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sábado, 6 de março de 2010

JÚLIO CÉSAR E CÍCERO “OS IDOS DE MARÇO”

César “Caius Iulius Casear” planeava deixar Roma e partir para outra guerra contra os partianos, em 18 de Março de 44 a.C. (reinos Indo-Gregos,desde as conquistas de Alexandre Magno).
Brutus e Cassius decidiram que o assassinato deveria acontecer no dia 15 de Março – os idos de Março – durante uma reunião do senado. Aconteceu no salão próximo ao Teatro de Pompeia. Ao que tudo indica, Cícero estava lá, embora os conspiradores não lhe tivessem contado o segredo da intentona por causa de sua idade e da sua maneira de ser, do receio da propalação dos seus propósitos.

Depois de César, com 63 anos, se sentar na cadeira dourada, um homem chamado Tillius Cimber aproximou-se de César e pediu-lhe que perdoasse ao seu irmão. Quando César recusou, Cimber agarrou a toga roxa de César, dando o sinal para o ataque. Os libertadores, como os conspiradores referiam-se a si mesmos e logo acometeram-se sobre César com suas adagas. Cassius atacou o rosto de César. Brutus cortou a sua coxa. Ao todo, ele sofreu 23 cortes e caiu morto em frente à estátua de Pompeu. Supostamente, Brutus levantou a sua adaga, gritou o nome de Cícero e glorificou-o pela recuperação da liberdade. César ainda agonizante exclamou: “Tu quoque, Brute, fili mi!

Cícero: "Na adversidade a maior consolação é a consciência das boas acções."

REINOS BACTRIANOS

http://pt.wikipedia.org/wiki/Júlio_César

http://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_março

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cícero

A HISTÓRIA E O DRAMA


A Figura de Inês de Castro

D. Inês Pérez de Castro era uma dama galega filha natural de D. Pedro Fernández de Castro, dito senhor da Guerra, grande senhor galego, primo direito de D. Pedro I, camareiro-mor de Afonso XI de Castela e de Aldonza Suárez de Valadares. Veio para Portugal em 1340, no séquito de D. Constança, noiva do infante D. Pedro.

A Formosa D. Inês, a quem chamavam o "colo de garça", impressionou D. Pedro, ao que parece desde os primeiros momentos, e assim nasceu o celebrado e desventurado romance entre os dois.

Diz Fernão Lopes na sua crónica do Rei D. Pedro I, «que semelhante amor, qual el Rei Dom Pedro ouve a Dona Enes, raramente he achado em alguma pessoa»

Razões de ordem moral e política se levantaram contra o "grande desvairo". No amoroso, o parentesco entre eles ( D. Inês era prima em 2º grau de D. Pedro ), mas sobretudo ao facto de o rei ser casado. Quanto às razões políticas, a possibilidade, devida à ambição e influência da família castelhana Castro, de que os filhos da ligação poderem vir a subir ao trono de Portugal, em detrimento de D. Fernando, filho de D. Constança e de D. Pedro.

Os amores de D. Pedro com D. Inês, começaram cedo logo com a chegada do séquito de D. Constança a Portugal. D. Afonso IV obrigou então Inês a retirar-se para Castela, aonde se conservou até à morte de Constança em começos de 1349. Todavia, logo que a princesa faleceu, D. Pedro fez regressar Inês de Castro, passando a viver com ela maritalmente e tendo dela quatro filhos, nascidos entre 1349 e 1354.

Talvez em 1351, tentou obter do Papa uma bula de dispensa que lhe permitisse o casamento com parente tão chegada. Não o conseguiu e alarmou D. Afonso IV e a alta nobreza cortesã que temia a interferência dos poderosos Castros castelhanos no jogo de influências da política portuguesa. Realmente parece não haver dúvidas que D. Pedro era um joguete nas mãos de Inês de Castro e dos seus parentes castelhanos.

