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sábado, 12 de junho de 2010

A FORTALEZA DE SAGRES


A imponente fortificação de Sagres é o prolongamento humano do rochedo natural e foi durante séculos a principal praça de guerra de um sistema defensivo marítimo geoestratégico.

Sagres, zona de cruzamento de rotas entre o mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, porto de pescadores e comerciantes de várias nações, mas também, zona assolada por corsários. 
A política da Expansão portuguesa nos séculos XV levou à fundação da Vila do Infante.

Assim, Vila do Infante e Sagres confundem-se no desenrolar dos tempos. 
Integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, o Promontório de Sagres apresenta uma interessante biodiversidade faunística e flórula, endemismos únicos que todos os visitantes podem observar. 
Sagres, lugar de memória onde a natureza, o sagrado e o homem se conjugaram desde sempre de forma simbiótica, geradora de cultos religiosos e mitos históricos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

SIR FRANCIS DRAKE, O CORSÁRIO


Francis Drake, o navegador e corsário, que foi um dos maiores capitães de mar de todos os tempos. Reverenciado como um herói na luta contra a Armada Espanhola e desprezado pela antiga nobreza Inglesa, Drake sintetiza o “self-made” corsário de Elizabeth I de Inglaterra (a Rainha Virgem), audaz em busca de tesouros espanhóis, mas também ousado e visionário na exploração marítima.
Drake e a sua tripulação são lembrados como os primeiros ingleses a circum-navegar o globo, reivindicando uma parte da Califórnia para a rainha Elizabeth I. O seu ataque em Cádis, devastador, contra o poderio naval espanhol ganhou o medo e o respeito relutante dos navegadores espanhóis, que o chamavam de El Draque, "The Dragon".

Em l578, durante o reinado de Filipe I I de Espanha, I de Portugal  (1580-1598), durante o conflito com a Inglaterra, a armada do corsário Francis Drake atacou a região de Sagres, que foi violentamente saqueada e incendiada.

Fortaleza de PENICHE


A Praça-forte de Peniche localiza-se na cidade de mesmo nome, no Distrito de Leiria.
Crê-se que a origem do topónimo, Peniche, possa derivar de”Phenix”, nome de uma antiga cidade na ilha de Creta, cuja configuração geográfica era semelhante à da primitiva ilha de Peniche. 
Em 1557, D. João III mandou edificar a fortaleza de Peniche, que foi acabada de construir em 1645, durante o reino de D. João IV.
A fortaleza compõe-se do Baluarte Redondo, da Torre de Vigia e da Capela de Santa Barbara. Após a sua edificação, a fortaleza teve várias utilidades. Ela serviu primeiro de praça militar até 1897.

 No início do século passado, foi utilizada como abrigo de refugiados vindos da África do Sul. Durante a primeira guerra mundial, foi uma residência de prisioneiros alemães e austríacos. Hoje ainda se pode visitar os vestígios da sua ultima função. A fortaleza serviu de prisão política do Estado Novo entre 1934 e 1974.

Desde 1984 que a fortaleza de Peniche é Museu Municipal, onde se pode observar renda de bilros, peças consagradas á pesca e à construção naval.


quinta-feira, 10 de junho de 2010

A ÓPERA


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A palavra ópera significa "obras" em Latim, plural de "opus"  ("obra", na mesma língua), sugerindo que esta combina as artes de canto coral e solo,  recitativo e balé, num espectáculo encenado.
A primeira obra considerada uma ópera, no sentido geralmente entendido, data aproximadamente do ano 1597. Foi chamada Dafne (atualmente desaparecida), escrita por Jacopo Peri para um círculo elitista de humoristas florentinos letrados, cujo grupo era conhecido como a Camerata. Dafne foi uma tentativa de reviver a tragédia grega clássica, como parte de uma ampla reaparição da antiguidade que caracterizou o Renascimento. Um trabalho posterior de Peri, Eurídice, que data do ano 1600, é a primeira ópera que sobreviveu até à actualidade. Não obstante, o uso do termo ópera começa a ser utilizado a partir de meados do século XVII para definir as peças de teatro musical, às quais se referia, até então, com formulações universais como Dramma per Música (Drama Musical) ou Favola in Música (fábula musical). Diálogo falado ou declamado - chamado recitativo em ópera - acompanhado por uma orquestra; é a característica fundamental do melodrama, no seu sentido original.

