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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ELIZABETH I AND SIR FRANCIS DRAKE (video)



Isabel I Rainha de Inglaterra, nascida em 1533 e falecida em 1603, era filha de Henrique VIII e Ana Bolena, a sua segunda esposa. Teve uma infância conturbada, como conturbada era a vida política inglesa do momento, chegando a estar presa e em perigo de vida, para ser executada por decapitação, morte destinada à nobreza daquele tempo. Sucedendo a Maria Tudor, ascendeu ao trono em 1558. O seu reinado duraria quatro décadas e meia, e viria a constituir um dos períodos mais marcantes da História inglesa.

Depois de anos de confrontos violentos, em que o país corria riscos constantes de eclosão de uma guerra civil, Isabel I empenhou-se em conseguir a pacificação interna. O esmorecimento dos ódios e conflitos religiosos foi uma condição fundamental para a emergência do poderio inglês no plano internacional. De facto, foi nesta época que a Inglaterra assumiu grande poderio nos mares, dominando as principais rotas comerciais, praticando o corso, derrotando até a Armada Invencível filipina que zarpou de Lisboa, quando esta, em 1588, ousou atacar a ilha (Inglaterra).
EM CIMA: LISBOA
EM BAIXO: A BATALHA  

A inimizade com a Espanha, aliás, tinha razões religiosas além de políticas e económicas, pois a Inglaterra era então, juntamente com a Holanda, a grande potência protestante, enquanto a Espanha, ocupante de Portugal, era o país católico mais poderoso a nível internacional.
Na época isabelina assistiu-se, portanto, ao desenvolvimento comercial do país, mas também ao florescimento da cultura. Homens como Francis Drake e Walter Raleigh dedicaram-se à exploração geográfica dos territórios recentemente descobertos.

Sir Francis Drake filho de Edmund Drake e de Mary Mylwaye, nascido por volta de 1540 no Devon, Inglaterra, foi um corsário, explorador e almirante inglês.
Ficou conhecido pela sua luta obstinada contra Felipe II da Espanha (I de Portugal) e por ter sido o primeiro dos grandes da marinha inglesa. Em 1588 liderou a Armada Inglesa na defesa ao ataque da Invencível Armada, da qual afundou vinte e três navios, tida como a maior força naval da Europa na época, com desvantagem numérica e poucos mantimentos, assegurando a supremacia naval britânica.
Em 1578, durante o reinado de Filipe I I de Espanha, I de Portugal  (1580-1598), durante o conflito com a Inglaterra, a armada do corsário Francis Drake atacou a região de Sagres, que foi violentamente saqueada e incendiada.



Drake foi o arquitecto das posteriores fragatas sem castelo de popa mais rápidas e manobráveis, fez pirataria nas Caraíbas contra navios e possessões espanholas, viajou ao longo da América do Norte e foi o primeiro comandante inglês a circum-navegar o mundo. Alguns historiadores afirmam que teria sido filho bastardo de Isabel I de Inglaterra. Chegou a capitão de navio aos vinte anos de idade. Dois anos mais tarde foi atacado e derrotado pela Armada Espanhola, perdendo o navio e quase perdendo a vida, o que lhe legou um ressentimento profundo contra os espanhóis.

Em 1577, a rainha enviou Drake numa expedição para atacar os espanhóis ao longo da costa do Pacífico nas Américas. Drake partiu no Golden Hind, atravessou o estreito de Magalhães, devastou os territórios espanhóis das costas ocidentais da América, tomou posse da Califórnia, a que chamou "Nova Albion", e regressou à Europa via Índias Orientais pela rota do cabo da Boa Esperança tendo completado a segunda circum-navegação do mundo em 1580.

O seu golpe mais famoso foi o ataque ao galeão da Armada Espanhola, “Nuestra Señora de La Concepcíon”, galeão espanhol de apelido “Cacafuego” por causa de seu potente canhão, foi capturado por Sir Francis em 1579 ao largo da costa do Panamá.
Drake morreu em Puerto Bello, a 27 de Janeiro de 1595, após um ataque ao Panamá, afirmando-se que de disenteria, tendo o seu corpo sido sepultado nas águas do Caribe.