O aspecto político do caso, teve desfecho espectacular na morte de D. Inês ( 7 de Janeiro de 1355 ), ordenada por D. Afonso IV, a conselho de Diogo Lopes Pacheco, Pedro Coelho e Álvaro Gonçalves. Quando subiu ao trono, em 1357, D. Pedro concluiu o capítulo da chacina de D. Inês com o castigo exemplar de dois dos ex-conselheiros do seu pai.

É curioso assinalar dois rumos diferentes na história de Inês de Castro. Um coevo e popular, considerá-la-ia uma figura antipática e intriguista. Uma mulher perversa e intriguista era uma Inês de Castro. Outro de formação literária, (Garcia de Resende, Camões, António Ferreira), apresenta-a como uma vítima inocente e infeliz.

Os Lusíadas e Inês de Castro

Camões imortaliza os amores de Inês e D. Pedro, nos Lusíadas, Canto III estrofe CXX:

«Estavas, linda Inês, posta em sossego,

de teus anos colhendo doce fruto,

Naquele engano de alma, ledo e cego,

Que a Fortuna não deixa durar muito,

Nos saudosos campos de Mondego,

De teus fermosos olhos nunca enxuto,

Aos montes ensinando e às ervinhas

O nome que no peito escrito tinhas.“

http://pt.wikipedia.org/wiki/Inês_de_Castro


quinta-feira, 4 de março de 2010

O TANGO UMA COREOGRAFIA SIMBÓLICA


O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março tem origem nas manifestações femininas por melhores condições de trabalho e direito de voto, no início do século XX, na Europa e nos Estados Unidos. A data foi adoptada pelas Nações Unidas, em 1975, para lembrar tanto as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres como as discriminações e as violências a que muitas mulheres ainda estão sujeitas em todo o mundo. Actualmente luta-se para que as mulheres tenham os mesmos direitos sociais, políticos e religiosos. O isolamento dos países que não respeitam esses princípios (esse direito fundamental da igualdade) é cada vez maior.

Estabelece-se agora a diferença entre sexo e género, em especial nos países ocidentais onde a reafirmação da mulher começa a ser uma realidade.

O Século XX passou, aquela figura da mulher que trabalhava, cumpria o seu horário e quando regressava lidava na casa e tomava conta dos filhos, está a esbater-se. As mentalidades mudaram…

Recordemos um símbolo da subjugação da mulher:

O tango era dançado nos bares, nos cafés e em locais de prostituição. Recorde-se que no final do século XIX, dançar era socialmente errado. A Sua origem encontra-se na área do Rio da Prata, na América do Sul, nas cidades de Buenos Aires e Montevideu.

A coreografia é complexa e as habilidades dos bailarinos são celebradas pelos aficionados. Segundo Discépolo, "o tango é um pensamento triste que se pode dançar".

Por volta de 1880, na periferia de Buenos Aires, em casas de jogo e bares, homens sós gastavam o tempo bebendo, jogando e procurando um romance, na companhia de mulheres de baixa reputação, e dançando as novas danças … o Tango e a Milonga.

O Tango mistura o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, é sempre e totalmente triste. Como dança é "duro", masculino, sem meneios femininos, a mulher é sempre submissa; nas letras é quase sempre o homem quem sofre por amor, mas a culpa é sempre da mulher.

Agora temos uma dança em que há um abraço, corpo com corpo, pés que invadem o espaço do outro, uma conversa de amor e paixão, com ganchos e olhares de “flirt”, e carícias… mas na coreografia o simbolismo ficou e perdurará para sempre.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher

O PAGANISMO (conceito)


O Paganismo, etimologicamente, refere-se ao modelo cultural e religioso do povo rural (do Latim paganus, o que mora no pagus, no campo). Era empregue para caracterizar os seguidores das religiões politeístas, ligadas à Natureza. O paganismo, entre os antigos, era o culto e o respeito pelas forças da Natureza viva e sagrada. Daí o culto da mitologia greco-latina.
Com a cristianização, após o
ÉDITO DE MILÃO, NO ANO 313 D.C., começou-se a chamar pagão a quem conservava o politeísmo. Já os Hebreus distinguiam o povo eleito por Deus, e os gentios, a que posteriormente chamaram pagãos.

