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sábado, 29 de maio de 2010

SÉNECA O ESTÓICO E O PRAZER DA VIDA


Analisemos alguns pontos importantes das suas doutrinas sobre a Lógica e Ética.
LÓGICA:
A lógica assenta no princípio fundamental da teoria do conhecimento das doutrinas estóicas, ou seja: singularidade do objecto, materialidade (ou corporeidade) de tudo o que existe.
São incorpóreos apenas o tempo, o espaço e o vazio, consideramos como lugares do real e o significativo, ou a palavra com que o objecto é significado. A virtude, a Sabedoria e o Bem, bem como os seus contrários, são corporais.
Todas estas ideias gerais são dotadas de propriedades físicas, de forma que a lógica tende, no estoicismo romano, a transformar-se em física. A própria psicologia humana torna-se em um caso particular da física.
Conforme as doutrinas estóicas, a nossa Alma é também corpórea pois, se assim não fosse, como poderia ela actuar sobre o nosso corpo?
Séneca diz que ela consiste num sopro subtil e vivo – o spiritus que não é outra coisa que a alma do Universo, ou substância contínua, não molecular, animada por uma força expansiva indefinida que mantém a coesão das coisas complexas, entre as quais as do nosso corpo e de tudo o que forma o Universo.
Sobre a imortalidade da Alma, analisemos o seguinte texto que faz parte da Consolação, a Márcia:
«Isto não é senão a imagem de teu filho que morreu, um reflexo bem pouco semelhante! Ele, é eterno, livre deste fardo que lhe era acrescentado e entregue enfim a ele próprio.
Tudo do que tu vês rodeado, esses ossos, estes músculos, este invólucro da pele, nosso rosto, as mãos que nos servem, tudo o que se encerra em nós, são os laços de prisão e as trevas da Alma. Esta é nisto esmagada, oculta, maculada.
Isto é o que a separa da Verdade, sua pátria, e a lança no seio da mentira. Sem cessar, ela luta contra esta concupiscência pesada, para não ser arrastada e presa por ela à terra.
Ela se esforça em voltar ao Lugar donde ela desceu e onde a espera um repouso eterno, desde que após, o desconcerto dum modo rude, ela descobre imediatamente um Universo luminoso e puro.
Por isso, não tens necessidade de correr ao túmulo do teu filho; lá jaz somente o que ela tinha de pior nele, e o que lhe era a ele próprio odioso, esses ossos, essas cinzas que não fariam mais parte do seu ser, a não ser os vestuários com os quais ele cobria o corpo.
Intacto, sem nada deixar dela sobre esta Terra, ele fugiu e escapou-se completamente».
ÉTICA:
SÉNECA teve uma concepção pessimista da vida, pois verificou, principalmente no tempo de CLÁUDIO, a versatilidade da fortuna.
Uns que ainda no dia anterior se sentavam ao lado do Imperador, no dia seguinte eram condenados à morte.
No seu livro Consolação, a Márcia, diz Séneca:
«Nada há tão enganoso, como a vida humana; nada tão pérfido… A felicidade maior é não nascer.»
DITOS:
“A virtude é difícil de se manifestar, precisa de alguém para orientá-la e dirigi-la. Mas os vícios são aprendidos sem mestre”
“A deformidade do corpo não afeia uma bela alma, mas a formosura da alma reflecte-se no corpo.”
Séneca:

Outros seus PENSAMENTOS.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O PRINCIPADO DO MÓNACO