Segundo a lenda, o seu corpo foi lançado ao mar, envolto por uma armadura de ouro de dezoito quilates, com a sua espada, também de ouro. Ainda persiste a lenda do “Tesouro Perdido” que Drake escondeu algures numa ilha distante.
A Passagem de Drake tem esse nome em sua homenagem.

Edmund Spenser, na poesia, William Shakespeare e Christopher Marlowe, no drama, deixaram-nos obras do maior valor. Francis Bacon e William Gilbert, entre muitos outros, dedicaram-se à filosofia e à investigação científica.
Isabel I nunca casou. Não deixando descendência, foi a última soberana inglesa da dinastia dos Tudor. Sucedeu-lhe o seu ainda primo Jaime Stuart, o rei Jaime VI da Escócia, tornado-se então Jaime I de Inglaterra, que deu, assim, início à dinastia Stuart.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A GUERRA DAS ROSAS



Dá-se este nome a uma série de guerras civis dinásticas travadas em Inglaterra pelas casas rivais de Lancaster e York nos trinta anos que medeiam entre 1455 e 1485. São assim chamadas devido aos símbolos de cada uma: a rosa vermelha da Casa de Lancaster; e a rosa branca da Casa de York. Os primeiros adversários foram o rei Henrique VI, de Lancaster, apoiado pela mulher, a rainha Margarida de Anjou, e Ricardo Plantageneta, 3.° duque de York.

Os tempos eram de dificuldade para a Casa de Lancaster, no poder, fortemente abalada pela demência do rei e pelas derrotas militares do exército britânico em França durante a última fase da Guerra dos Cem Anos. Após ter derrotado os exércitos de Lancaster em Saint Albans, em 1455 e em Northampton em 1460, York reclamava para si o trono. No entanto, nesse mesmo ano, foi vencido e morto em Wakefield. Mas as disputas continuaram; apoiado por uma importante facção da nobreza, o seu filho Eduardo IV foi proclamado rei e, pouco depois, infligiu uma derrota decisiva a Henrique e Margarida, que abandonaram a ilha; Henrique viria a ser capturado em 1465 e encarcerado na Torre de Londres.

A guerra, no entanto, reacendeu-se, agora devido à divisão dentro da própria facção de York. Richard Neville, senhor de Warwick, apoiado por George Plantageneta, duque de Clarence, irmão mais novo de Eduardo, celebrou uma aliança com Margarida e liderou uma invasão a partir de França em 1470. Eduardo IV foi condenado ao exílio e o trono foi restituído a Henrique. Mas, neste tempo, as alianças eram bastante voláteis; pouco depois, Eduardo voltou à carga, agora apoiado pelo irmão, o já referido duque de Clarence. Warwick foi derrotado e morto na batalha de Barnet (1471); a mesma sorte tiveram diversos elementos da Casa de Lancaster, inapelavelmente batidos na Batalha de Tewkesbury; Henrique foi novamente capturado e executado na Torre.

Eduardo IV morreu em 1483; um dos seus irmãos, Ricardo, tornou-se regente pelo sobrinho Eduardo V, de 12 anos. Poucos meses depois o rei e o irmão foram levados para a Torre de Londres e desapareceram; os rumores diziam que haviam sido assassinados pelo tio, que herdou o trono com o título de Ricardo III. Nesta altura a Casa de Lancaster apoiou as pretensões ao trono de Henrique Tudor, senhor de Richmond, mais tarde Henrique VII, fundador da dinastia Tudor.

No ano de 1485 as forças de Ricardo e de Henrique travaram a célebre Batalha de Bosworth Field, o último grande recontro da guerra. Ricardo tombou no campo de batalha; Henrique tornou-se rei de Inglaterra e casou com a filha de Eduardo IV e, em seguida, uniu as casas rivais. Pode dizer-se que, com esta guerra, há um fortalecimento do poder da Coroa. O Reino saiu bastante abalado mas a velha aristocracia manteve o seu posicionamento social; contudo, o prestígio e a força do novo monarca foram canalizados para a disciplinar; com a guerra, aliás, vieram as confiscações de propriedades e bens que serviram para ajudar a equilibrar as finanças do Estado.