Muitas vezes, o termo pagão é empregue como sinónimo de não cristão, de não baptizado e de ATEISMO. Estas acepções são erradas pois as religiões monoteístas como o Islamismo e o Judaísmo em nada têm de pagãs; os não baptizados apenas não foram iniciados no catolicismo e o Ateu é o que não crê em Deus nem nos deuses.

Hoje o neopaganismo representa a afinidade e admiração pelos princípios dessa herança ligada à compreensão da Natureza como verdadeira força criadora de tudo.

Fernando Pessoa, através dos heterónimos, revela admiração pelo paganismo. Por exemplo, diz Pessoa que "A obra de Caeiro representa uma reconstrução integral do paganismo, na sua essência absoluta, tal como nem os gregos nem os romanos que viveram nele e por isso o não pensaram, o puderam fazer".

O QUE É O PAGANISMO?

A IDADE MÉDIA EM RESUMO


A Idade Média, ou Idade Medieval, foi um período que durou aproximadamente 1000 anos. Inicia-se em 476 (ano da queda do Império Romano no Ocidente) e estende-se até 1453 (queda do Império Romano no Oriente pela tomada de Constantinopla pelos turcos). Esse período costuma ser dividido em dois: a Alta Idade Média (cinco primeiros séculos) e Baixa Idade Média (os últimos cinco séculos).

A maioria da população era camponesa e vivia em condições de grande pobreza, dominada pelos proprietários de terra. A economia agrária produzia poucos excedentes. As cidades tiveram pouca importância nesse período, já que com a crise económica e as invasões bárbaras (causas do fim do Império Romano no Ocidente) muitos senhores romanos abandonaram as cidades e foram morar nas suas propriedades nos campos. Essas propriedades, conhecidas como vilas, deram origem aos feudos medievais.

Um facto importante que marcou esse período foi a mudança na forma de trabalho: na antiguidade era a escravidão, passando a ser substituída pela servidão. Neste caso, o servo não é propriedade do senhor. O servo tem inúmeras obrigações e impostos a pagar ao seu senhor, porém este deve-lhe dar protecção.

O Sistema Feudal;

No sistema feudal, o rei “rex” concedia terras a grandes senhores. Estes, por sua vez, davam terras a outros senhores menos poderosos, chamados cavaleiros, que, em troca, lutavam a seu favor. Quem concedia a terra era um suserano, e quem recebia era um vassalo. O vassalo, ao receber a terra, jurava fidelidade ao seu senhor.

A sociedade feudal estava dividida em estratos. A posição social do indivíduo era determinada pelo seu nascimento, ou seja, se nascesse camponês, continuaria sendo camponês pelo resto da vida, não havendo possibilidade alguma de ascensão social. Assim, os seus filhos e netos também seriam camponeses. Havia basicamente dois estratos sociais: o dos senhores e o dos servos.

O senhor tinha a posse legal da terra, o poder político, militar, jurídico e religioso sobre um padre, bispo ou abade. Os servos não tinham propriedade da terra e estavam presos a ela. Não podiam ser vendidos como se faziam com os escravos, mas não tinham liberdade para abandonar a terra onde nasceram.

Essa organização da sociedade testamental era justificada pelo clero da seguinte maneira:"O próprio Deus quis que entre os homens alguns fossem senhores e outros servos, de modo que os senhores venerem e amem a Deus, e que os servos amem e venerem o seu senhor, seguindo a palavra do apóstolo: 'Servos obedecei a vossos senhores temporais com temor e apreensão; senhores, tratai vossos servos de acordo com a justiça e a equidade' ".