FAMÍLIA, MULHERES E SEXUALIDADE NO ANTIGO EGIPTO.

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Para os egípcios, uma vida de sucesso era inconcebível sem casamento e muitos filhos.  A família era a unidade básica dentro da sociedade egípcia.  O papel primordial das mulheres era o de esposa e mãe. Uma mulher estéril para os egípcios era abandonada e desprezada.
No entanto existia a contracepção: uma pequena minoria das mulheres recorria ao uso de determinados métodos contraceptivos consoante o seu estatuto social.
As prostitutas  e moças solteiras usavam a cerveja como medicamento contraceptivo; a primeira, para evitar a gravidez que poderia impedi-la de exercer o seu ofício e a última para evitar o escândalo, principalmente se não pretendia casar com o parceiro.
Uma combinação de produtos de origem vegetal, mineral ou animal, era tomada por via oral, ou, mais frequentemente, aplicada na vagina, inserida através de um aplicador feito de fibras vegetais.
Usavam também vários produtos triturados bebidos como um xarope que tinha um espermicida reconhecido, com mel, goma de acácia e sementes de romã. Como preservativo era preparado e usado o intestino da ovelha.
O sexo era considerado um meio de procriação e de prazer e como uma forma de descontracção na vida das pessoas e de liberdade amorosa, conceito que atingiu especialmente a classe dominante.

As mulheres de alto nível raramente se mostravam nuas, mesmo no banho. O penteado era um elemento chave de sedução.  O cabelo natural ou peruca, com longos cabelos seduziam e era tido como forma de esplendor erótico.
A depilação completa era usada como símbolo de pureza religiosa e era também uma parte integral da preparação de um corpo de mulher impecavelmente vestido; o cetim para a noiva despir e oferecer ao seu marido.

A homossexualidade não era considerada como uma relação contra a natureza. 
O adultério e a poligamia só era permitida aos homens. 
A sociedade egípcia admitia o Incesto; os faraós considerados deuses casavam com as suas próprias filhas, embora este tipo de relação não fosse  bem aceite na sociedade "normal" das classes inferiores.  
Os egípcios não relacionavam os seus deuses à sexualidade, embora a actividade sexual fosse um dever religioso, fundamentalmente reprodutivo.

O renascimento era um conceito baseado na actividade sexual da tarde.

terça-feira, 8 de junho de 2010

A ARTE DO AZULEJO EM PORTUGAL


A "pequena pedra polida" (do árabe az-zulaïj), introduzida pelos Árabes, transformou Portugal num espaço de arte popular.
Hoje, a arte do azulejo transformou-se na arte portuguesa por excelência e continua a inspirar artistas e decoradores.

Até ao século XVI, os azulejos são importados da Andaluzia, principalmente de Sevilha onde D. Manuel I encontra o material necessário para decorar o seu palácio de Sintra. Os azulejos, então grossos quadrados de porcelana, são dispostos em módulos de quatro; representam motivos simples (flores, esferas e pinhas) ao infinito, e dão a impressão de verdadeiros tapetes murais cujos relevos atraem a luz. Uma policromia subtil alia o verde-esmeralda, o azul de Fez, o branco, o preto e o amarelo alaranjado.

