os ideais novos que vinham de França. Quando entramos numa Igreja, mosteiro ou abadia facilmente
se encontram lajes sepulcrais que desde a porta de entrada, ladeando o passo
até ao retábulo, indicam as armas, os nomes e datas, em latim, daqueles que
pereceram mas que só a heráldica em profundo estudo poderá definir. A palavra "cemitério" do latim tardio coemeterium,
do grego kimitírion "pôr a jazer" ou "fazer deitar" foi
dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura dos
seus mortos. Os cemitérios ficavam geralmente longe das igrejas, fora dos muros
da cidade: a prática do sepultamento nas igrejas e respectivos adros era
desconhecida nos primeiros séculos da era cristã. A partir do séc. XVIII
criou-se um sério problema com a falta de espaço para as inumações nos adros
das igrejas ou mesmo nos limites da cidade; os esquifes acumulavam-se, causando
poluição e doenças mortais, o que tornava altamente insalubres as proximidades
dos templos. A Baixa Idade Média é o período da Idade
Média que se estende do século XI ao século XV. A Idade
Média Tardia é o nome do período da Idade Média, que se estendeu no século
XIII até o ano de 1453, também conhecido por Baixa Idade Média. Na Europa,
os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até ao momento
da peste negra quando as igrejas não comportavam mais corpos, além
do risco de contaminação, quando os enterros foram instituídos.
Em Portugal, a peste entrou em Outono de 1348. Matou entre um terço e
metade da população, segundo as estimativas mais credíveis, levando a nação ao
caos. Os sepultamentos em igrejas, catedrais e conventos eram comuns no fim da
idade média e mais com o advento da renascença. Tinham a importância conforme a
categoria do sepultado, sendo os mais importantes sepultados junto do altar, no
conceito decrescente ladeando o claustro e os menos importantes junto à porta ou
no exterior. Maria da Fonte, ou Revolução do Minho, é o nome dado a
uma revolta popular ocorrida na primavera de 1846 contra o
governo cartista presidido por António Bernardo da Costa Cabral.
A revolta resultou das tensões sociais remanescentes das guerras liberais,
exacerbadas pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis que se
lhe seguiram ao recrutamento militar, por alterações fiscais e pela proibição
de se realizarem enterros dentro de igrejas. O resultado foi uma nova guerra
civil de oito meses, denominada de a Patuleia ou Guerra da
Patuleia, nome dado à guerra civil entre Cartistas e Setembristas na
sequência da Revolução da Maria da Fonte. Foi desencadeada
em Portugal pela nomeação, na sequência do golpe palaciano de 6
de Outubro de 1846, conhecido pela Emboscada, de um governo
claramente cartista presidido pelo marechal João Oliveira e
Daun, Duque de Saldanha. Esta guerra civil teve uma duração de cerca de oito
meses, opondo os cartistas, com o apoio da rainha D. Maria II, contra
uma coligação contra-natura que
juntava setembristas a miguelistas. A guerra terminou com uma
clara vitória cartista a 30 de Junho de 1847 pela
assinatura da Convenção de Gramido, mas apenas após a intervenção de
forças militares estrangeiras ao abrigo da Quádrupla Aliança.