O Feudo:

O feudo era o domínio do senhor feudal. Cada feudo compreendia uma ou mais aldeias, as terras cultivadas pelos camponeses, as florestas e as pastagens comuns, a terra pertencente à igreja paroquial e a casa senhorial, que ficava na melhor terra cultivável. Pastos, prados e bosques eram usados em comum. A terra arável era dividida em duas: uma, em geral a terça parte do todo, pertencia ao senhor; a outra parte ficava em poder dos camponeses. Nos campos dos feudos plantavam-se principalmente cereais (cevada, trigo, centeio e aveia). Cultivavam-se também favas, ervilhas e videiras. Os utensílios da lavoura eram rudimentares. Eram usados arado ou charrua, enxada, a pá, a foice, a grade e o podão. Nos feudos criavam-se carneiros, que forneciam lã; bovinos que forneciam leite; e cavalos, para a guerra e para o transporte.

O Declínio do Sistema Feudal:

O factor que mais contribuiu para o declínio do feudalismo foi o ressurgimento das cidades e do comércio. Assim, os camponeses passaram a vender mais produtos e conseguir mais dinheiro. Com esse dinheiro, alguns puderam comprar a sua liberdade. Outros simplesmente fugiram para as cidades em busca de melhores condições de vida. O aparecimento das monarquias nacionais, principalmente na França e Inglaterra foi outro factor decisivo, pois os reis desses países conseguiram diminuir cada vez mais o poder dos nobres.

Um dos factores que mais contribuiu para o fim da Idade média foram os descobrimentos portugueses iniciando-se depois o período Renascentista ou Renascença.

http://historia_moda.blogs.sapo.pt/1325.html

http://www.suapesquisa.com/idademedia/


segunda-feira, 1 de março de 2010

O VITORINO DA “CORAGEM” INSIDIOSA


VITÓRIA: do Latim “Victoria”, acto ou efeito de vencer, etc.

CORAGEM: do Latim “cor”, coração, firmeza de espírito, energia perante o perigo, etc.

Sem vitória nem coragem...

Esclarecimento prévio:

A ESCRITA QUE SEGUE ESTÁ EM PORTUGUÊS DO BRASIL, conforme o original.

…”Em crise, Portugal discute "absorção" pela Espanha

Para a maioria dos portugueses, país cresceria mais se pertencesse ao vizinho

Sem que exista projeto político de uma união ibérica, discussão revela preponderância espanhola no mercado português


VITORINO CORAGEM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LISBOA

Quase metade dos espanhóis e um em cada quatro portugueses defendem que Portugal e Espanha deveriam ser um país único. Estas são as principais conclusões de duas pesquisas realizadas em outubro nos dois países. Sem projeto político que aponte uma união ibérica, os resultados despertaram polêmica. Portugal vive uma grave crise econômica e as empresas espanholas marcam cada vez mais presença no país.
Depois de mais de 800 anos da independência e de várias lutas pela soberania, 27,7% dos portugueses inquiridos pela pesquisa do semanário "Sol" gostariam que os dois países se unissem, vivendo em regime republicano (63,9%), com a capital do novo Estado em Lisboa (40,7%). O dado mais relevante desse estudo é que 96,5% acreditam que a economia cresceria mais se Portugal pertencesse ao país vizinho.
No estudo realizado na Espanha pelo instituto Ipsos para a revista "Tiempo", 45,7% dos espanhóis consultados querem a união entre Portugal e Espanha, 43% defendem que o novo país deve chamar-se Espanha, tendo Madri como capital (80%) e mantendo o regime monárquico.
Do lado português, os analistas salientam que os resultados são, sobretudo, a expressão do descontentamento diante da crise econômica que o país atravessa e não um desejo de perda de soberania.