Durante a metade do século XVI, Portugal possui as suas próprias fábricas de azulejos. Os artesãos utilizam então a técnica chamada majólica, inventada em 1517 por Francesco Nicoloso. Os arabescos e os motivos ainda geométricos são agora pintados sobre um suporte liso.
A técnica do Italiano torna agora possível a representação figurativa. Frequentemente, trata-se de medalhões alegóricos, mas podem ser igualmente verdadeiros painéis representando uma cena.
No século XVII, coexistem pequenos quadrados azuis (ou verdes) e brancos dispostos como um xadrez produzindo um efeito de relevo, ou cenas figurativas policromadas.
 As grandes obras, estão na maioria das vezes, nas igrejas, elas apresentam as subtis uniões de cores claras, onde dominam o verde, o azul e sobretudo o amarelo. Os seus motivos (vegetais mas também animais) inspiram-se às vezes do mundo exótico, descoberto pelos navegadores. 
O azulejo fino, branco e azul, cuja invenção é atribuída a Delft, na Holanda, aparece no fim do século, muito influenciado pela porcelana chinesa; este tipo de azulejo vai obter muito sucesso no século XVIII.
O apogeu do azulejo coincide com o reinado de João V (1706-1750) com grandes painéis monumentais que enfeitam então os palácios, as igrejas, os claustros ou as fontes. 
Estilos e motivos (cenas de guerra, batalhas, episódios mitológicos ou extraídos da vida dos santos) reflectem o gosto da época. Nas igrejas, os tons frios e azuis dos azulejos misturam-se aos dourados das madeiras (rococó).

O terramoto de 1755, com todas as reconstruções futuras, cria uma forte procura, à qual respondem as fábricas do Rato, em Lisboa. Os motivos tornam-se mais simples, enquanto a policromia reaparece. O tempo das guerras napoleónicas favorece o declínio do azulejo, que os emigrantes, de volta do Brasil, recolocarão na moda em meados do século XIX.
A partir desta data, o azulejo reflecte as grandes estéticas do tempo: o Art Nouveau primeiro, depois o historicismo do início deste século. O azulejo é utilizado para decorar os imóveis públicos - principalmente as estações (Aveiro e Porto) - e também os palácios (Buçaco) ou as fachadas das igrejas. Os temas históricos, oriundos da vida popular são então impregnados por um simbolismo ingénuo.

O azulejo permanece uma arte viva no século XX. Os artistas cujas composições transformam a perspectiva tradicional (Almada Negreiros, Vieira da Silva ou Júlio Pomar) são substituídos por uma nova geração que concilia pintura e escultura, brincando com os relevos. Outras personalidades criaram obras impressionantes que podem ser admiradas no Museu do Azulejo em Lisboa.

OS VITRAIS DA ARTE GÓTICA

O GÓTICO
O termo gótico foi criado pelos renascentistas para denominarem um tipo de arquitectura compreendida por eles como bárbara, uma vez que destronou a arte clássica. Acabou sendo aplicado também para a escultura,  pintura e ornamentação do período em que as obras arquitectónicas foram construídas, apesar de ser considerada, por alguns críticos, como uma denominação não precisa.
    Entretanto, o termo, hoje em dia, já perdeu o sentido depreciativo que os renascentistas quiseram imprimir-lhe.
     O gótico refere-se a um determinado período que se inicia com um estilo arquitectónico revolucionário, o qual durou do Século XII ao XIV na maioria da Europa.
      Em alguns lugares, continuou persistindo até o Século XVI e, isoladamente, continuou-se a praticar a arte até o Século XVIII.
     A expressão é utilizada ainda para a pintura e escultura do período, desde que possuam determinadas características, ligadas ou não à  arquitectura. O Romantismo, com seu ideal de retorno ao passado, acabou por trazer de volta o estilo, em meados do Século XVIII.
     O período em que a arquitectura gótica prevaleceu na Europa, principalmente nos países nórdicos, pode ser considerado o ponto culminante da Idade Média, com a Igreja triunfante.
     É ainda a época de desenvolvimento da escolástica de S. Tomás de Aquino e do aparecimento das universidades.
     A simbologia da arte do período gótico, como exemplifica as esculturas acima descritas, é riquíssima em elementos que atestam a fé dos homens de então.
     Além de se tornar visível na escultura, essa simbologia aparece também nos vitrais coloridos, nas pinturas e nas ilustrações de manuscritos.
     E é exactamente entre as ilustrações de manuscritos, na maioria das vezes relacionados a temas bíblicos, que encontramos o melhor da pintura gótica.
     Esses ornamentos costumam ser extremamente coloridos, brilhantes e cheios de símbolos. Na Biblioteca Nacional de Paris podem ser encontradas boas amostras dessas ilustrações, como "Bibles Moralisée" que são a história da bíblia com comentários de natureza moral.