Mónaco é um pequeno principado encravado no sul de França. O território monegasco, ampliado em mais de 30 hectares entre 1969 e 1972 com terrenos ganhos ao mar, estende-se cerca de 3 km, ao longo da costa provençal, protegido pelos contrafortes dos Alpes Marítimos (Tête de Chien, 573 m; monte Agel, 1100 m). Tem uma população aproximada de 30.000 habitantes e uma superfície de 1,95 km2, equivalente a um pequeno centro urbano. A capital desta pequena nação chama-se por isso Mónaco.
O principado goza de um clima mediterrânico muito suave no inverno e apresenta uma vegetação exuberante, o que explica que, em meados do século XIX, se tenha convertido em estância balnear e centro turístico de fama mundial, aproveitando vantagens fiscais concedidas. O Casino de Monte Carlo, a Marina luxuosa e o Grande Prémio de Fórmula 1 atraem ricos de todo o mundo.
A área hoje ocupada pelo Principado do Mónaco já era habitada desde a pré-história. O rochedo do Mónaco, projectado sobre as águas do Mar Mediterrânico, serviu de refúgio a várias populações primitivas. Os Lígures, primeiros habitantes sedentários da região, eram montanheses acostumados a trabalhar em condições adversas. A costa e o porto eram a saída para o mar de um destes povoados Lígures, Oratelli de Peille. A região foi ocupada por fenícios, gregos e cartagineses, e em seguida pelos romanos, no final do século II aC. O Mónaco passou a ser parte da Província dos Alpes Marítimos.
A partir da queda do Império Romano, no século V, a região foi invadida a intervalos regulares por diversos povos. No século VII tornou-se parte do reino lombardo e no século seguinte, do reino de Arles. Esteve sob domínio muçulmano após a invasão dos sarracenos à França. A partir do século X, após a expulsão dos sarracenos pelo Conde de Provença, a região começou a ser povoada pouco a pouco.
Em 1191, o Mónaco foi cedido a Génova como colónia. Em 1297 os Grimaldi, uma família de exilados de origem genovesa, ligou-se à fortaleza e colocou a primeira pedra da praça fortificada (hoje o palácio do principado). O seu chefe, Fulco del Castello, obteve do imperador Henrique VI a administração do conjunto de terras que rodeiam o Rochedo do Mónaco e para atrair uma população estável, concedeu uma série de vantagens como a concessão de terras com isenção de impostos. A partir de então, a região converteu-se no objectivo de luta entre os dois grandes partidos de Génova: os gibelinos (partidários do imperador) e os guelfos (fiéis ao Papa) aliados dos Grimaldi.
Em 1331, Carlos I reconquistou a região e adquiriu as possessões dos Spinola, aliados dos gibelinos, além dos domínios de Menton e Roquebrune. Carlos I é considerado por muitos o verdadeiro fundador do principado e o primeiro senhor de Mónaco. Carlos I morreu em 1357 e o seu filho Rainier II combateu os genoveses até que em 1489 o Rei da França e o Duque de Sabóia reconheceram a soberania de Mónaco.
Em 1612, Honorato II passou a usar o título de Príncipe e Senhor do Mónaco. Em 1641, após uma década de negociações, Honorato II e Luís XIII de França firmaram o Tratado de Peroné, pelo qual reconheciam o direito de soberania do Mónaco. O reino da França assegurou então a sua protecção ao Príncipe do Mónaco. No mesmo ano os espanhóis foram expulsos do principado.
Durante a Revolução Francesa o principado foi anexado à França e depois integrado no Protectorado da Sardenha entre 1815 e 1860, tendo o Tratado de Viena devolvido a soberania monegasca, que foi ratificada em 1861 pelo Tratado Franco-Monegasco. O Príncipe Carlos III do Mónaco decidiu atrair a alta sociedade internacional para contribuir com o progresso económico do principado. Em 1863 abriu o primeiro Casino e em 1866 o centro Monte Carlo. Carlos III governou de 1856 a 1889. O seu filho Alberto I promulgou a primeira constituição em 1911.
Em 1918 um tratado serviu para delimitar a protecção da França sobre o Mónaco. O tratado estabeleceu que a política monegasca estaria alinhada à da França, da mesma forma que os interesses militares e económicos.
Em 1949, o Príncipe Rainier III sucedia ao seu avô, Louis II, vindo a casar em 1956 com a actriz americana Grace Kelly, de que resultaria a descendência "mais famosa da realeza europeia": Príncipe Alberto e as Princesas Caroline e Stephanie. O Mónaco iniciava um período de grande prosperidade, sustentado no Casino e no facto de ser também um “paraíso fiscal”. Em Maio de 1993, o Mónaco tornou-se membro oficial das Nações Unidas.

Marie Antoinette


Marie Antoinette, foi a bela rainha de França que se tornou o símbolo da extravagância desenfreada da monarquia do século XVIII, mulher de Luís XVI, foi despojada das suas riquezas e adornos, presa e decapitada durante a Revolução Francesa, que começou em 1789.
CÁRCERE DE MARIE ANTOINETTE, DONDE FOI TRANSPORTADA PARA A GUILHOTINA. (Foto própria)


EXECUÇÃO DE MARIE ANTOINETTE.