Voltando a imigrar
Para enfrentar um déficit público de quase 7% em 2005, o premiê português José Sócrates implementou neste ano um pacote de ajuste, dando origem a inúmeras greves. O número de desempregados em Portugal não pára de subir desde 2001. Em 2005, meio milhão de pessoas inscreveram-se nos centros de emprego, um recorde.
Como conseqüência, cerca de 7.000 portugueses saíram do país, no ano passado, para trabalhar em outros países europeus. Atualmente, a comunidade portuguesa é a maior da União Européia a residir na Espanha, estando inscritos na Previdência espanhola mais de 66 mil portugueses. A região da Catalunha é a que tem mais imigrantes registrados, cerca de 22,84% do total.
A tendência também se verifica com os imigrantes
em Portugal. De acordo com o jornal "La Vanguardia", uma porcentagem significativa de ucranianos, brasileiros e africanos mudou-se para o país vizinho para fugir da crise econômica.
No que diz respeito ao custo de vida, muitos habitantes de cidades perto da fronteira fazem compras na Espanha, pois os alimentos e a gasolina são mais baratos. De acordo com a Associação de Comércio de Badajoz, 20% dos clientes do comércio espanhol das zonas fronteiriças são portugueses. O consumo de eletricidade também pune os portugueses. Os impostos para os consumidores domésticos são 18% mais caros em Portugal do que na Espanha.

Cresce dependência
A Espanha é um país composto por 17 comunidades autônomas, com diferenças culturais e lingüísticas. De acordo com a vontade de quase metade dos espanhóis, Portugal passaria a fazer parte deste xadrez, mantendo-se o regime monárquico e Madri como capital. Portugal é o quarto cliente da Espanha e esta é o seu principal fornecedor e cliente.
Desde
1986, a dependência piorou em vários setores, como bens agrícolas, indústrias alimentares, indústria química, calçado e máquinas elétricas. Basta olhar para as prateleiras de um supermercado para reparar na quantidade de produtos espanhóis, cuja presença é maior do que em qualquer outro país europeu.
Progressivamente, as empresas espanholas vão conquistando o mercado português. No mês passado, o grupo de mídia espanhol Prisa anunciou o lançamento de uma oferta pública de aquisição sobre a totalidade das ações da Media Capital, empresa portuguesa que é dona de vários meios de comunicação.
Nos últimos anos, agricultores espanhóis têm comprado terrenos no Alentejo aproveitando os preços baixos das propriedades. Ao implementar uma agricultura intensiva, conseguem criar produtos que chegam aos consumidores com preços reduzidos.
Ainda longe de ser um sonho para a maioria dos portugueses, a união entre os dois países revela-se na realidade como uma absorção econômica do mercado português por parte de "nuestros hermanos".

Folha de São Paulo, 12 de novembro de 2006”

Homines quod volunt credunt sed vincit omnia veritas.

VER: RESPOSTA.

SALAZAR E O MUNDO


Recordando fragmentos da História:


Portugal com as suas colónias ultramarinas, em guerra, - Angola, Moçambique e Guiné - flutuava no fio da navalha, desde 1962, entre os interesses das duas grandes e poderosas nações do mundo, em plena guerra fria, a União Soviética e os Estados Unidos da América, respectivamente, com os dois blocos militares, do Pacto de Varsóvia e da Nato, desta, fazendo Portugal parte como membro fundador.

História à parte, ainda hoje se comenta, em certos círculos notórios, isentos, que António de Oliveira Salazar, com direito a estatuaria, teria sido, até aos nossos dias, ou para sempre uma grande figura na história de Portugal, sem controvérsia, se em 1945, no término da 2ª guerra mundial tivesse autorizado democraticamente eleições livres, sem cercear Humberto Delgado em 1958. Salazar, de facto, conseguiu, até àquela data, com especial argúcia, negociar durante o conflito com os proeminentes políticos dos mais poderosos países do mundo. Não foi certamente tarefa fácil obter a neutralidade e manter o pequeno rectângulo da Lusitânia com os seus territórios insulares e ultramarinos, fora dos interesses destes senhores da guerra: Hitler “Der Fuhrer”; Churchill; Roosevelt; Estaline; Mussolini “Il Duce” e Franco “El Caudillo”.