    Os vitrais multicoloridos também são bastante representativos da arte gótica, principalmente se levada em conta a extrema importância da luz nas igrejas.
A luz, ao entrar pelas janelas, assume as cores dos vitrais e cintila, contribuindo para a atmosfera espiritual desses lugares.






domingo, 6 de junho de 2010

FORMA - MATÉRIA


Tales de Mileto, fundador da ESCOLA JÓNICA.

Anaximandro e Anaxímenes 
Filósofos da Escola Jónica, que recebe esse nome da Jónia, colónia grega da costa ocidental da Ásia Menor. Os seus representantes mais ilustres são:  Tales de Mileto, Anaximandro,  Anaxímenes, e Heráclito. Esses quatro pensadores são os fundadores da filosofia no sentido específico, pois lançaram as bases dos problemas filosóficos discutidos até hoje no Ocidente: a verdade, a totalidade, a ética e a política.
Os filósofos desta Escola explicavam o mundo como resultante do desenvolvimento cíclico de uma natureza comum a tudo o que existe, sempre em perpétuo movimento. Acreditavam na existência de um princípio, um elemento que é a origem de tudo o que existe. Esse elemento é chamado de "arché".

A característica fundamental do pensamento grego está na solução dualista do problema metafísico, teológico, isto é, na solução das relações entre a realidade empírica e o absoluto que a explique, entre o mundo e Deus, em que Deus e mundo ficam separados um do outro. Consequência desse dualismo é o irracionalismo, em que fatalmente finaliza a serena concepção grega do mundo e da vida. O mundo real dos indivíduos e do vir a ser depende do princípio eterno da matéria obscura, que tende para Deus como o imperfeito para o perfeito; assimila em parte, a racionalidade de Deus, mas nunca pode chegar até Ele porque Dele não deriva; a consequência desse irracionalismo outra não pode ser senão o pessimismo: um pessimismo desesperado, porque o grego tinha conhecimento de um absoluto racional, de Deus, mas estava também convicto de que Ele não cuida do mundo e da humanidade, que não criou, não conhece, nem governa e pensava, pelo contrário, que a humanidade é governada pelo Fado, pelo Destino, a saber, pela necessidade irracional. O último remédio desse mal da existência será procurado no ascetismo, considerando-o como a solidão interior e a indiferença heróica para com tudo, a resignação e a renúncia absoluta.
Já que as coisas divergem no espaço e mudam no tempo, não haverá nelas algo que lhes seja comum e possa subsistir?
A resposta é evidente: EXISTE. Essa coisa que é comum e subsiste constitui o elemento comum e originário a todas as coisas; assim Tales defendeu que esse elemento era a água; Anaximandro apoiou. Para Anaxímenes era o AR.
É evidente que estas soluções adoptadas pelos ditos filósofos se encaminham tomando a direcção a partir do concreto para o abstracto, isto é, do sensível para o inteligível.
CONCLUSÃO: Forma-se assim claro que as quatro relações mitológicas fundamentais (substância – acidente; forma – matéria; essência – existência; ser – devir) requerem a antologia, isto é, a ciência do ser que ao longo dos tempos se foi desenvolvendo a partir de uma meditação acerca do concreto no sentido do abstracto, numa busca que se encaminha do sensível para o inteligível.