O conflito, para Salazar, desenhava-se assim: Hitler, porque tinha em mente a invasão da Rússia – Operação Barbarossa, iniciada a 22/06/41 – na reunião de Hendaye, a 23/10/40, que envolveu os consensos de Ribentrop, Mussolini, Petain e Laval, não autorizou que Franco anexasse Portugal à Espanha; Churchill e Roosevelt queriam de Salazar a Madeira e os Açores para, a partir daí, defenderem o Atlântico Norte dos ataques dos submarinos alemães; a Inglaterra estava em grandes dificuldades e só o insistente fornecimento Americano, por mar, evitou a capitulação. Staline, depois da grande depuração interna, lutava com os aliados contra o poder nazi, mas já delineava, em segredo, a sua política expansionista na Europa Ocidental; Mussolini combatia com o eixo (Alemanha, Itália e Japão - Pacto Tripartite, assinado em Berlim em 27/09/1940) e tentava, em vão, expandir-se em África invadindo a Etiópia (1936/1941).

Sabe-se hoje que Hitler antes de invadir a Rússia, (plano para tomar posse das reservas de petróleo Russo) planeava controlar o Mediterrâneo, invadindo Gibraltar (território Inglês desde 1713) e com a aderência de Franco às “potências do eixo” pretendia controlar o Norte do Atlântico, desde Cabo Verde à Madeira, tomando Portugal. Era essa a “sopa” que Salazar tinha que digerir com as devidas cautelas. Embora, ao lado do Eixo, nunca descurou o seu valor estratégico, o Atlântico.

Salazar, depois do conflito, numa atitude autoritariamente passiva, não aderiu imediatamente ao plano Marshall apresentado em 1947 pelo general Americano George Catlett Marshall. Só em 1948, o governo português decidiria modestamente aderir ao Plano como membro fundador da Organização Europeia de Cooperação Económica.

Salazar desenvolveu a sua política isolacionista, corporativa, (cópia do regime fascista de Mussolini) “orgulhosamente sós”, e imporia assim a sua ditadura. Com o apoio de uma polícia de repressão política, implacável, (PIDE – Polícia Internacional e de Defesa do Estado, DGS, depois, no tempo de Marcelo Caetano) que inevitável e abruptamente se findou aquando da revolução dos cravos iniciada na madrugada de 25 de Abril de 1974, com a canção Grândola Vila Morena de Zeca Afonso, definitivamente, mudaria Portugal.

Sob o desígnio, ““Deus, Pátria, Família: a Trilogia da Educação Nacional”, Salazar conseguiu manter-se durante 40 anos no poder (1930/1970), com um partido único denominado União Nacional, ou Estado Novo, na segunda República.

A Segunda Guerra Mundial


domingo, 28 de fevereiro de 2010

Leon Trótski


Leon Trótski nasceu em Ianovka, num vilarejo da Ucrânia, a 7 de Novembro de 1879 foi um intelectual marxista e revolucionário bolchevique, fundador do Exército Vermelho e rival de Staline, na tomada do PCUS (Partido Comunista da União Soviética) à morte de Lenine. O seu nome é Lev Davidóvitch Trótskii, todavia o seu verdadeiro apelido de família era Bronstein . Pelo calendário Juliano, utilizado nos países de tradição Ortodoxa, nasceu em 26 de Outubro de 1879.
Nos primeiros tempos da União Soviética desempenhou um importante papel político, primeiro como Comissário do Povo, Ministro para os Negócios Estrangeiros e posteriormente como criador e comandante do Exército Vermelho, membro fundador do Politburo do PCUS.
Afastado por Stalin do controle do partido, Trotsky, foi expulso deste e exilado da União Soviética, refugiando-se no México, onde conheceu a pintora Frida Kahlo e veio a ser assassinado com um picador de gelo, espetado na cabeça, por Ramón Mercader, um agente de Stalin e conhecido de Trótski . As suas ideias políticas, expostas numa obra escrita de grande extensão, deram origem ao trotskismo, corrente ainda hoje importante no marxismo.